Como em anos anteriores, o Serviço de Informação das Nações Unidas em Genebra (Suíça), organizará um programa de estudos de duas semanas para estudantes de mestrado ou doutorado. O 52° Programa de Estudo de Pós-Graduação de Genebra será realizado entre 30 de junho e 11 de julho de 2014 com o tema “Capacitar os jovens: como a ONU pode liderar o caminho?”
O programa avaliará o papel que as Nações Unidas desenvolvem ou podem desenvolver na busca por soluções multilaterais para as questões globais, como o tema desta edição.
Funcionários e especialistas da ONU realizarão palestras que serão seguidas de debates. Os participantes devem comparecer a todas as atividades, que serão realizadas em francês e inglês sem tradução, portanto os candidatos devem ter conhecimento nas duas línguas.
Todos os custos são de responsabilidade dos participantes, que deverão ter entre 23 e 35 anos. As inscrições devem ser feitas até o dia 7 de março de 2014, e os candidatos selecionados serão notificados em abril do mesmo ano.
Clique aqui para saber mais informações e preencher, online, a ficha de inscrição (em inglês).
Para marcar a atuação das Nações Unidas em todo o mundo, a ONU Brasil selecionou algumas das imagens que marcaram o ano 2013.
São mais de 60 fotos selecionadas a partir da atuação dos fundos, agências, programas e diversos departamentos e setores das Nações Unidas em todo o mundo.
As Nações Unidas publicaram nesta quinta-feira (26) um pequeno documentário, de pouco mais de 13 minutos, contendo a retrospectiva do trabalho da Organização no ano de 2013. A produção é da TV ONU e a adaptação para o português do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio de Janeiro). Acesse, em português, em http://youtu.be/QdSmjktm19A
O ano de 2013 revelou progressos únicos na história das Nações Unidas, como o acordo sobre o Tratado de Comércio de Armas e a união do Conselho de Segurança pela rápida destruição das armas químicas na Síria.
Houve também retrocessos: atentados terroristas em Nairóbi e Boston, por exemplo, serviram de desculpa para se agravar violações de direitos humanos decorrentes da vigilância sobre indivíduos, nações e até líderes globais, como a presidenta do Brasil. O país respondeu liderando uma iniciativa na ONU para combater tais práticas.
Sobre direitos básicos previstos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), 2013 teve avanços no combate à fome. Mas as contradições prevalecem: no mundo, o número de pessoas com um celular é maior que o de pessoas com saneamento básico.
A retrospectiva de 2013 traz a esperança de que as metas previstas para 2015, apesar dos enormes desafios, sejam cumpridas. Mas também servem como base para se pensar um nova agenda global.
Produção: TV ONU Tradução e legendas: Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio de Janeiro)
Gilberto Gil fez um minishow nesta segunda-feira (19) para encerrar o Seminário “10 Anos sem Sergio Vieira de Mello”, promovido no Rio de Janeiro pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e pelas Nações Unidas, com apoio da Fundação Alexandre de Gusmão.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, destacou que esta foi a terceira participação de Gil em homenagens a Sergio. Em 2003, ele realizou na Assembleia Geral da ONU o Show da Paz e, em 2004, fez parte da cerimônia que lembrou um ano da morte de Sergio, no Victoria Hall, em Genebra, Suíça.
Desta vez, Gil cantou “A Paz” e seguiu com “Imagine”. Lembrando a influência política da família de Sergio no estado nordestino, Gil entoou “Eu vim da Bahia” e encerrou a participação ao som de “Andar com fé”.
O diplomata brasileiro era o representante especial do secretário-geral da ONU no Iraque quando morreu junto com outros 21 trabalhadores humanitários em ataque terrorista contra a sede da Missão em Bagdá.
Autoridades brasileiras e das Nações Unidas se reuniram para prestar tributo e debater o legado do brasileiro para a ONU.
“Faz dez anos que tudo mudou nas Nações Unidas e em nossas vidas. A ONU perdeu a sua inocência. Sem saber como, nem porquê e sem merecermos, nos tornamos alvo do terrorismo”, disse a coordenadora residente das Nações Unidas no Panamá, Kim Bolduc, durante o seminário “10 anos sem Sergio Vieira de Mello”, realizado nesta segunda-feira (19), no Rio de Janeiro.
Bolduc trabalhava em Bagdá quando a sede da ONU no Iraque sofreu um atentado terrorista que matou 22 pessoas, inclusive o representante especial do secretário-geral da ONU para o Iraque, o brasileiro Sergio Vieira de Mello.
“Sergio era um diplomata brilhante, articulado em cinco idiomas, amava chocolate, correr e tomar Black Label com amigos”, lembrou o coordenador residente da ONU na Colômbia, Fabrizio Hochschild, que trabalhou com o brasileiro no Timor-Leste, Kosovo e no Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA).
Filho de diplomata, Sergio Vieira de Mello nasceu no Rio de Janeiro e se mudou para Paris, onde cursou filosofia na Universidade de Sorbonne. Aos 21 anos ingressou na ONU e em 1971 participou da sua primeira missão humanitária para a independência de Bangladesh, iniciando uma carreira de sucesso na organização. Em 2003, o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu a Vieira de Mello – na época Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos – que chefiasse a missão da organização no Iraque.
Durante o evento que homenageou o brasileiro e trabalhadores humanitários que perderam suas vidas trabalhando pela ONU, Sergio foi lembrado como um homem que defendeu os valores e a missão das Nações Unidas, além de colocar a proteção no centro das ações humanitárias. Segundo Hochschild, ele acreditava que a organização deveria ser mais pró-ativa, não temendo apoiar um dos lados para a resolução de um conflito.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio de Aguiar Patriota, esteve no evento e ressaltou a influência de Sergio Vieira de Mello na formação dos novos diplomatas do Itamaraty. Segundo Patriota, Sergio deixou um legado de universalidade na diplomacia brasileira.
A subsecretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, também participou do seminário e disse que a morte de Sergio serviu para lembrar os objetivos das Nações Unidas, manter a paz e promover a humanidade. “Ele era um líder carismático e seus ideais permanecem como uma inspiração para todos nós.”
O representante especial do secretário-geral da ONU em Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, que trabalhou com Vieira de Mello no Timor-Leste, afirmou que “para a organização ter sucesso em sua missão, ela precisa da adesão do povo local onde ela vai trabalhar”. O carisma de Sergio Vieira de Mello e a sua vontade de escutar a população conseguiram dar credibilidade às atividades das Nações Unidas. “Ele tinha um bom coração, como o brasileiro que era”, concluiu Ramos-Horta.
O encontro foi organizado pelas Nações Unidas e pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, com apoio da Fundação Alexandre de Gusmão.
(Por Amanda Bergman e Fernanda Braune para o site da ONU Brasil)