Seminário debate o papel das Missões de Paz das Nações Unidas no Rio de Janeiro

A Representante Permanente do Brasil na ONU, Maria Luiza Viotti, discursando. Foto: UNIC RioO seminário “Novo Horizonte para as Missões de Paz das Nações Unidas: Perspectivas do Sul” (A new horizon for UN Peacekeeping: perspectives from the south, em inglês), que ocorreu entre os dias 16 e 18 de junho na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, trouxe o debate sobre novas formas de implementar as Missões de Paz das Nações Unidas, não apenas no plano militar, mas para contribuir com a reconstrução da vida dos civis.

Estiveram presentes no evento a Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, Maria Luiza Viotti, o Subsecretário-Geral da ONU para Operações de Manutenção de Paz, Alain Le Roy, o ex-Comandante da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (MINUSTAH), General Floriano Peixoto, entre outros representantes das Nações Unidas, do governo brasileiro e de outros países.

O Subsecretário .. Alan Le Roy discursando sobre o balanço das operações de paz da ONU. Foto: UNIC RioO seminário concentrou suas discussões em três grupos, que abordavam diferentes temas relacionados à melhor forma de implementar as Missões de Paz da ONU em locais instáveis. Os grupos contavam com 10 a 12 membros, um Presidente e um Relator, e foram divididos em: “Manutenção da paz e os elementos socioeconômicos da consolidação da paz” – presidido por Gilda Motta Santos Neves, Chefe da Divisão de Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil; “Uso da força e apoio da população local às operações de manutenção da paz” – presidido pelo General Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-Comandante da MINUSTAH; e “Construindo apoio à manutenção da paz por meio de comunicação social e divulgação” – presidido por Giancarlo Summa, Diretor do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio).

Ex-Comandante da MINUSTAH entre 2007 e 2009, o General Carlos Alberto dos Santos, que presidiu o grupo sobre o uso de força e o apoio da população local às operações de paz, afirmou que o encontro foi muito produtivo. Segundo ele, as discussões foram objetivas, facilitando as resoluções finais entres os participantes. Ele acrescentou que são necessários critérios bem definidos para o uso da força e treinamento para qualificar adequadamente os integrantes dessas forças.

O ex-Comandante da MINUSTAH, General Santos Cruz. Foto: UNIC RioO General Santos citou o trabalho do Brasil como muito completo devido ao comprometimento do governo, deixando claro seu engajamento na questão do Haiti. Para ele, os países do sul da América Latina podem contribuir muito para essas operações porque apresentam uma sensibilidade em relação aos problemas, geralmente ligados a uma situação de miséria, o que possibilita uma identificação maior com a população local.

Confira a entrevista com o General Santos Cruz: [audio:http://canopus.teste.website/~unicrioorg/audio/entrevista_general_santos_cruz.mp3|artists=ONU|titles=Entrevista com o General Santos Cruz|width=100%]

Em seu discurso de encerramento ao seminário, a Representante Permanente do Brasil na ONU, Maria Luiza Viotti, citou que os três temas abordados são apenas uma parte dos muitos outros assuntos que precisam ser debatidos. “A manutenção e a consolidação da paz devem andar juntas”, disse, se referindo a esse papel das operações em concretizar a sustentabilidade local após seu término. Viotti ressaltou a importância da constante comunicação com as populações locais para o sucesso dos peacekeeping, recolhendo as percepções das pessoas e as opiniões da comunidade em geral.

A Embaixadora destacou que seminários como esse são essenciais para o aperfeiçoamento das Missões de Paz e garantem o sucesso de seus objetivos essenciais.

Entrevista com a Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, Maria Luiza Viotti. Foto: UNIC RioConfira entrevista exclusiva do UNIC Rio com a Representante Permanente do Brasil na ONU, Maria Luiza Viotti:
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(Matéria de Luciano Pádua/UNIC Rio, fotos de Javier Abi-Saab/UNIC Rio e Juliana de Paiva Ferreira/UNIC Rio)

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  1. O combate a fome e as missoes de paz sao levadas a efeito por merito dessa grande organizacao mundial imprescindivel a humanidade. O povo apoiador e o povo alvo, os militares que expoe a vida, os religiosos, entre outros, sao a maioria que merecem as mais altas homenagens e reconhecimentos. Nem todos os representantes de pessoas juridicas de direito publico interno merecem homenagem, pois no ambito interno do territorio cuidam mal de seu povo. Dao calote em velhinhos e velhinhas, pensionistas e aposentados. Dao calote nos herdeiros, quando as velhinhas e os velhinhos, aposentados e pensionistas ja faleceram. A realidade e a unica forma motivadora eficiente para que as pessoas de boa vontade teem para demonstrar de forma concreta as suas reais intencoes com o comprometimento na conducao historica do caminho da humanidade. Como diz o velho ditado, ha pessoas que praticam a traicao, depois choram no velhorio. O Estado do Rio Grande do Sul, tradicionalmente cumpridor da palavra, inadimpliu divida com minha falecida mae durante mais de dez anos e, eu como credor-herdeiro, desempregado e sem rendimento espero ha tres anos. Transformaram-me de tecnico de nivel medio e Advogado em morador de rua, lumpemprolektariat. Sem eira nem beira, como diz o antigo ditado portugues. Sei que estou falando sobre minha experiencia particular. Mas se essa particularidade e desprezivel (nao e), o coletivo e lamentavel. Vai por terra a pseuda inspiracao da defesa da humanidade. Nao consigo entender uma Estado que se diz democrativo, de direito, cumpridor da lei… , como aponta nossa Constituicao Federal nao dar resposta a essas mazelas. Desculpem-me pela minha insistencia na critica. Ha algo de errado, em principio, em nao constatar-se esses descumprimentos, mas pior ainda, e nao fazer-se nada. Pela Uniao das Nacoes, pela Paz, pelo Direito Humano, pela Verdade, pela humanidade criada por Deus. Obrigado.

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