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Dia Mundial Humanitário – 19 de agosto de 2015

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon

No Dia Mundial Humanitário, honramos a dedicação altruísta e o sacrifício dos trabalhadores e voluntários de todo o mundo que se engajam – muitas vezes com grande risco pessoal – para ajudar as pessoas mais vulneráveis do mundo.

Este ano, mais de 100 milhões de mulheres, homens e crianças precisam de assistência humanitária para salvar vidas. A quantidade de pessoas afetadas por conflitos atingiu níveis não vistos desde a Segunda Guerra Mundial, enquanto o número de pessoas afetadas por catástrofes naturais e induzidas permanece profundo.

Neste dia também celebramos a nossa humanidade comum. As famílias e as comunidades que lutam para sobreviver nas atuais situações de emergência o fazem com resiliência e dignidade. Elas precisam e merecem o nosso compromisso renovado de fazer tudo o que pudermos para fornecer-lhes os meios para um futuro melhor.

Cada um de nós pode fazer a diferença. Em um mundo que está cada vez mais conectado digitalmente, cada um de nós tem o poder e a responsabilidade de inspirar toda a humanidade a agir para ajudar uns aos outros e criar um mundo mais humano.

Neste Dia Mundial Humanitário, insto todos a mostrar solidariedade como cidadãos globais a apoiar a campanha #ShareHumanity. Ao emprestar seu perfil nas redes sociais por apenas um dia, você pode promover a ação humanitária e ajudar a dar voz aos que não têm voz, compartilhando suas histórias de crise, esperança e resiliência.

Em maio de 2016, Istambul, na Turquia, será a cidade anfitriã da primeira Cúpula Mundial Humanitária. A Cúpula fornecerá uma plataforma para os Chefes de Estado e de Governo, para os líderes da sociedade civil, setor privado, as comunidades afetadas pela crise e organizações multilaterais para anunciar novas e robustas parcerias e iniciativas que reduzirão muito o sofrimento e, ao mesmo tempo, reforçarão a agenda para o desenvolvimento sustentável de 2030.

Conto com o apoio de todos os setores da sociedade para tornar a Cúpula Mundial Humanitária um sucesso. Juntos, podemos e devemos construir um mundo mais humano com um compromisso mais forte para a ação humanitária que salva vidas.

ONU: Número de trabalhadores humanitários sequestrados, feridos ou mortos é recorde

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Mundial da Ação Humanitária, marcado todo dia 19 de agosto.

Deslocados internos na RD Congo. Foto: ONU
Deslocados internos na RD Congo. Foto: ONU

“No Dia Mundial da Ação Humanitária, renovamos nosso compromisso com os esforços de ajuda que salvam vidas e recordamos todos aqueles que morreram servindo esta causa nobre.

No ano passado, como nunca antes, mais trabalhadores humanitários foram sequestrados, seriamente feridos ou mortos. Isso é um ultraje.

Nas últimas semanas, dezenas de agentes humanitários – incluindo membros da família das Nações Unidas – perderam a vida no Sudão do Sul e Gaza. Muitas pessoas morreram ou sofreram com ataques deliberados.

Os trabalhadores humanitários e suas famílias são os que mais sofrem por estes crimes.

Mas eles também são sentidos por milhões de outros.

Os ataques contra os trabalhadores humanitários dificultam a capacidade das pessoas com graves necessidades de receber ajudas que salvam vidas.

As crianças não são vacinadas. Pacientes doentes e feridos não são tratados. Aquelas pessoas forçadas a deixar suas casas ficam sem possibilidade de receber comida, água ou abrigo – expostas à violência, doenças ou outras ameaças.

No Dia Mundial da Ação Humanitária, honramos os heroicos trabalhadores humanitários que se apressam bravamente para ajudar as pessoas em necessidade.

Lembramos os seus sacrifícios e reconhecemos as milhões de pessoas que contam com trabalhadores humanitários para a sua própria sobrevivência.

Vamos honrar aqueles que caíram, protegendo aqueles que realizam seu trabalho e apoiando as operações de ajuda humanitária em todo o mundo.”


Saiba mais sobre a data em
www.un.org/en/events/humanitarianday e
www.worldhumanitarianday.org

Após fim de restrições, ONU e parceiros levam assistência a furianos desalojados

Após fim de restrições, ONU e parceiros levam assistência a furianos desalojadosA Organização das Nações Unidas e outras agências de auxílio começaram hoje (28/12) a fornecer assistência humanitária vital a milhares de pessoas deslocadas internamente (PDIs), abrigadas fora das instalações da Missão de Paz Conjunta das Nações Unidas-União Africana em Darfur (UNAMID). A ação foi possível por conta do término das restrições a movimentações por via aérea e terrestre a áreas que sofreram recentemente com conflitos.

A Missão escoltou um comboio de auxílio de oito caminhões até Khor Abeche, palco de confrontos recentes entre forças rebeldes e o Governo do Sudão. A cidade fica localizada a 80 quilômetros a nordeste da capital de Darfur do Sul, Nyala.

Cerca de 19 toneladas de comida foram entregues por via aérea ontem (27/12) a mais de dez mil pessoas nos arredores das instalações locais da UNAMID, segundo relatou a Missão. Enquanto isso, um comboio carregando combustível e comida a um número estimado de cinco mil PDIs em Shangil Tobaya, no Darfur do Norte, partiu hoje mais cedo da capital El Fasher. Missões similares para Shaeria, Jagahara e Negaha estão sendo planejadas pela UNAMID e diversos agentes humanitários para os próximos dias.

No sábado (25/12), o Representante Especial Adjunto da ONU-UA em Darfur, Ibrahim Gambari, manifestou grande preocupação com relatos de confrontos ininterruptos no território. Ele insistiu para que as partes envolvidas cessassem os conflitos e cooperassem totalmente com o mediador do processo de paz em Darfur, Djibril Bassolé.

Ao menos 300 mil pessoas foram mortas e 2,7 milhões desalojadas como resultado dos confrontos que têm devastado Darfur nos últimos sete anos.

Nações Unidas: Retrospectiva do ano de 2010

Nações Unidas: Retrospectiva do ano de 2010Já se encontra disponível em neste link o documentário Nações Unidas: Retrospectiva 2010, um balanço do trabalho das Nações Unidas com imagens da atuação da Organização em todo o planeta.

O filme, de pouco mais de dez minutos de duração, mostra a ação humanitária da ONU no devastador terremoto que atingiu o Haiti em janeiro, quando trezentas mil pessoas perderam suas vidas; a tragédia que abalou o Paquistão, onde um quinto do país ficou debaixo d’água; e a seca em Níger, que fez com mais de sete milhões de pessoas, aproximadamente metade da população, perdessem suas colheitas.

O programa mostra também, entre muitas outras ações, a atuação dos mais de 124 mil membros de forças de paz que foram enviados a 16 missões no mundo inteiro e os esforços que estão sendo realizados para uma paz duradora no Oriente Médio e para libertar o mundo das armas nucleares.

Mas 2010 também foi um ano de boas notícias que podem ser vistas no documentário: ao comemorar o Ano da Biodiversidade, os 193 membros da Convenção da Diversidade Biológica prometeram conter as perdas de espécies animais e vegetais no mundo, aumentar a proteção de ecossistemas vitais e compartilhar igualmente os recursos da Terra. Neste ano os Chefes de Estado se reuniram na ONU em Nova York para rever o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com o objetivo de criar um mundo livre da pobreza extrema até 2015; neste ano a ONU criou uma nova entidade para a Igualdade de Gênero, chamada ONU Mulheres.

Assista Nações Unidas: Retrospectiva 2010 clicando aqui ou a seguir.

No Dia Mundial da Ação Humanitária, ACNUR agradece doações do Brasil ao trabalho humanitário

A agência das Nações Unidas para refugiados (ACNUR), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Sistema ONU no país celebraram nesta quinta-feira (19), em Brasília, o Dia Mundial da Ação Humanitária. Durante uma cerimônia ocorrida no Palácio do Itamaraty, o ministro Celso Amorim recebeu uma carta do Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, na qual ele agradece as doações feitas ao ACNUR pelo Brasil, neste ano – cerca de US$ 3,2 milhões, a maior entre os países da América Latina e Caribe.

Da direita para a esquerda: Representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Andres Ramirez; Coordenador-residente interino do Sistema ONU no Brasil, Vincent Defourny; e o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.
Da direita para a esquerda: Representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Andres Ramirez; Coordenador-residente interino do Sistema ONU no Brasil, Vincent Defourny; e o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.

“As doações do Brasil estão beneficiando refugiados e deslocados internos em diferentes partes do mundo, como Sri Lanka, Haiti, Equador, Irã e Iraque”, afirma Guterres na carta ao ministro Amorim. Segundo ele, os recursos estão sendo usados nas áreas de alimentação, educação, abrigo e infraestrutura, “por meio de compras locais e, no caso da comida, de produtos oriundos da agricultura familiar”. Para Guterres, as doações do Brasil “reafirmam a liderança do país e seu compromisso internacional com a causa humanitária, pautada por princípios de humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência”.

Após receber a carta, o ministro Amorim disse que “o trabalho do ACNUR é extremamente importante e respeitável”, ressaltando que “os trabalhadores humanitários arriscam suas vidas porque estão no terreno e entram em cena quando as armas de calam, ao menos parcialmente”. De fato, o Dia Mundial da Ação Humanitária é uma referência aos ataques contra a sede da ONU em Bagdá, no dia 19 de agosto de 2003, quando 22 trabalhadores humanitários morreram – entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que atuava como Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para o Iraque.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, da sigla em inglês), 278 trabalhadores humanitários foram vítimas de 139 incidentes graves em diferentes partes do mundo no ano passado, sendo que 102 morreram. Os números mostram uma clara tendência de crescimento se comparados às estatísticas de 1999, quando foram registradas 65 vítimas (30 mortos) em 34 incidentes.

“Temos um enorme respeito por essas pessoas que lutam para preservar a vida humana. Quando um trabalhador humanitário é vítima de algum ataque ou mesmo assassinado, este ato se constitui em um crime duplo: tira-se a vida daquela pessoa em particular, e indiretamente, daquelas que ela salvaria por meio do seu trabalho”, disse Amorim, que conheceu Vieira de Mello, tendo este construído sua carreira na ONU como funcionário do ACNUR. “No meu último encontro com Sérgio, em Amã (Jordânia), ele me disse que a ONU precisaria do Brasil para reconstruir o Iraque. Sérgio era um defensor do multilateralismo. Ele sabia que a reconstrução do Iraque não podia ser deixada somente para a potência ocupante e que a ONU tinha um papel fundamental”, disse o ministro.

Durante a cerimônia, o representante do ACNUR no Brasil, Andres Ramirez, ressaltou o “terrível dilema” enfrentado pelos trabalhadores humanitários, que “estão nos lugares mais perigosos do mundo e arriscam suas próprias vidas para ajudar populações vulneráveis a preservar as suas”. Ele também agradeceu “as significativas doações do Brasil às Nações Unidas, em geral, e ao ACNUR, em particular”.

O coordenador residente interino do Sistema ONU no Brasil, Vincent Deforny, reconheceu “o papel destacado do ACNUR na ONU em relação às ações humanitárias”, e lembrou que o Dia Mundial da Ação Humanitária é uma oportunidade para “lembrarmos do esforço daqueles que perderam suas vidas realizando um trabalho humanitário e daqueles que estão lutando pelas condições humanitárias em vários lugares do mundo, como Haiti, Afeganistão e Paquistão”.

Após expressar sua “gratidão” a todos os brasileiros mortos durante trabalhos humanitários no mundo, ressaltando aqueles que foram vítimas do terremoto no Haiti, o ministro Celso Amorim lembrou que o Brasil tem o compromisso de manter uma ação humanitária consistente e voltada para ajudar os países mais pobres. “Ajudar os mais pobres é algo que nos enche de alegria. Sem solidariedade não haverá nem desenvolvimento nem uma ordem internacional pacífica”, afirmou o ministro.

Secretário-Geral

Em sua mensagem alusiva ao Dia Mundial da Ação Humanitária, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que os trabalhadores humanitários “representam o que a natureza humana tem de melhor, mas o seu trabalho é perigoso. Muitas vezes, aventuram-se a ir para os lugares mais perigosos do mundo. E, muitas vezes também, pagam um preço muito elevado. Perseguição e intimidação. Sequestro e até assassinato”.

Para marcar a data, a OCHA produziu o vídeo “Somos trabalhadores humanitários”, legendado para o português pelo Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio), como forma de homenagear trabalhadores humanitários em todo o mundo. O projeto colaborativo envolveu centenas de pessoas e foi filmado em 43 países durante nove semanas, com o tempo integralmente doado pelos participantes. A música original usada no filme foi produzida por Krister Linder, com animação em 2D por Anu Nagaraj. O filme não possui direitos autorais e pode ser reproduzido livremente.

Para celebrar o Dia Mundial da Ação Humanitária, comemorado no dia 19 de agosto, o site do ACNUR lançou hoje uma página especial dedicada ao tema, incluindo o vídeo da OCHA e depoimentos de trabalhadores humanitários. A página pode ser acessada clicando aqui.