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Liberdade de informação vital para a promoção da diversidade cultural

Liberdade de informação vital para a promoção da diversidade culturalA liberdade de informação e seu o acesso universal são cruciais para a promoção da diversidade cultural e linguística e as Nações Unidas estão na vanguarda da batalha para proteger esses direitos, disse o Subsecretário-Geral para Comunicações e Informação Pública da ONU, Kiyo Akasaka, em um seminário mundial sobre a diversidade linguística, globalização e desenvolvimento em Alexandria (Egito).

“A liberdade de expressão e a liberdade de imprensa são uma parte inseparável da missão das Nações Unidas em prol da paz, do desenvolvimento humano e por um mundo melhor”, afirmou Akasaka. “Mas em todo o mundo, vemos governos e aqueles que detêm o poder tentando impedir isso. A Internet e as mídias digitais estão se tornando um novo campo de batalha para obter informações.”

Ele citou o impressionante ritmo de inovação e crescimento das tecnologias de informação e comunicação: até o final de 2010, haverá um número estimado de 5,3 bilhões de usuários de telefones celulares; já o acesso a redes móveis está disponível agora para 90% da população mundial e 80% das pessoas que vivem em áreas rurais. Além disso, o número total de mensagens de texto enviadas em nível mundial triplicou nos últimos três anos, de 1,8 trilhão para 6,1 bilhões, o que significa que 200 mil mensagens de texto são enviadas a cada segundo. O número de usuários da Internet duplicou entre 2005 e 2010, superando a marca de 2 bilhões, dos quais 1,2 bilhão mora em países em desenvolvimento.

Mas a exclusão digital continua acontecendo, advertiu, com 71% da população dos países desenvolvidos online, contra apenas 21% nos países em desenvolvimento; até o final deste ano, os usuários da Internet na África atingirá 9,6%, bem abaixo da média mundial de 30%.

“As estatísticas ilustram o enorme progresso que fizemos. Não tenho dúvidas de que seremos capazes de acabar com a exclusão digital. O maior desafio para todos é garantir que as informações disponíveis representem a enorme diversidade de povos, línguas, culturas e pontos de vista – científicas, políticas, religiosas, sociais. Este é o lugar onde os governos, bibliotecas, universidades, meios de comunicação e instituições culturais podem desempenhar um papel crucial.”

No encontro, Akasaka pediu também que as universidades e outras instituições de ensino superior se juntem ao recém-lançado programa Impacto Acadêmico (UNAI), uma iniciativa do Departamento de Informação Pública (DPI), que visa criar parcerias entre a Organização e mundo acadêmico e promover uma cultura de responsabilidade social intelectual.

ONU lança década de esforços para combater a desertificação

Fortaleza, Brasil e Nairóbi, Quênia

A Organização das Nações Unidas está lançando hoje (16) a Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação (2010-2020), um esforço de 11 anos para sensibilizar e estimular a ação por uma maior proteção e melhor manejo das terras secas do mundo, lar de um terço da população mundial, que enfrenta sérias ameaças econômicas e ambientais.

A terra é vida: Mantenham as terras áridas em boas condições

A terra é vida – Mantenham as terras áridas em boas condiçõesEm um momento em que há cada vez mais terras no mundo em risco de deterioração e degradação, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu declarar a Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta contra a Desertificação (UNDDD), que será comemorada entre janeiro de 2010 e dezembro de 2020. Saiba mais aqui.

As terras áridas são importantes. Por que?

As terras áridas são importantes. Por que? Imagem: ONU.As terras áridas representam 41,3% da superfície terrestre, uma proporção significativa, como mostra o mapa incluído neste documento. Se as terras áridas não existissem, o que mudaria no planeta? Saiba mais aqui.

Dados essenciais sobre as terras áridas

Dados essenciais sobre as terras áridasAs terras áridas classificam-se por grau de aridez e abrangem quatro tipos de zonas (…) O termo terras áridas exclui geralmente os desertos quando é utilizado no contexto de questões relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Saiba mais aqui.

Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon

Leia aqui a mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, à Segunda Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semi-áridas por ocasião do lançamento da Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta Contra a Desertificação. Clique aqui.

“A degradação progressiva dos solos – seja por consequência da mudança do clima, das práticas agrícolas insustentáveis ou da má administração dos recursos naturais – representa uma ameaça à segurança alimentar, gerando fome entre as comunidades mais afetadas e roubando as terras produtivas do mundo”, declarou o Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon ao anunciar o lançamento da década.

“Ao iniciarmos a Década para os Desertos e a Luta Contra a Desertificação, comprometemo-nos a intensificar os nossos esforços para cuidar da terra de que necessitamos para implementar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e garantir o bem-estar humano”, adicionou.

A nível global, a desertificação – degradação da terra em zonas áridas – afeta 3.6 bilhões de hectares, somando 25% da massa terrestre, o que ameaça a subsistência de mais de um bilhão de pessoas em cerca de 100 países. Nesse contexto, os Estados-Membros das Nações Unidas abordaram a desertificação crescente e a degradação da terra ao adotar, em 2007, uma resolução que dedicará a próxima década para o combate à desertificação e a melhoria da proteção e do gerenciamento das terras secas do mundo.

O lançamento global da Década realizou-se no dia 16 de agosto em Fortaleza, Ceará – região semi-árida brasileira –, durante a Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semi-Áridas. Também hoje aconteceu o lançamento para a África em Nairóbi, no Quênia, organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Outros lançamentos regionais estão agendados para acontecer em setembro em Nova York, para a Região norte-americana, e na República da Coreia, para a região asiática; na Europa, o lançamento será realizado no mês de novembro.

Embora a preocupação sobre a desertificação esteja crescendo, nem tudo está ruim. Esforços têm sido depositados para solucionar o problema de degradação da terra e, ao mesmo tempo que resultados positivos têm surgido, mais ação é necessária para conter e reverter a degradação dos solos e a progressiva desertificação em todo o mundo.

Luc Gnacadja, Secretário Executivo da Convenção da ONU de Combate à Desertificação, advertiu que a comunidade internacional encontra-se em uma encruzilhada e tem que decidir se manterá a abordagem usual, que será caracterizada por secas severas e prolongadas, inundações e escassez de água, ou um caminho alternativo, que “servirá de canal para nossas ações coletivas para a sustentabilidade”.

Gnacadja acrescentou que a mensagem da década salienta que terra é vida, “por isso, devemos assegurar que desertos continuem produtivos e produzindo” e que o objetivo da década é “criar uma parceria global para reverter e prevenir a desertificação e a degradação dos solos e para mitigar os efeitos da seca em áreas afetadas, a fim de contribuir com a diminuição da pobreza e a sustentabilidade ambiental”.

Nota aos editores

História e objetivos da década

Em 2007, a Assembleia Geral das Nações Unidas declararam 2010-2020 como a Década da ONU para os Desertos e a Luta Contra a Desertificação. Em dezembro de 2009, cinco agências da ONU foram encarregadas de liderar as atividades da década. Estas são: o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e outros órgão relevantes das Nações Unidas, incluindo o Departamento de Informação Pública do Secretariado.

A década é projetada para elevar a sensibilização pública sobre as ameaças de desertificação, a degradação dos solos e o papel das secas no desenvolvimento sustentável, além de caminhos que levem à sua redução.

Valor dos Desertos e das Terras Secas

  • 2.1 bilhões de pessoas, cerca de 40% da população mundial, habita os desertos e terras secas do mundo
  • 90% dessa população vive em países em desenvolvimento
  • 50% da pecuária do mundo é sustentada por pastagens
  • 46% do carbono global é armazenado em terras áridas
  • 44% de todas a terra cultivada localiza-se em zonas áridas
  • 30% de todas as plantas cultivadas são provenientes de terras secas

Ameaças da desertificação

  • A desertificação afeta 3,6 bilhões de hectares de terra no mundo inteiro – ou 25% da massa terrestre
  • 110 países estão em risco de degradação dos solos
  • 12 milhões de hectares de terra são perdidos a cada ano
  • A terra perdida anualmente poderia produzir 20 milhões de toneladas de grãos
  • Anualmente, US$42 bilhões são perdidos em renda devido à desertificação e à degradação dos solos

Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD)

Estabelecida em 1994, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) é o único acordo internacional legalmente vinculante que estabelece essa ligação entre meio ambiente, desenvolvimento e a promoção de solos saudáveis.

Os 193 países – ou Partes – signatários da convenção trabalham para amenizar a pobreza nas terras secas, manter e restaurar a produtividade da terra e mitigar os efeitos da seca. A convenção prevê o Iraque como seu 194º membro na próxima semana, com a adesão que acontecerá no dia 28 de agosto.

Para mais informações

Lançamento em Nairóbi

Links para materiais de divulgação

ONU comemora o 64º aniversário com shows, filmes e cerimônias

Aniversário reúne celebridades, shows e documentário a favor da paz.

As Nações Unidas comemoraram o 64º aniversário hoje com cerimônias por todo o mundo, entre eles um show na sede em Nova York e um pronunciamento do Secretário-Geral Ban Ki Moon feito via vídeo mensagem divulgado durante a comemoração.

“Neste aniversário da ONU vamos reunir nossas forças em prol dos vulneráveis, os incapazes e os indefensáveis. Esse é o momento de nos unirmos para transformarmos o mundo em um lugar mais seguro, um lugar melhor. As Nações Unidas estão voltando suas forças ao máximo em direção ao problemas maiores, sempre observando o panorama geral. Estamos, gradualmente, criando um novo multilateralismo que possa trazer resultados concretos para o mundo, especialmente para aqueles que mais precisam.”

Na sede das Nações Unidas o show ocorreu na sexta a noite no salão da Assembléia Geral e teve pela primeira vez, desde o início de suas atividades um tema: “Um Tributo pela Manutenção da Paz.”

Organizada pelo Departamento de Informação Pública (DPI) e pelo Departamento de Operações pela Manutenção da Paz (DOMP), em parceria com o Projeto Cultural, uma ONG voltada para o trabalho artístico focado na justiça social e engajamento cívico, ela usou diversos tipos de manifestações artísticas para justificar a importância do trabalho pacífico da ONU.

As performances musicais incluíram John McLaughlin e banda (Reino Unido), Remember Shakti (Índia), Emmanual Jal (Sudão), Sister Fa (Senegal), Salman
Ahmad (Paquistão), Harry Belafonte (Estados Unidos), Angelique Kidjo (Benin), Lang Lang (China) e a banda colombiana, Aterciopelados. Além dessas apresentações, houve discursos de pessoas públicas e a apresentação do documentário do diretor Fisher Stevens chamado “A Guerra contra a Guerra”, que retrata os desafios e os comprometimentos dos que trabalham nesse projeto da paz, em especial os Capacetes Azuis.

O objetivo do evento foi o de criar uma maior sensibilização sobre a importância dessa missão realizada por trabalhadores da paz que estão pelo mundo. A recente tragédia na Missão de Estabilização do Haiti (MINUSTAH) que levou a morte de 11 deles em um acidente de helicóptero fez do evento de sexta o mais pungente, já que a ONU prestou homenagem as vidas perdidas.

O aniversário oficial do Dia da ONU será 26 de outubro quando a filha do rei, a Princesa Maha Chakri Sirindhorn e o Primeiro Ministro Abhisit da Tailândia são esperados para comparecer no evento. Em Genebra, o evento será comemorado com a conferência “Segurança Humana Compreensiva – da teoria a prática”, em Viena houve a publicação da revista “Juntos somos mais fortes” no dia 20 de outubro e 4 mil cópias de material de ensino nas línguas germânicas foram distribuídas para escolas secundárias em toda Áustria.

Enquanto isso na América do Sul, a Comissão Econômica da América Latina e do Caribe da ONU (CEPAL) está promovendo hoje uma cerimônia em sua sede em Santiago, no Chile.

Gripe aviária foi contida, mas persiste a ameaça de uma epidemia humana

O vírus da gripe aviária propagou-se rapidamente, após o seu aparecimento em 2003, mas uma rápida reação da comunidade internacional permitiu conter a doença. No entanto, há dados que continuam a causar preocupação em numerosos países, como a ameaça de uma mutação do vírus que afetaria os seres humanos. Esta ameaça se mantém e é urgente se preparar para enfrentar a situação.

A História
Para além de algumas notícias ocasionais nos meios de comunicação sobre um novo surto de gripe aviária, a ameaça de uma epidemia mundial já não é capa nos jornais. Mas isto é perigoso, pois existe um risco constante de uma mutação, que permitiria que o vírus se transmitisse facilmente aos seres humanos, causando uma epidemia mundial que poria em perigo milhões de vidas.

Durante os últimos três anos, o vírus da gripe aviária propagou-se rapidamente no leste Asiático, onde surgiu o primeiro surto, e, depois, em diversas regiões do norte da África e da África Ocidental, onde passou para a Europa Central, até chegar ao Reino Unido. Este vírus altamente patogênico foi detectado em 15 países, em 2005. Em 2006, foi encontrado em pelo menos 55 países e territórios. Foram abatidos mais de 200 milhões de frangos, para tentar controlar o surto epidêmico. As economias rurais sofreram as conseqüências e as populações com rendimentos modestos tiveram de enfrentar a escassez da sua principal fonte de proteínas.

Imediatamente após a eclosão da doença, teve início uma reação internacional que se intensificou com a criação, em 2005, do cargo de Coordenador do Sistema das Nações Unidas para a Gripe Aviária (UNSIC), o qual permitiu melhorar as respostas aos surtos detectados, no ano anterior, entre as aves, em muitos países. Em meados de 2007, numerosas nações adotaram as estratégias de prevenção e de controle elaboradas pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e pela Organização Mundial de Saúde Animal. Graças à colaboração com os governos nacionais, no final de 2007, tinha-se conseguido reduzir para seis o número dos países nos quais se sabia que a doença existia.

Foram desenvolvidos esforços intensivos – incluindo campanhas de vacinação das aves – para controlar a doença nesses países e eliminar os surtos, logo que surjam. Atualmente, a maioria dos Estados pode controlar os surtos, quando começam. Embora este vírus tão robusto e resistente não seja alvo de grande interesse por parte dos meios de comunicação, a gripe aviária não desapareceu nem é menos mortal. Ganhamos, no entanto, algum tempo, que nos permitirá efetuar preparativos para o futuro.

O Contexto

  • A nomeação, em 2005, de David Nabarro para o cargo de Coordenador Principal das Nações Unidas para a Gripe Aviária (UNSIC) foi a resposta do Sistema das Nações Unidas para enfrentar a rápida propagação da gripe aviária nesse ano, bem como a crescente ameaça de uma epidemia causada pela mutação do vírus. Em vez de criar uma nova organização, as funções do UNSIC foram organizadas em torno de uma pequena equipe com presença em vários continentes e encarregada de coordenar as atividades de mais de uma dúzia de organizações das Nações Unidas e, ao mesmo tempo, de colaborar com os governos nacionais e outros organismos e doadores internacionais.
  • Até final de 2007, se tinha conhecimento de 243 mortes de seres humanos por causa do vírus da gripe aviária, mas esse número representa 70% do total de 345 casos comunicados.
  • A ameaça de epidemia levou a maioria dos governos a melhorar seus serviços de detecção, controle e redução do impacto destes perigosos agentes patogênicos. No entanto, muitos planos nacionais de combate à epidemia não são suficientemente operacionais e a coordenação, entre os países, dos preparativos para uma epidemia requer mais atenção.
  • David Nabarro observa que muitas das doenças novas se transmitem do reino animal para os seres humanos. “O controle da doença nos animais está na base da prevenção das infecções entre os seres humanos e da redução da probabilidade de uma epidemia”, diz. “É necessário que os profissionais de saúde animal e humana, de saúde pública, de controle da alimentação e de gestão de crises colaborem, para assegurar uma melhor preparação do mundo para a luta contra as doenças que ameaçam a segurança da raça humana”.

Para mais informações:
Departamento de Informação Pública da ONU
Tim Wall; Tel: + 1 212 963 5851
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