ONU enfatiza importância de alimentação nutritiva no tratamento de HIV/AIDS

Uma dieta simples porém nutritiva pode melhorar a eficácia do tratamento para pessoas vivendo com HIV/AIDS, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) nesta terça-feira (20), estimulando os prestadores de cuidados de saúde, governos e outros parceiros a incorporarem uma boa nutrição nos tratamentos.

Há cada vez mais evidências de que os alimentos e o suporte nutricional são essenciais para manter as pessoas portadoras do HIV vivas de forma saudável por mais tempo e melhorar a eficácia do tratamento, apontou Martin Bloem, chefe do Departamento de Nutrição e HIV do PMA, na Conferência de AIDS 2010 em Viena, um encontro mundial de especialistas sobre a doença.

Ele acrescenta que, caso as pessoas não tenham acesso aos alimentos, será difícil tomar os medicamentos antiretrovirais e o risco de sair do tratamento aumenta. Entre os pacientes desnutridos que iniciam a terapia antiretroviral (ART), o risco de morrer é duas a seis vezes maior em comparação àqueles que recebem alimentação adequada. Segundo o PMA, crianças soropositivas precisam entre 50% e 100% mais calorias, comparadas às soronegativas, enquanto os adultos necessitam de até 30% mais calorias com a doença em progresso.

O Programa é o maior fornecedor mundial de ajuda alimentar a pessoas com HIV e suas famílias, assim como pessoas com tuberculose. A agência ajudou aproximadamente 3 milhões de pessoas afetadas pela doença em 47 países no ano passado.

A abordagem do PMA para HIV/AIDS foca dois objetivos: melhorar o sucesso do tratamento através de nutrição e apoio de alimentos e reduzir os efeitos da AIDS nos indivíduos e seus familiares por meio de redes de segurança sustentável, tais como refeições domésticas, transferência de dinheiro ou vales que possam ser trocados por alimentos.