Libéria: ACNUR acelera distribuição de ajuda humanitária para refugiados

SACLEPEA, Libéria, 4 de janeiro – O ACNUR está expandindo a distribuição de ajuda humanitária para os atuais 22 mil refugiados marfinenses que fugiram para a Libéria com o aumento da tensão pós-eleitoral na Costa do Marfim. A maioria, composta por mulheres e crianças, é oriunda da região oeste do país e necessita urgentemente de comida, abrigo e água potável – recursos estes que estão em falta nas 23 vilas que receberam os refugiados no município de Nimba, na Libéria, aonde continuam chegando.

Mulheres e crianças marfinenses refugiadas recém-chegadas na Libéria estão esperando serem registadas em Luguato. Foto: ACNUR/ F.Lejeune-Kaba

Mulheres e crianças marfinenses refugiadas recém-chegadas na Libéria estão esperando serem registadas em Luguato. Foto: ACNUR/ F.Lejeune-Kaba

O ACNUR mobilizou nesta semana sete caminhões da capital Monrovia para suas bases de operações na cidade de Saclepea, no leste do município de Nimba. Cinco deles servirão para transportar água e suplementos não alimentícios, enquanto outros dois serão utilizados para carregar material de construção para uma área de camping.

A organização também assinou um acordo com o Conselho Norueguês para Refugiados para distribuir simultaneamente itens alimentares e não alimentares de emergência em todas as vilas que receberam refugiados. Além disso, foi montada recentemente em Luguato, uma tenda que funcionará como depósito dos itens de ajuda humanitária, incluindo os alimentos.

Esta manhã, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) confirmou ao ACNUR que disponibilizaria imediatamente alimentos para 21 mil refugiados marfinenses. Anteriormente, o PMA forneceu alimentos com alto teor energético, os quais começaram a ser distribuídos no início de janeiro para crianças com menos de cinco anos, mães lactantes, mulheres grávidas e pessoas doentes. Enquanto aguardam a distribuição geral de comida, os refugiados estão ajudando as comunidades de acolhida a realizar suas colheitas em troca de porções de arroz, cassava e outros alimentos coletados.

Até o momento, as equipes do ACNUR se concentraram em entregar a ajuda na área de Luguato, que recebeu o maior número de refugiados e onde o influxo começou. Foram registrados até o momento 11,5 mil refugiados nessa região, um pouco mais da metade do total de marfinenses abrigados na Libéria. Os refugiados em e ao redor de Luguato provêm do departamento de Danane, no oeste da Costa do Marfim.

Os demais estão abrigados em Butuo e Dubzon e fugiram do departamento de Guiglo, também na zona oeste do país, ao sul de Danane.

Os refugiados, que compõem um grupo misto de apoiadores tanto de Alassane Outtara quanto de Laurent Gbago, vêm de vilas entre Danane e Guiglo. Eles afirmam terem escapado durante a noite e caminhado através das florestas para evitar serem localizados pelas forças de seus oponentes políticos, que estão controlando os territórios de onde saíram. Consequentemente, essa travessia está tomando mais tempo do que o normal.

Os refugiados da Costa do Marfim, que fogem da atual crise no país, começaram a chegar à Libéria no dia 20 de novembro. Eles continuam chegando e o registro está em andamento. Com o aumento do número de funcionários alocados nas regiões fronteiriças, o ACNUR espera acelerar o processo de cadastro, o que permite que os refugiados obtenham assistência e proteção.

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