ONU identifica uso medicinal da radiação como principal fonte de exposição humana

Físico mede nível de radiação. Foto: ONU.O uso de radiação na medicina é responsável pela maior parte da exposição humana à radiação ionizante artificial, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (17) pelo Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (UNSCEAR).

“As exposições médicas são responsáveis por 98% da contribuição de todas as fontes artificiais e são, agora, o segundo maior contribuinte para a dose da população no mundo, representando cerca de 20% do total”, segundo declaração do Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica no relatório à Assembleia Geral da ONU.

A radiação produz radicais livres tóxicos quando absorvida pelo organismo. A exposição a altos níveis pode causar danos substanciais aos tecidos do corpo humano, podendo levar à morte. A exposição prolongada a níveis mais baixos também está associada a um risco mais elevado a problemas de saúde.

O relatório do UNSCEAR foi discutido em uma coletiva de imprensa hoje, à margem da 57ª sessão de quatro dias do Comitê, que teve início ontem (16) no Centro Internacional de Viena. No futuro, o Secretariado das Nações Unidas prevê a publicação detalhada dos dados, apoiando as descobertas da Comissão, em formato eletrônico e mais frequentemente. A coleta de dados deverá se basear em relatórios nacionais dos Estados-Membros da ONU e ser conduzida em coordenação com outras organizações como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

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