Na véspera do Dia Mundial da Ação Humanitária, comemorado mundialmente em 19 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus parceiros no Afeganistão solicitam maior acesso por e para aqueles que mais precisam de assistência médica.
“Nós, a comunidade da área de saúde, estamos ajudando as pessoas onde podemos alcançá-las, o que também significa que, se não podemos chegar às pessoas, não podemos ajudá-las”, disse o Representante da OMS, Peter Graaf, no Afeganistão. “Apesar dos desafios da insegurança generalizada, trabalhadores de saúde fizeram um juramento sobre o Alcorão e arriscam suas próprias vidas para prestar cuidados a cada homem, mulher e criança no Afeganistão”.
O Afeganistão é cenário de uma das mais terríveis crises humanitárias do mundo, com recém-nascidos, crianças menores de cinco anos de idade e mães correndo mais risco de morrerem do que em praticamente qualquer outro lugar do mundo.
A OMS acredita que há uma ligação clara entre a intensificação do conflito no país e a piora na situação da saúde, com acesso limitado a cuidados básicos – especialmente para mulheres e crianças -, conduzindo a um aumento de doenças facilmente evitáveis. Isto é também um entrave para os esforços na erradicação da poliomielite e mantém o pessoal qualificado, especialmente as mulheres, afastados do trabalho nas partes mais remotas e rurais do Afeganistão.
Atualmente, mais de seis milhões de pessoas no Afeganistão – a maioria mulheres – precisa de assistência em serviços de saúde. Cerca de dois terços destas pessoas, incluindo 15% da população total do país, não têm sequer acesso aos serviços básicos de saúde.