‘Igual a Você’, uma campanha contra o preconceito

'Igual a Você', uma campanha contra o preconceito No dia 16 de novembro, diversas agências das Nações Unidas no Brasil lançaram no Palácio do Itamaraty, no centro do Rio, a campanha Igual a Você, que visa chamar a atenção para o preconceito no Brasil. A campanha da voz a representantes de cada grupo participante da mesma, como profissionais do sexo, usuários de drogas, gays, lésbicas, transexuais, crianças e adultos vivendo com HIV, população negra e refugiados.

Formada por dez vídeos de 30 segundos cada, que serão veiculados gratuitamente por emissoras de televisão em todo o País, a campanha destaca os direitos humanos, com mensagens gravadas por lideranças dos grupos discriminados, que lembram ao público que “todos somos iguais a você.”

O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) e outras cinco agências da ONU lideram a iniciativa: a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids (UNAIDS), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM).

O Coordenador do UNAIDS no Brasil, Pedro Chequer, acredita que estas campanhas são fundamentais para combater o preconceito: “O objetivo desta campanha é trazer à pauta da mídia, da sociedade brasileira a questão da discriminação e do estigma. E construir uma agenda efetivamente positiva do ponto de vista do debate, da reflexão, e sobre os direitos humanos em nosso País”, afirmou.

Para ver todos os vídeos ou saber mais sobre a campanha, acesse www.onu-brasil.org.br ou www.youtube.com/UNAIDSBr

Visibilidade para os direitos humanos

“Igual a Você” – uma campanha contra o estigma e o preconceito dá voz e visibilidade aos direitos humanos das populações alvo da campanha. Produzidos pela agência [X]Brasil – Comunicação em Causas Públicas e gravados em estúdio com trilha sonora original de Felipe Radicetti, os filmes apresentam mensagens de lideranças de cada um dos grupos discriminados, levando em consideração às diversidades de idade, raça, cor e etnia.

A campanha surge como uma iniciativa contra as violações de direitos humanos e desigualdades, especialmente nas áreas da saúde, educação, emprego, segurança e convivência. Trata-se de uma oportunidade de sensibilização da sociedade brasileira para o respeito às diferenças, que caracterizam cada um dos grupos sociais inseridos na campanha, reafirmando a igualdade de direitos.

Estigmas e preconceitos cotidianos

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma das facetas do racismo se revela na remuneração média da população brasileira: homens brancos (R$ 1.200), mulheres brancas (R$ 700), homens negros (R$ 600) e mulheres negras (R$ 400).

O ambiente escolar também é outro local de resistência à diversidade. Segundo pesquisa de maio de 2009 realizada em 500 escolas públicas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, 55% a 72% dos estudantes, professores, diretores e profissionais de educação demonstram resistência à diversidade por meio do indicador “distância social”. O maior distanciamento é verificado com relação aos homossexuais (72%).

Filmes diferenciados: drogas e educação

No primeiro caso, são mostradas cenas reais de usuários de drogas lícitas (bebida, cigarro e medicamentos) e ilícitas (maconha, cocaína, crack e ectasy) nos diferentes ambientes de uso – nas ruas, nos bares, nos morros ou nas baladas -, sem que o rosto dos usuários apareça. O desafio aqui foi falar sobre usuários de drogas dentro de uma perspectiva do direito à saúde.

Para os filmes de combate ao estigma e ao preconceito nas escolas são utilizados desenhos feitos por crianças, com uma voz em off e trilha original. Estes filmes trabalham com duas situações diferentes: preconceito na escola contra crianças vivendo com HIV e preconceito de raça, cor, aparência, orientação sexual nas escolas.

Assinatura da campanha

O preconceito se manifesta por meio de atitudes e práticas discriminatórias, tais como humilhações, agressões e acusações injustas pelo simples fato de as pessoas fazerem parte de um grupo social específico. É contra o estigma e o preconceito que as agências UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil), somam-se, mais uma vez, ao esforço da sociedade civil pela igualdade de direitos: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros), Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Rede Brasileira de Prostitutas.

Spots para rádio (em português)

Vídeos disponíveis para download:

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