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67a Sessão da Assembleia Geral da ONU começa nesta terça-feira (18)

A Assembleia Geral das Nações Unidas abre sua sexagésima sétima sessão na terça-feira, 18 de setembro, na sede da ONU em Nova York.

Assembleia Geral da ONU (Foto: ONU/JC McIlwaine)
Foto (em alta) da Assembleia Geral, clique aqui — crédito: ONU/JC McIlwaine.

Após a semana de abertura, na segunda-feira (24), a Assembleia Geral convocará uma reunião de Alto Nível sobre o Estado de Direito, a nível nacional e internacional, durante a qual os Estados-Membros, organizações não governamentais e sociedade civil trabalharão para fortalecer o Estado de Direito. (Para mais informações, clique aqui)

O debate geral anual, durante o qual a assembleia mundial ouve declarações de Chefes de Estado e de Governo, bem como de Ministros, começará na terça-feira, 25 de setembro, e terminará na segunda-feira, primeiro de outubro. Como é tradição desde a primeira Assembleia Geral, que aconteceu em 1947, o Brasil abrirá o debate geral.

Entre as questões-chave em sua agenda, a Assembleia vai abordar os seguintes temas: Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM); Mudança climática e desenvolvimento sustentável; Segurança alimentar; O papel da mediação na solução pacífica dos conflitos; Desarmamento; Reforma das Nações Unidas, incluindo a reforma do Conselho de Segurança, a revitalização do trabalho da Assembleia Geral e a reafirmação o papel central da Organização na governança global.

Ainda durante sua sexagésima sétima sessão, que vai até meados de setembro de 2013, a Assembleia irá considerar o resultado da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), ocorrida no Brasil em junho de 2012. (Acesse www.uncsd2012.org/rio20 e www.onu.org.br/rio20 para mais informações)

Além disso, a Assembleia se prepara para duas reuniões de alto nível, a serem realizadas durante a sua sexagésima oitava sessão, em 2013: um diálogo sobre migração internacional e desenvolvimento; e uma reunião com o tema “O caminho a seguir: uma agenda de desenvolvimento para a inclusão de pessoas com deficiência para 2015 e além”.

Acompanhe a 67ª Sessão da Assembleia Geral da ONU pelos sites webtv.un.org e www.un.org/ga

Fórum para negociação multilateral

Fundada em 1945 sob a Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral ocupa uma posição central como o centro deliberativo, formulador de políticas e órgão representante das Nações Unidas. Composto por todos os 193 Estados-Membros das Nações Unidas, fornece um fórum único para a discussão multilateral de todo o espectro de questões internacionais abrangidas pela Carta (clique aqui e aqui). Desempenha também um papel significativo no processo de normalização e codificação do direito internacional. A Assembleia se reúne intensamente de setembro a dezembro de cada ano, e posteriormente quando necessário.

Funções e poderes da Assembleia Geral

A Assembleia Geral da ONU tem o poder para fazer recomendações aos Estados sobre questões internacionais de sua competência. Ela também iniciou ações – políticas, econômicas, humanitárias, sociais e jurídicas – que têm afetado a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

O marco da Declaração do Milênio, aprovada em 2000, e do Documento Final da Cúpula Mundial de 2005 (http://www.un.org/Docs/journal/asp/ws.asp?m=A/RES/60/1), refletem o compromisso dos Estados-Membros em alcançar objetivos específicos para atingir a paz, a segurança e o desarmamento, juntamente com o desenvolvimento e a erradicação da pobreza; salvaguardar os direitos humanos e promover o Estado de Direito, proteger o meio ambiente comum; atender às necessidades especiais da África; e fortalecer as Nações Unidas.

De acordo com a Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral pode:

• Analisar e aprovar o orçamento das Nações Unidas e estabelecer as avaliações financeiras dos Estados-Membros;
• Eleger os membros não permanentes do Conselho de Segurança e os membros de outros conselhos e órgãos das Nações Unidas e, por recomendação do Conselho de Segurança, nomear o Secretário-Geral;
• Analisar e fazer recomendações sobre os princípios gerais de cooperação para a manutenção da paz e segurança internacionais, incluindo o desarmamento;
• Discutir quaisquer questões relativas à paz e segurança internacionais e, exceto quando uma disputa ou situação está sendo discutida no momento pelo Conselho de Segurança, formular recomendações sobre ela;
• Discutir, com a mesma exceção, e fazer recomendações sobre quaisquer questões no âmbito da Carta ou que afete os poderes e funções de qualquer órgão das Nações Unidas;
• Iniciar estudos e fazer recomendações para promover a cooperação política internacional, o desenvolvimento e a codificação do direito internacional, a realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e a colaboração internacional nos campos econômicos, sociais, humanitários, culturais, educativos e de saúde;
• Fazer recomendações para a solução pacífica de qualquer situação que possa prejudicar as relações amistosas entre os países;
• Considerar os relatórios do Conselho de Segurança e outros órgãos das Nações Unidas.

A Assembleia pode também tomar medidas em casos de ameaça à paz, violação da paz ou ato de agressão, quando o Conselho de Segurança não conseguiu atuar devido ao voto negativo de um membro permanente. Nesses casos, de acordo com sua resolução de “Unir para a paz” de 3 de novembro de 1950 (377 (V)), a Assembleia pode considerar o assunto imediatamente e recomendar aos seus membros as medidas coletivas para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. (Veja abaixo “Sessões especiais e sessões especiais de emergência”).

A busca pelo consenso

Cada um dos 193 Estados-Membros da Assembleia tem um voto. As votações realizadas sobre questões designadas importantes – como recomendações sobre a paz e a segurança, a eleição dos membros do Conselho de Segurança e do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) e as questões orçamentárias – exigem uma maioria de dois terços dos Estados-Membros, mas outras questões são decididas por maioria simples.

Nos últimos anos, um esforço tem sido feito para alcançar um consenso sobre as questões, em vez de decidir por uma votação formal e, desta forma, reforçar o apoio para as decisões da Assembleia. O Presidente, após ter consultado e chegado a um acordo com as delegações, pode propor que uma resolução seja aprovada sem votação.

Revitalização do trabalho da Assembleia Geral

Tem havido um esforço constante para fazer o trabalho da Assembleia Geral mais focado e relevante. Isto foi identificado como uma prioridade durante a quinquagésima oitava sessão e os esforços continuaram nas sessões subsequentes para agilizar a agenda, melhorar as práticas e métodos de trabalho das Comissões Principais, reforçar o papel da Comissão Geral, fortalecer o papel e a autoridade do Presidente e examinar o papel da Assembleia no processo de seleção do Secretário-Geral.

Na sua sexagésima sessão, a Assembleia aprovou um texto – anexo à resolução 60/286 de 8 de setembro de 2006 – que incentivou a realização de debates interativos informais sobre temas atuais de importância fundamental para a comunidade internacional. O texto, que havia sido recomendado pelo Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre a Revitalização da Assembleia Geral, convidou também o Presidente da Assembleia Geral a propor temas para esses debates interativos. Durante a sexagésima sexta sessão, mais de uma dúzia de debates temáticos interativos foram convocados, incluindo temas como economia mundial; luta contra o tráfico humano; redução do risco de desastres; o Estado de Direito nos níveis nacional e internacional; e mediação.

Tornou-se uma prática estabelecida para o Secretário-Geral informar os Estados-Membros periodicamente, em reuniões informais da Assembleia Geral, sobre suas atividades recentes e viagens. Estes informes têm fornecido uma oportunidade bem-vinda de intercâmbio entre o Secretário-Geral e os Estados-Membros e é provável que continuem na sexagésima sétima sessão.

Eleições para Presidente e Vice-Presidentes da Assembleia Geral e Presidentes dos Comissões Principais

Como resultado da revitalização em curso do seu trabalho, e nos termos do artigo 30º do seu regulamento interno, a Assembleia Geral elege o seu Presidente, Vice-Presidentes e Presidentes das Comissões Principais com pelo menos três meses de antecedência do início da nova sessão, a fim de reforçar a coordenação e preparação do trabalho entre as Comissões Principais e entre as Comissões e a Plenária.

Comissão Geral

A Comissão Geral – composta pelo Presidente e 21 Vice-Presidentes da Assembleia, bem como os Presidentes das seis Comissões Principais – faz recomendações à Assembleia sobre a adoção da agenda, a alocação de itens da agenda e a organização de seu trabalho. (Clique aqui para mais sobre a agenda).

Comissão de Credenciais

A Comissão de Credenciais, escolhida pela Assembleia Geral a cada sessão, informa a Assembleia sobre as credenciais dos representantes.

Debate Geral

O debate geral anual da Assembleia, que fornece aos Estados-Membros a oportunidade de expressar suas visões sobre as principais questões internacionais, será realizado de terça-feira, 25 de setembro, até segunda-feira, primeiro de outubro. O Secretário-Geral apresentará o seu relatório sobre o trabalho da Organização imediatamente antes do debate geral, uma prática que começou com a quinquagésima segunda sessão.

O tema do debate geral da sexagésima sétima sessão será “Obtendo ajuste ou solução das disputas ou situações internacionais por meios pacíficos”, como proposto pelo Presidente eleito da sexagésima sétima sessão, o Embaixador Vuk Jeremi? da Sérvia, após sua eleição em 8 de junho de 2012. A prática de seleção de um tema específico de interesse global para o debate remonta a 2003, quando a Assembleia Geral decidiu introduzir esta inovação, em um esforço para aumentar a autoridade e o papel do órgão que possui agora 193 membros (resolução 58/126 de dezembro de 2003).

As reuniões do debate geral são normalmente realizadas entre 9h e 13h e entre 15h e 21h.

Comissões Principais

Com o encerramento do debate geral, a Assembleia inicia a consideração das questões em sua agenda. Por causa do grande número de questões que é chamada a considerar – mais de 170 itens na pauta na sexagésima sexta sessão, por exemplo –, a Assembleia aloca com suas seis Comissões Principais itens relevantes para o seu trabalho. As Comissões discutem os itens, buscando sempre que possível a harmonização das várias abordagens dos Estados, e apresentam as suas recomendações, geralmente sob a forma de projetos de resolução e de decisão, para o Plenário da Assembleia para apreciação e ação.

As seis Comissões Principais são: Comissão de Desarmamento e Segurança Internacional (Primeira Comissão), que trata sobre desarmamento e questões de segurança internacional relacionadas; Comissão Econômica e Financeira (Segunda Comissão), que trata sobre questões econômicas; Comissão Humanitária, Social e Cultural (Terceira Comissão), que trata de questões humanitárias e sociais; Comissão Política Especial de Descolonização (Quarta Comissão), que lida com uma variedade de assuntos políticos não abrangidos por qualquer outra Comissão, ou pelo Plenário, inclusive a descolonização, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) e os direitos humanos do povo palestino; a Comissão Administrativa e de Orçamento (Quinta Comissão), encarregada da administração e orçamento da ONU; e a Comissão Jurídica (Sexta Comissão), que lida com questões legais internacionais.

Em um certo número de itens da agenda, no entanto, como a questão da Palestina e a situação no Oriente Médio, a Assembleia age diretamente nas suas reuniões plenárias.

Grupos de trabalho da Assembleia Geral

A Assembleia Geral, no passado, autorizou o estabelecimento de grupos de trabalho para que foquem em detalhes nas temáticas mais importantes e para fazer recomendações para a atuação da Assembleia. Isto inclui o Grupo de Trabalho Ad Hoc Para a Revitalização do Trabalho da Assembleia Geral, que continuará seu trabalho durante a próxima sessão.

Grupos Regionais

Muitos grupos regionais informais se envolveram ao longo dos anos com a Assembleia Geral como veículos para consulta e para facilitação do trabalho processual. Os grupos são: Os Estados africanos; os Estados da Ásia e do Pacífico; os Estados do Leste Europeu; os Estados da América Latina e do Caribe; e os Estados do Oeste Europeu e outros Estados. O posto do Presidente da Assembleia Geral se alterna em torno dos grupos regionais. Para a 67ª sessão, a Assembleia Geral elegeu em votação secreta o seu Presidente, que é membro do Grupo dos Estados do Leste Europeu.

Sessões especiais e sessões especiais de emergência

Em acréscimo às sessões regulares, a Assembleia pode se reunir em sessões especiais e sessões especiais de emergência.

Até a data, a Assembleia convocou 28 sessões especiais para temas que requerem atenção particular, incluindo a questão da Palestina, as finanças das Nações Unidas, o desarmamento, a cooperação econômica internacional, drogas, meio ambiente, população, mulheres, desenvolvimento social, assentamentos humanos, HIV/AIDS, apartheid e a Namíbia. A vigésima oitava sessão especial da Assembleia Geral, realizada em 24 de janeiro de 2005, foi dedicada à comemoração do sexagésimo aniversário da libertação de prisioneiros dos campos de concentração nazistas.

Dez sessões especiais de emergência abordaram as situações em que o Conselho de Segurança se encontrava em um impasse: Hungria (1956), Suez (1956), Oriente Médio (1958 e 1967), Congo (1960), Afeganistão (1980), Palestina (1980 e 1982), Namíbia (1981), os territórios árabes ocupados (1982), as ações ilegais de Israel no território ocupado de Jerusalém Oriental e no resto do território palestino ocupado (1997, 1998, 1999,2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006 e 2009).

A Assembleia decidiu, em 16 de janeiro de 2009, adiar temporariamente a décima sessão especial de emergência e autorizar o Presidente da Assembleia a retomar suas reuniões a pedido dos Estados-Membros.

Continuando o trabalho da Assembleia

O trabalho das Nações Unidas deriva em grande parte das decisões da Assembleia Geral e é realizado principalmente por:

• Comissões e outros organismos estabelecidos pela Assembleia para estudar e apresentar relatórios sobre temas específicos, como o desarmamento, a manutenção da paz, o desenvolvimento econômico, o meio ambiente e os direitos humanos.
• O Secretariado das Nações Unidas – formado pelo Secretário-Geral e sua equipe de funcionários internacionais.

Informações adicionais

UNIC Rio de Janeiro
[email protected] | [email protected]
(21) 2253-2211 | (21) 8185-0582

Credenciamento de imprensa para 67ª Assembleia Geral da ONU vai até 7 de setembro

Credenciamento de imprensa para 67a Assembleia Geral da ONU vai até 7 de setembro

Meios e profissionais de imprensa interessados em fazer a cobertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, têm até o dia 7 de setembro de 2012 para fazer seu registro. O setor responsável pelo credenciamento é o Media Accreditation and Liaison Unit (MALU).

O Debate Geral da Assembleia Geral da ONU ocorre anualmente, sempre na terceira terça-feira de setembro, com a presença de grande parte de Chefes de Estado e de Governo. O debate é aberto tradicionalmente pelo Brasil.

Todos os detalhes sobre como proceder estão disponíveis em http://www.un.org/en/media/accreditation/events.shtml

Chefes de Estado e de Governo se reúnem na 66ª Sessão da Assembleia Geral da ONU

Chefes de Estado e de Governo se reúnem na 66a Sessão da Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU/Susan Markisz

Chefes de Estado e de Governo dos 193 Países-Membros das Nações Unidas estarão reunidos na sede da Organização, em Nova York, durante o debate geral anual da Assembleia Geral da ONU a partir de quarta-feira, 21 de setembro. Como é tradição desde a primeira Assembleia Geral, que aconteceu em 1947, o Brasil abrirá o debate geral, que este ano terá como tema “O papel da mediação na solução de disputas por meios pacíficos”.

Três reuniões de alto nível também acontecerão na Sede da ONU em Nova York para marcar o início da 66ª Sessão da Assembleia Geral durante os dias 19, 20 e 22 de setembro, com a presença dos Chefes de Estado e de Governo.

A primeira reunião de alto nível será realizada nos dias 19 e 20 de setembro e vai tratar da prevenção e do controle de doenças não transmissíveis em todo o mundo, especialmente dos desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento. (Para mais informações, clique aqui).

A segunda reunião de alto nível, no dia 20 de setembro, terá como foco a desertificação, a degradação do solo e a seca no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, como preparação para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), agendada para junho de 2012. (Para mais informações, clique aqui)

A terceira reunião de alto nível da Assembleia será realizada na quinta-feira, 22 de setembro, e vai celebrar o 10º aniversário da Declaração e do Programa de Ação de Durban – o projeto da comunidade internacional para ação na luta contra o racismo. (Para mais informações, clique aqui)

Dentre os principais assuntos na agenda da 66ª Sessão da Assembleia encontram-se:

  • Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;
  • Mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável;
  • Segurança alimentar;
  • O papel da mediação na solução pacífica de conflitos;
  • Reconstrução e fortalecimento de Estados frágeis e em pós-conflito;
  • Desarmamento;
  • Reforma das Nações Unidas, incluindo a reforma do Conselho de Segurança, a revitalização da Assembleia Geral e a reafirmação do papel central da Organização na governança global.

Outros grandes eventos serão realizados durante a 66ª Sessão, que ocorre até setembro de 2012. Na primeira semana de dezembro de 2011 (data a ser anunciada), a Assembleia vai dedicar duas reuniões para dar seguimento ao Ano Internacional dos Voluntários, em seu décimo aniversário. (Para mais informações, clique aqui)

Na mesma semana, nos dias 7 e 8 de dezembro, a Assembleia vai realizar seu 5º Diálogo de Alto Nível sobre Financiamento para o Desenvolvimento. (Para mais informações, clique aqui)

Em junho de 2012, a Assembleia também deve fazer uma Revisão da Estratégia Global da ONU Antiterrorismo e de sua implementação pelos Estados-Membros, e vai considerar uma atualização da Estratégia em resposta aos atuais acontecimentos. (Para mais informações, clique aqui)

Debate Geral

O debate geral anual da Assembleia, que oferece aos Estados-Membros a oportunidade de expressar suas visões sobre grandes questões internacionais, será realizado de quarta-feira, 21 de setembro, a sexta-feira, 30 de setembro.

Sobre o Presidente da Assembleia Geral

Antes de ser eleito Presidente da 66ª Sessão da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz al-Nasser era o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, Representante Permanente do Estado do Catar na ONU em Nova York desde 11 de setembro de 1998. Ele atuou na Missão Permanente como Ministro Plenipotenciário de outubro de 1986 a janeiro de 1993 e foi Embaixador (não residente) do Estado do Catar para os seguintes países: Paraguai, Uruguai, Colômbia, Panamá, Nicarágua e Belize, Canadá, Argentina, Brasil e Cuba.

Al-Nasser começou sua carreira diplomática em novembro de 1972, como adido na Embaixada do Estado do Catar em Beirute (Líbano). De maio de 1975 a agosto de 1975, foi designado para a Embaixada do Estado do Catar em Islamabad (Paquistão), e de dezembro de 1975 a agosto de 1981 ocupou o cargo de Cônsul-Geral do Estado do Catar em Dubai (Emirados Árabes Unidos). Atualmente, ocupa o posto de Subsecretário do Ministério das Relações Exteriores do Estado do Catar.

Na ONU, foi Presidente da Comissão de Alto Nível sobre Cooperação Sul-Sul, durante o período de três anos entre 2007 e 2009; Presidente da Quarta Comissão (Assuntos Políticos Especiais e Descolonização) da Assembleia Geral das Nações Unidas durante sua 64ª Sessão; e Vice-Presidente da 57ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Durante a participação como membro não-permanente do Catar no Conselho de Segurança, em 2006 e 2007, o Embaixador Al-Nasser foi representante do seu país no Conselho e presidiu o Conselho durante o mês de dezembro de 2006. Em 2004, ele também atuou como Presidente do Grupo dos 77 e China na ONU.

Sobre a Assembleia Geral

A Assembleia Geral, instituída pela Carta das Nações Unidas em 1945, é o principal órgão deliberativo de formulação de políticas das Nações Unidas. É constituída pelos representantes dos 193 Estados-Membros da Organização e tem um papel de primeiro plano na promoção dos objetivos e dos princípios da Carta da ONU, como fórum sem paralelo para a discussão multilateral de todas as questões internacionais. Desempenha igualmente um papel importante no processo de estabelecimento de normas e na codificação do direito internacional.

Embaixador Nassir Abdulaziz Al-Nasser

Biografia resumida

Foto: ONU/Eskinder Debebe

Até sua eleição para Presidente da sexagésima sexta sessão da Assembleia Geral, Al-Nasser foi Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, Representante Permanente do Estado do Catar nas Nações Unidas em Nova York desde 11 de setembro de 1998. Ele atuou na Missão Permanente como Ministro Plenipotenciário de outubro de 1986 a janeiro de 1993. Ele também foi Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do Estado do Catar para o Reino Hachemita da Jordânia de fevereiro de 1993 a setembro de 1998. Desde então, tem sido creditado como Embaixador (não residente) do Estado do Catar para os seguintes países: Paraguai, Uruguai, Colômbia, Panamá, Nicarágua e Belize, Canadá, Argentina, Brasil e Cuba.

Ele começou sua carreira diplomática ainda jovem, em novembro de 1972, quando atuou como adido na Embaixada do Estado do Catar em Beirute, no Líbano. De maio de 1975 a agosto de 1975, foi designado para a Embaixada do Estado do Catar em Islamabad, no Paquistão, e de dezembro de 1975 a agosto de 1981 ocupou o cargo de Cônsul Geral do Estado do Catar em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Atualmente, ocupa o posto de Subsecretário do Ministério das Relações Exteriores do Estado do Catar. Enquanto servia como Embaixador do Estado do Catar, Al-Nasser representou seu país e participou de suas delegações oficiais em inúmeras conferências, fóruns e reuniões internacionais e regionais. Ele também representou o Estado do Catar em uma série de cerimônias oficiais em diversos países em todo o mundo.

Sua carreira diplomática nas Nações Unidas incluiu a participação em cargos de alto nível, como Presidente da Comissão de Alto Nível sobre Cooperação Sul-Sul, durante o período de três anos entre 2007 e 2009; Presidente da Quarta Comissão (Assuntos Políticos Especiais e Descolonização) da Assembleia Geral das Nações Unidas durante sua Sexagésima quarta Sessão; e Vice-Presidente da Quinquagésima sétima Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Durante a participação não-permanente do Estado do Catar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em 2006 e 2007, o Embaixador Al-Nasser foi representante do seu país no Conselho e presidiu o Conselho durante o mês particularmente agitado de dezembro de 2006. Em 2004, ele também atuou como Presidente do Grupo dos 77 e China nas Nações Unidas, em Nova York.

Além de sua carreira diplomática, Al-Nasser participou de inúmeras reuniões e ocasiões da sociedade civil. Ele faz parte dos conselhos de uma série de instituições. Em janeiro de 2010, tornou-se membro do Conselho de Assessores do Centro para Diálogos da Universidade de Nova York e, em outubro de 2009, tornou-se membro honorário da Associação de Política Externa em Nova York, entre outros.

Al-Nasser foi educado em Doha, no Catar, e em Beirute, no Líbano, onde cursou pós-graduação avançada em ciência política, diplomacia, relações internacionais e gerência em instituições de ensino de alto nível. Ele recebeu um certificado de doutorado honorário em relações exteriores do Governo da China através da Universidade Chongqing (novembro de 2007). Condecorações de diversos governos também foram conferidas a ele.

Al-Nasser nasceu em 15 de setembro de 1953 em Doha, Catar, e é fluente em árabe e inglês. Ele é casado com Muna Rihani e tem um filho, Abdulaziz.

Progressos na reforma do Conselho de Segurança voltam à pauta da Assembleia Geral da ONU

Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)O Presidente da Assembleia Geral iniciou nesta quinta-feira (11) o debate anual sobre a reforma do Conselho de Segurança, pedindo aos Estados-Membros a demonstrar a flexibilidade e criatividade necessárias para avançar em uma questão que tem sido objeto de discussão há 17 anos.

O Conselho de 15 membros não mudou desde a sua criação, após a Segunda Guerra Mundial. Cinco membros permanentes têm poder de veto – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – e 10 membros não-permanentes, sem direito de veto, são eleitos para mandatos de dois anos.

Alguns países têm argumentado que esta estrutura não representa a realidade do mundo de hoje. Questões fundamentais em discussão são a categoria dos membros, a questão do veto, a representação regional, o tamanho de um Conselho ampliado, métodos de trabalho e sua relação com a Assembleia Geral.

“Deve ficar muito claro que a solução está em suas mãos”, afirmou o presidente da Assembleia Geral Joseph Deiss aos Estados-Membros no início do debate, que contará com pelo menos 60 interlocutores. “É a sua determinação em fazer algo deste processo que conduzirá a avanços. Portanto, é essencial demonstrar flexibilidade, disposição para negociar, boa fé, criatividade e respeito mútuo em uma atmosfera que seja transparente e inclusiva”.

Deiss disse que a reforma do Conselho é uma parte essencial de reafirmação do papel central das Nações Unidas na governança global, sublinhando que há “quase total consenso” em todo o mundo sobre a necessidade de se adaptar o Conselho de Segurança às mudanças que têm ocorrido desde 1945.

“É essencial para a construção de convergências existentes e diminuição das diferenças de ponto de vista, a fim de alcançar resultados mais concretos”, afirmou, apelando aos Estados para apoiar os esforços do embaixador Zahir Tanin do Afeganistão, que supervisiona as negociações da reforma do Conselho.