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Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Mensagem do secretário-geral da ONU para 2016

Durante a Segunda Guerra Mundial, seis milhões de judeus foram sistematicamente cercados e exterminados. Os nazistas também assassinaram pessoas Sinti e Roma, prisioneiros políticos, homossexuais, pessoas com deficiência, Testemunhas de Jeová e prisioneiros de guerra soviéticos.

O Holocausto foi um crime colossal. Ninguém pode negar a evidência de que isso aconteceu. Ao lembrar as vítimas e honrar a coragem dos sobreviventes e daqueles que os ajudaram e os libertaram, renovamos anualmente nossa determinação em prevenir tais atrocidades e rejeitar a mentalidade de ódio que as permite.

Da sombra do Holocausto e das crueldades da Segunda Guerra Mundial, as Nações Unidas foram criadas para reafirmar a fé na dignidade e no valor de cada pessoa e para defender os direitos de todos a viver em igualdade e sem discriminação.

Estes princípios continuam a ser essenciais hoje. Pessoas em todo o mundo – incluindo milhões que fogem de guerras, perseguições e privações – continuam a sofrer discriminação e ataques. Temos o dever de lembrar o passado – e ajudar aqueles que precisam de nós agora.

Por mais de uma década, o Programa de Divulgação das Nações Unidas sobre o Holocausto tem trabalhado para educar os jovens sobre o tema. Muitos parceiros – incluindo sobreviventes do Holocausto – continuam a contribuir para este trabalho essencial.

A memória do Holocausto é um poderoso lembrete do que pode acontecer quando deixamos de enxergar a nossa humanidade comum. Neste dia de memória do Holocausto, exorto todos e todas a denunciar as ideologias políticas e religiosas que colocam pessoas contra pessoas. Vamos todos levantar nossas vozes contra o antissemitismo e contra ataques dirigidos a grupos religiosos, étnicos ou outros. Vamos criar um mundo onde a dignidade é respeitada, a diversidade é celebrada e a paz é permanente.

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Mais sobre a data:
http://www.un.org/en/holocaustremembrance
https://nacoesunidas.org/?post_type=post&s=holocausto

Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia da ONU 2015

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante cerimônia comemorativa do 70º aniversário da adoção da Carta das Nações Unidas em San Francisco, nos EUA. Foto: ONU/Mark Garten
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante cerimônia comemorativa do 70º aniversário da adoção da Carta das Nações Unidas em San Francisco, nos EUA. Foto: ONU/Mark Garten

Bandeiras nacionais são uma marca de orgulho e patriotismo em todos os países pelo mundo. Mas há apenas uma bandeira que pertence a todos nós.

Aquela bandeira azul das Nações Unidas foi uma bandeira de esperança para mim ao crescer na Coreia em tempos de guerra.

Sete décadas após sua fundação, as Nações Unidas permanecem um farol para toda a humanidade.

Todos os dias, as Nações Unidas alimentam os que têm fome e abrigam aqueles expulsos de suas casas.

As Nações Unidas vacinam crianças que, de outra forma, morreriam de doenças preveníveis.

As Nações Unidas defendem os direitos humanos para todos, independentemente de raça, religião, nacionalidade, gênero ou orientação sexual.

Nossas forças de paz estão na linha de frente do conflito; nossos mediadores trazem combatentes para a mesa de paz; nossos trabalhadores humanitários enfrentam ambientes traiçoeiros para entregar ajuda que salva vidas.

A ONU trabalha para toda a família humana de sete bilhões de pessoas, e cuida da terra, nossa única casa.

E é a equipe diversificada e talentosa das Nações Unidas que ajuda a tornar viva a Carta.

O 70º aniversário é um momento de reconhecer a sua dedicação – e para honrar os muitos que fizeram o sacrifício final no cumprimento do dever.

O mundo enfrenta muitas crises, e os limites da ação coletiva internacional são dolorosamente claros. No entanto, nenhum país ou organização pode enfrentar os desafios atuais sozinho.

Os valores atemporais da Carta das Nações Unidas devem permanecer o nosso guia. Nosso dever comum é “unir nossas forças” para servir “nós os povos”.

Para marcar este aniversário, monumentos e edifícios em todo o mundo estão sendo iluminados com o azul da ONU. Ao jogarmos uma luz sobre este aniversário marco, devemos reafirmar nosso compromisso com um futuro melhor e mais brilhante para todos.

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Confira a mensagem em inglês, francês e outros idiomas em http://bit.ly/1NnMKgF. Mais sobre a data em www.un.org/en/events/unday e www.un.org/un70

Dia Mundial Humanitário – 19 de agosto de 2015

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon

No Dia Mundial Humanitário, honramos a dedicação altruísta e o sacrifício dos trabalhadores e voluntários de todo o mundo que se engajam – muitas vezes com grande risco pessoal – para ajudar as pessoas mais vulneráveis do mundo.

Este ano, mais de 100 milhões de mulheres, homens e crianças precisam de assistência humanitária para salvar vidas. A quantidade de pessoas afetadas por conflitos atingiu níveis não vistos desde a Segunda Guerra Mundial, enquanto o número de pessoas afetadas por catástrofes naturais e induzidas permanece profundo.

Neste dia também celebramos a nossa humanidade comum. As famílias e as comunidades que lutam para sobreviver nas atuais situações de emergência o fazem com resiliência e dignidade. Elas precisam e merecem o nosso compromisso renovado de fazer tudo o que pudermos para fornecer-lhes os meios para um futuro melhor.

Cada um de nós pode fazer a diferença. Em um mundo que está cada vez mais conectado digitalmente, cada um de nós tem o poder e a responsabilidade de inspirar toda a humanidade a agir para ajudar uns aos outros e criar um mundo mais humano.

Neste Dia Mundial Humanitário, insto todos a mostrar solidariedade como cidadãos globais a apoiar a campanha #ShareHumanity. Ao emprestar seu perfil nas redes sociais por apenas um dia, você pode promover a ação humanitária e ajudar a dar voz aos que não têm voz, compartilhando suas histórias de crise, esperança e resiliência.

Em maio de 2016, Istambul, na Turquia, será a cidade anfitriã da primeira Cúpula Mundial Humanitária. A Cúpula fornecerá uma plataforma para os Chefes de Estado e de Governo, para os líderes da sociedade civil, setor privado, as comunidades afetadas pela crise e organizações multilaterais para anunciar novas e robustas parcerias e iniciativas que reduzirão muito o sofrimento e, ao mesmo tempo, reforçarão a agenda para o desenvolvimento sustentável de 2030.

Conto com o apoio de todos os setores da sociedade para tornar a Cúpula Mundial Humanitária um sucesso. Juntos, podemos e devemos construir um mundo mais humano com um compromisso mais forte para a ação humanitária que salva vidas.

Tribunal para o Líbano recebe a primeira acusação

O Tribunal Especial para o Líbano (STL, na sigla em inglês), estabelecido a pedido do Governo e apoiado pelas Nações Unidas, recebeu nesta segunda-feira (17/01) a primeira acusação, enviada pelo Promotor, Daniel Bellemare, ao Juiz do Pré-Tribunal Daniel Fransen. O Tribunal foi criado para julgar os suspeitos dos assassinatos do ex-primeiro-ministro, Rafiq Hariri, e de outras 22 pessoas, em 2005.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, reiterou seu apoio ao Tribunal e pediu que os partidos não interfiram em seu trabalho, permitindo que as atividades sejam realizadas de acordo com os princípios e normas legais aplicadas em todos os tribunais internacionais supervisionados pelas Nações Unidas. “O processo judicial independente não deve estar relacionado a nenhuma discussão política”, disse Ban, salientando que o Tribunal Especial para o Líbano “pretende acabar com a impunidade para crimes terríveis”.

A situação no Líbano tem sido marcada por tensões nos últimos meses. Na última quarta-feira (12/01) o Governo da unidade nacional entrou em colapso após 11 ministros do grupo Hezbollah e de grupos aliados deixarem o poder após as negociações, mediadas pela Arábia Saudita e pela Síria, não produzirem um compromisso sobre o Tribunal.

Processo eleitoral no Sudão satisfaz Painel da ONU

Os três membros do PainelO Painel das Nações Unidas encarregado de verificar o referendo sobre o futuro do sul do Sudão saudou a conclusão da votação, dizendo que o processo foi bem organizado e permitiu que o povo da região possa expressar sua vontade livremente. O Painel parabenizou o povo do Sudão pela garantia de que o processo ocorresse dentro do prazo e de forma pacífica, dando crédito à Comissão do Referendo do Sul do Sudão (SSRC) e ao Escritório do Referendo do Sul do Sudão (SSRB) por terem superado graves restrições de tempo e recursos para realizar o referendo com êxito.

O plebiscito irá determinar se o sul continuará a fazer parte do Sudão ou escolherá a independência, e é parte do processo de implementação do Acordo de Paz Global de 2005 (CPA), que pôs fim a duas décadas de guerra civil entre o norte e o sul. Sessenta por cento dos quase quatro milhões de eleitores registrados para participar do referendo tem que votar para que o resultado seja válido.

O Painel, liderado pelo ex-Presidente tanzaniano Benjamin Mkapa, disse que, ao garantirem a realização do referendo como estipulado pelo acordo, ambas as partes do CPA encontraram a coragem e o empenho político necessários para garantir que o processo de paz avance.

Durante a semana da votação, os três membros do Painel visitaram sessões eleitorais em oito estados, e os seus agentes monitoraram o processo em todos os estados do sul e do norte do país. A presença de mais de 22 mil observadores internacionais e, segundo o Painel, os sudaneses ajudaram a tornar o processo transparente e os funcionários das sessões “lidaram admiravelmente com a elevada afluência às urnas.”

“Com base em suas observações e as de seus funcionários em campo, bem como de relatos transmitidos por diversos interlocutores no Sudão, o Painel considera que o processo permitiu que o povo do sul do Sudão expresse sua vontade livremente”, disseram os membros do Painel, em comunidado à imprensa. De acordo com eles, o processo de apuração dos resultados já começou e levará várias semanas, até a divulgação do resultado final.

Eles pediram às autoridades do Governo e do SSRC para que façam todo o esforço necessário para assegurar que todos os cidadãos sejam bem informados dos progressos nos resultados finais, e convidaram a imprensa e entidades políticas a cobrirem o processo de maneira responsável. “O Painel também salienta a importância da proteção aos civis nas próximas semanas. Sulistas que vivem no norte e nortistas que vivem no sul do país devem ser capazes de levar suas vidas com segurança e dignidade, e o Painel pede a todas as partes que garantam a segurança da população,” acrescentaram.

O Painel atua em nome do Secretário-Geral Ban Ki-moon para reforçar a confiança no processo eleitoral encorajar as partes e as autoridades competentes a resolverem quaisquer problemas significativos ou litígios que forem surgindo. Os outros dois membros do painel são António Monteiro, ex-Ministro das Relações Exteriores de Portugal, e Pokharel Bhojraj, ex-Presidente da Comissão Eleitoral do Nepal.

Ontem, Ban Ki-moon saudou o fim do período eleitoral e felicitou o povo sudanês por sua paciência e determinação pacíficas, que, segundo ele, deram o tom de todo o processo.