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Dia em Memória de Todas as Vítimas de Armas Químicas – 29 de abril de 2012

Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.

UN Photo/Shankar Kunhambu

O Dia em Memória de todas as Vítimas de Armas Químicas é uma ocasião para chorar por aqueles que sofreram com essas armas desumanas e renovar nossa determinação em erradicá-las da face da Terra.

Ao recordar ao mundo o martírio provocado pelas armas químicas, apresentamos o argumento mais persuasivo para declará-las permanentemente ilegais e para estabelecer e verificar, através da Convenção de Armas Químicas (CAQ), uma proibição ampla e juridicamente vinculada.

Este ano é marcado pelo 15º aniversário da entrada em vigor da CAQ. Hoje, 188 Estados que representam 98% da população mundial fazem parte da Convenção que eles mantêm como um forte instrumento. Peço aos oito Estados que permanecem fora da Convenção que a ratifiquem o mais breve possível. Não existe desculpa para atrasos para livrar o nosso planeta destes instrumentos de sofrimento e de morte.

Através de fortes disposições, a Convenção proporciona um regime internacional eficaz para verificar a destruição da existência de armas químicas e impedir que reapareçam. Isto reduzirá a ameaça de terrorismo com armas químicas e reforçará o trabalho levado a cabo pelas Nações Unidas para prevenir o uso de armas de destruição em massa por terroristas.

A extensão do prazo para que os Estados completem a destruição das armas químicas é dia 29 de abril. Cerca de três quartos da existência declarada de armas químicas já foram destruídos. Aplaudo os esforços feitos pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) que buscam assegurar que todas as armas químicas sejam destruídas o quanto antes.

A Organização realiza previamente uma supervisão constante da indústria química tendo em vista evitar o reaparecimento destas armas. Até hoje, fez 2.200 inspeções em 82 países.

Parabenizo as conquistas alcançadas pela Convenção, mas não permitiremos que a memória das vítimas desapareça. Este dia é o momento para recordá-las da forma mais significativa possível, com a promessa de assegurar que as gerações futuras nunca sejam vítimas deste flagelo que estes seres humanos sofreram.

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Saiba mais sobre o dia em www.un.org/en/events/chemwarfareday

4ª edição do curso para cobertura em áreas de conflito e forças de paz acontece no Rio de Janeiro

Pedro Capello, do UNIC Rio, para a Rádio ONU.

Mais de 30 jornalistas de diversos órgãos nacionais participaram, entre os dias 23 e 27 de maio, da quarta edição do Curso de Preparação de Jornalistas para Cobertura em Áreas de Conflito e Forças de Paz, que contou com aulas teóricas e práticas ministradas por profissionais do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), do Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEX) e do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), além de especialistas convidados.

O Comandante do CCOPAB, Coronel Pessoa, durante palestra de encerramento do Curso de Preparação de Jornalistas para Cobertura em Áreas de Conflito e Forças de Paz. (Foto: UNIC Rio / Pedro Capello)

O Comandante do CCOPAB, Coronel Pessoa, durante palestra de encerramento do Curso de Preparação de Jornalistas para Cobertura em Áreas de Conflito e Forças de Paz. (Foto: UNIC Rio / Pedro Capello)

Criado em 2008, o curso tem como principal objetivo oferecer aos profissionais da mídia as ferramentas necessárias para cobrir com segurança e eficiência missões de paz das Nações Unidas, conflitos armados ou acompanhar operações policiais em áreas de risco.

A cerimônia de encerramento desta edição ocorreu nesta sexta-feira (27/05) nas instalações do CCOPAB, situado na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.

“O curso é muito importante para o CCOPAB, para os nossos profissionais da mídia, porque ele ambienta, de uma forma prática, o jornalista com situações que ele efetivamente poderá encontrar na sua missão de cobertura diária de conflitos”, disse o Comandante do CCOPAB, Coronel Pessoa, em entrevista ao UNIC Rio (ouça a entrevista na íntegra abaixo).

[audio:http://onu.org.br/audio/ccopab_coronel_pessoa.mp3]

Os jornalistas tiveram a oportunidade de assistir a palestras sobre a política externa brasileira, falar com um correspondente internacional em atividade no Haiti, conhecer o Sistema das Nações Unidas, saber como está sendo a experiência dos militares brasileiros na MINUSTAH e aprender sobre direito internacional humanitário.

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Timor-Leste: ONU destaca progressos para estabilidade e segurança

Timor-Leste: ONU destaca progressos para estabilidade e segurança. Foto ONU

O Timor-Leste está em um importante caminho de transição para ultrapassar as fragilidades políticas e institucionais que resultaram nas sangrentas revoltas de 2006, disse ao Conselho de Segurança a Representante Especial do Secretário-Geral para o país, Ameerah Haq.

Numa reunião com o Presidente José Ramos-Horta e outras autoridades do Timor-Leste, Haq concordou em estabelecer um mecanismo conjunto para orientar o planejamento da transição da Missão de Paz das Nações Unidas no país, conhecida como UNMIT. Este sistema, segundo ela, procura assegurar que o processo de transição seja coerente com as estratégias do Governo e que haja uma transferência progressiva das funções da missão para as instituições do Timor-Leste.

“Quero enfatizar que a transição é uma reconfiguração das atividades da missão para assegurar que, quando a UNMIT se retirar, e ela vai se retirar, tenha feito todo o possível para garantir o futuro sucesso das instituições do Estado”, disse Haq, acrescentando que os preparativos reforçarão as capacidades, não só do policiamento, mas de todos os aspectos do seu mandato.

Haq disse que as eleições nacionais marcadas para meados de 2012 serão o primeiro teste da Polícia Nacional de Timor-Leste, tendo efetivamente a responsabilidade de dar segurança durante um evento complexo. Ela também destacou os progressos no reforço do sistema de justiça do país.

O relatório sublinha a necessidade de redobrar os esforços para superar as debilidades políticas, institucionais e sócio-econômicas que contribuíram para a violência de 2006, pedindo o apoio contínuo da comunidade internacional.

Conselho de Segurança realiza primeira reunião para reavaliação estratégica após quase 20 anos

O Conselho de Segurança, em sessão. Foto: ONU.Presidentes, Primeiros-Ministros e Ministros das Relações Exteriores se reuniram ontem (23/09) no Conselho de Segurança, o principal órgão das Nações Unidas responsável pela manutenção da paz no mundo, para a primeira reunião em quase duas décadas dedicada à atualizar os instrumentos à disposição de seu papel cada vez maior.

Liderada pelo Presidente da Turquia, Abdullah Gul, que detêm este mês a presidência do corpo, formado por 15 membros, a sessão foi convocada “para realizar uma análise estratégica, do mais alto nível político, da evolução do ambiente de segurança internacional e do crescente papel do Conselho na manutenção da paz e da segurança internacionais”.

A ameaça principal, razão que levou à criação da ONU para combatê-la há 65 anos, a guerra entre Estados, tem sido largamente ultrapassada por ameaças às seguranças regional e global, de complexidades sem precedentes, incluindo os conflitos armados intraestatais, com dimensões regionais, a proliferação de armas de destruição em massa,
o terrorismo e o crime organizado transnacional.

A presidência do Conselho salientou que o órgão deve desempenhar um papel mais forte e mais abrangente na abordagem de todos os desafios à paz e à segurança internacionais, não se limitando apenas à manutenção da paz, mas prestando ainda mais atenção à diplomacia preventiva e à construção da paz, e fazê-lo de forma coerente.

Assembleia Geral solicita cooperação global no combate ao terrorismo

Assembleia Geral solicita cooperação global no combate ao terrorismoOs Estados-Membros da ONU devem trabalhar juntos para combater o terrorismo internacional, uma das mais graves ameaças à paz e segurança globais, afirmaram os Membros da Assembleia Geral, ressaltando a necessidade de diálogo e participação das organizações regionais e da sociedade civil em medidas contra o terrorismo.

Em resolução adotada no dia 8 de setembro, no final de uma sessão plenária sobre a Estratégia Antiterrorista Global da ONU, a Assembleia Geral reafirmou que a principal responsabilidade dos Estados-Membros é a de implementar a Estratégia, embora reconheça a necessidade de reforçar o papel desempenhado pela ONU na questão.

O papel da Força-Tarefa da ONU Contra o Terrorismo (CTITF) é o de facilitar a coordenação dos esforços antiterrorismo com organizações internacionais, regionais e subregionais e promover a coerência na implementação da Estratégia em nível nacional, regional e global. Os Estados-Membros podem solicitar assistência da Força-Tarefa, especialmente no desenvolvimento de capacidades, de acordo com a resolução.

A Estratégia foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral em setembro de 2006 e permanece sendo o quadro estratégico e guia prático em relação aos esforços conjuntos da comunidade internacional para combater o terrorismo.