Vice-Secretária-Geral da ONU pede que Estados proíbam as bombas de fragmentação

Vice Secretária-Geral da ONU pede que Estados proíbam as bombas de fragmentaçãoNa primeira reunião dos países signatários da nova Convenção da ONU sobre Bombas de Fragmentação, que está acontecendo em Vientiane (Laos), a Vice Secretária-Geral das Nações Unidas, Asha-Rose Migiro, pediu que mais Estados apoiem o acordo internacional que proíbe a sua utilização.

Esta Convenção entrou em vigor em 1º de agosto de 2010 e já foi assinada por 108 Nações, sendo que 46 destes países também a ratificaram. O Brasil é um dos países que ainda não assinou esta Convenção internacional.

O tratado, além de proibir a fabricação deste tipo de munição, exige que os Estados prestem assistência às vítimas destas armas e forneçam assistência aos países afetados. Na abertura da reunião, Migiro afirmou que, ao aprovar este novo instrumento jurídico, a comunidade mundial deu “um grande impulso” ao direito internacional humanitário.

As bombas de fragmentação são bombas que contêm dezenas de pequenos explosivos projetados para se dispersarem em uma área do tamanho de um campo de futebol e que muitas vezes ficam sem detonar, criando grandes campos minados. Suas principais vítimas são os civis.

Nos 60 anos desde que vem sendo utilizadas, as bombas de fragmentação foram implantadas em 39 países e regiões em todo o mundo. Até o final de 2009, elas fizeram 16.816 vítimas registradas em 18 países. No entanto, devido à sub-notificação, o número real de vítimas pode chegar a 85 mil em todo o mundo.

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