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‘Conseguimos alcançar muitos progressos. Mas ainda há muito a ser feito’

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Paz, marcado anualmente em 21 de setembro. Leia a mensagem para este ano.

“Hoje é o Dia Internacional da Paz.

A cada ano, neste dia, as Nações Unidas fazem um chamado por um cessar-fogo global. Pedimos aos combatentes que deponham suas armas para que todos possam respirar o ar da paz. O conflito armado provoca um sofrimento incalculável para as famílias, comunidades e países. Hoje muitos sofrem nas mãos brutais de belicistas e terroristas. Vamos ficar ao lado deles em solidariedade.

A paz e segurança são fundamentos essenciais para o progresso social e o desenvolvimento sustentável. É por isso que, há três décadas, a ONU afirmou o direito das pessoas à paz.

Ao longo do próximo ano, vamos comemorar o 70º aniversário das Nações Unidas. A nossa organização é fundada sobre a promessa de preservar as futuras gerações do flagelo da guerra. Conseguimos alcançar muitos progressos. Mas ainda há muito a ser feito.

Temos que apagar o fogo do extremismo e combater as causas profundas dos conflitos. A paz é um longo caminho que devemos percorrer juntos – passo a passo, a partir de hoje. Vamos todos observar um minuto de silêncio ao meio-dia.

Vamos todos refletir sobre a paz – e o que isso representa para a nossa família humana. Vamos mantê-la em nossos corações e mentes para que ela possa crescer e florescer.”

Dia Internacional da Paz, por Irina Bokova

Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, para o Dia Internacional da Paz, com o tema “Paz Sustentável para um Futuro Sustentável”, 21 de setembro de 2012.

Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO (ONU/JC McIlwaine)

“Uma vez que as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é na mente dos homens e que devem ser construídas as defesas da paz.”

Essas linhas do preâmbulo à Constituição da UNESCO não perderam nada de seu poder em um mundo movido pela mudança, onde a violência permanece uma realidade diária, a cultura está sob ataque e a discriminação e a intolerância ainda são endêmicas.

Para ser sustentável, a paz deve começar pela dignidade de cada homem e mulher. Deve ser nutrida por seus direitos e pela conquista de suas aspirações. A paz é um compromisso com um futuro melhor que se inicia hoje, com base em valores compartilhados, por meio de diálogo, tolerância, respeito e compreensão. Essa é a fundação sobre a qual se deve construir a paz diariamente em nossa vizinhança e nas cidades, em nossas sociedades e entre países.

Para a UNESCO, deve-se iniciar pelo acesso à educação de qualidade por todos, especialmente meninas e mulheres, como uma estratégia de avanço para o desenvolvimento sustentável. Deve-se aproveitar ao máximo a criatividade e a inovação provenientes da diversidade cultural e da promoção de nosso patrimônio comum. A paz deve ser construída por meio de esforços combinados de utilização do poder das ciências para o benefício de todas as sociedades. Deve avançar o direito de cada homem e mulher de se pronunciar e ser ouvido.

Essas conclusões ecoaram claramente no Fórum de Lideranças da UNESCO junto a governantes durante a 36a sessão de sua Conferência Geral em novembro de 2011. A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu no Rio de Janeiro neste ano, reafirmou a visão de que a paz duradoura e o desenvolvimento sustentável são dois lados da mesma moeda. O desenvolvimento não é sustentável se as sociedades não estiverem em paz consigo e com seus vizinhos, ou em equilíbrio com o planeta. A paz não pode ser duradoura se bilhões de pessoas continuarem desprovidas de justiça social, econômica e ambiental. A sustentabilidade deve ser o princípio a guiar a paz e o desenvolvimento no século que se desenrola.

Paz não é um conceito abstrato, cujo sucesso se pode decretar. Ela diz respeito a homens e mulheres, meninos e meninas, individualmente. Todos devem ter o direito de imaginar um futuro melhor, assim como a habilidade de moldar a realidade de acordo com suas aspirações. Essas são as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e as apostas para a sustentabilidade global. Essa é a missão da UNESCO e nossa mensagem no Dia Internacional da Paz 2012.

Mensagem de Irina Bokova sobre o Dia Internacional da Paz (21 de setembro)

Mensagem de Irina Bokova, Diretora Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Paz, 21 de Setembro de 2011.

“Paz e Democracia: faça com que sua voz seja ouvida!”

Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO

A paz é mais do que a ausência da guerra. Ela reside na dignidade de cada homem e cada mulher. Ela é o vínculo que une harmoniosamente as sociedades entre si e com nosso ambiente. Ela é a fundação de Estados legítimos e a base para as relações internacionais estáveis.

Essa é a visão que deu origem às Nações Unidas. Essa é a meta que norteia todas as atividades da UNESCO.

O Dia Internacional da Paz 2011 é uma oportunidade para refletir sobre os desafios da paz em um mundo que se torna cada vez mais acelerado.

As pessoas estão mais conectadas do que nunca. Tecnologias da informação e da comunicação abrem novos horizontes para expressão e ação. As mídias sociais criam novas condições para participação individual e para a democracia. Ao mesmo tempo, homens e mulheres no mundo inteiro ainda lutam contra os terrores da violência e dos conflitos. Uma crise econômica global nos solapa, resultando na privação de milhões, que sofrem devido à pobreza e à marginalização.

Em tempos turbulentos, devemos permanecer fiéis aos valores fundamentais da paz. A paz começa com a justiça e a dignidade de cada homem e cada mulher. Ela começa com a capacidade de cada um, no mundo todo, imaginar um mundo melhor e trabalhar para criá-lo. Ela manifesta-se nas ambições humanistas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

A Constituição de 1945 da UNESCO estabelece que “uma vez que as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que devem ser construídas as defesas da paz.” As mentes jovens são um dos mais poderosos baluartes da paz.

Jovens de ambos os gêneros já estão mudando o mundo a cada dia que passa. A luta pela dignidade, por direitos e pela justiça os levou às ruas, à mobilização por meio de campanhas e à construção de movimentos a favor de mudanças pacíficas. Novos horizontes para a dignidade humana abrem-se.

Nesse Ano Internacional da Juventude, saudamos essas aspirações pacíficas e devemos reagir à altura das expectativas que inspiram a juventude. Devemos levar em conta as suas ideias e assegurar seu devido lugar em todas as sociedades. As suas vozes devem ser entendidas e, sobretudo, escutadas.

A UNESCO trabalha todos os dias para apoiar os jovens no fortalecimento de valores e instituições democráticas, baseadas na justiça, na igualdade e no respeito aos direitos humanos. Trabalhamos para fortalecer uma cultura de paz e não-violência, por meio de diálogo intercultural e entre religiões, e ao fomentar compreensão mútua e ao promover a reconciliação. Buscamos fortalecer os jovens com novas técnicas de expressão e oportunidades de agir para mudanças pacíficas.

Essas são as metas do Fórum da Juventude que a UNESCO realizará em Paris, nos dias 17 a 20 de outubro, com o tema “Os jovens como vetores da mudança”. Com participantes de todo o mundo e com a moderação feita pelo Embaixador da Boa Vontade da UNESCO, Forest Whitaker, o fórum fornecerá uma plataforma global para criar novos métodos de se promover a reconciliação e a resolução de conflitos.

Jovens iluminam o caminho para um mundo mais pacífico. Devemos apoiar as suas aspirações, escutar suas opiniões e agir com base nos seus sonhos. Essa é a nossa mensagem para o Dia Internacional da Paz 2011.

4º Fórum Violência, Participação Popular e Direitos Humanos no Rio de Janeiro

4º Fórum Violência, Participação Popular e Direitos Humanos no Rio de JaneiroEm comemoração ao Dia Internacional da Paz, o Centro de Informação das Nações Unidas do Brasil (UNIC Rio), o Movimento Rio de Paz e o Centro Cultural Justiça Federal têm a honra de convidar para o 4º Fórum Violência, Participação Popular e Direitos Humanos.

O evento será no dia 21 de setembro de 2010, no Rio de Janeiro. Local: Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241, Centro). Não é necessário confirmar presença.

Acesse a programação:

Clique aqui para acessar o convite (formato PDF).

A Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro nos anos 2007-2010

14:00h – Abertura

  • Márcia Helena Ribeiro Pereira Nunes – Juíza federal e conselheira do CCJF
  • Giancarlo Summa – Diretor do Centro de Informações das Nações Unidas do Brasil
  • Antônio Carlos Costa – Presidente do Rio de Paz

14:30h – UNIDADE DE POLÍCIA PACIFICADORA: fim do domínio territorial armado de facções criminosas?

  • Robson Rodrigues da Silva – Coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro e comandante das Unidades de Polícia Pacificadoras
  • Jacqueline Muniz – UCAM – Sócia fundadora da Rede Latino-Americana de Policiais e Sociedade Civil
  • Mediador: Jorge Antonio Barros – Jornalista e autor do blog Repórter de Crime

16:15h – Intervalo

16:30h – SISTEMA PRISIONAL: avanço na reintegração social do preso?

  • Elizabeth Sussekind – Professora de criminologia da Puc-Rio emembro do conselho consultivo do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ
  • Orlando Zaccone – Delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e coordenador – Nucop / Polinter – Núcleo de Presos Polinter
  • Mediador: Giancarlo Summa, Diretor do Centro de Informações das Nações Unidas do Brasil

17:45h – Intervalo

18:00h – MORTES VIOLENTAS: tendência para a redução de homicídios?

  • Ana Paula Miranda – Antropóloga e coordenadora do Curso de Especialização em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública
  • Ignacio Cano – Professor e coordenador da Pós-Graduação de Ciências Sociais daUERJ
  • Mediador: Elizabeth Sussekind – Professora de criminologia da PUC

19:45h – Encerramento

(Clique nas imagens abaixo para ampliá-las)


Atuação policial e políticas de segurança foram temas discutidos em Fórum no Rio

3º Fórum Violência, Participação Popular e Direitos HumanosO Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio) e o movimento Rio de Paz, em parceria com o Centro Cultural da Justiça Federal promoveram, no dia 28 de setembro de 2009, o 3º Fórum Violência, Participação Popular e Direitos Humanos. Organizado em comemoração ao Dia Internacional da Paz, o evento deste ano teve como tema O acesso à justiça, política prisional e violações de direitos, reuniu centenas de pessoas interessadas em melhor entender e solucionar o problema da segurança pública no Brasil.

Realizado no Centro Cultural da Justiça Federal, no centro do Rio, foi aberto pelo Presidente do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, que lembrou que ”Foram 57.422 casos de homicídios dolosos entre 2000 e 2008 somente no Rio”. Costa reafirmou que a entidade irá lutar até o dia em que as estatísticas mostrarem o fim da violência na cidade.

Ele ainda citou a ONU como grande aliada nesta luta, dizendo se tratar “da primeira instituição que olhou para o nosso trabalho e nos deu confiança e apoio”. Antes do início da primeira mesa, Valéria Schilling, Assessora de Comunicação do UNIC Rio, falou sobre a paz como único meio de alcançar todos os direitos humanos. “Espero que nossos debates sejam permeados pela mensagem de que a paz é a única via”, disse.

Durante as mesas, os debates buscaram formas de entender e solucionar o problema da segurança na cidade do Rio e no Brasil. O Comandante de Unidades Operacionais Especiais da PM, Antonio Carballo Blanco, citou a politização partidária como grande impedimento na formação de políticas públicas sólidas. Jaqueline Muniz, professora da UNICAM, reiterou a opinião, afirmando que o problema está na formação de políticas sem continuidade. “O maior desafio para a segurança pública é político, é o de levar adiante os projetos pensados”, disse.

Sobre o sistema prisional brasileiro, tema da segunda mesa, Ignácio Cano, professor da UERJ, afirmou que as péssimas condições das prisões são uma grande barreira para a recuperação dos presos, comparando-as com as que os negros encontravam nos navios negreiros. Em relação à crescente taxa de encarceramento no nosso país (de 232 mil presos em 2000 para 422 mil em 2007), brincou dizendo que “se continuarmos nesse ritmo, em 2050 todos os brasileiros estarão presos”.

A hipocrisia da sociedade brasileira foi apontada como um dos problemas pelo também professor da UERJ, Jorge da Silva, na última mesa do dia. “Queremos que a polícia trabalhe respeitando os direitos humanos, mas ao mesmo tempo nossa sociedade espera, de fato, uma polícia discriminatória e truculenta”. Para Leonardo Chaves, professor da PUC e Subprocurador-Geral de Justiça dos Direitos Humanos, o Brasil de fato não vive numa democracia, “e isso fica ainda mais claro quando olhamos para a questão da segurança pública”, disse. Para ele, o Estado brasileiro se organiza como um Estado penal, o que cria uma lógica que contribui para o crescimento da violência.