MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU PARA O DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE, 20 de março de 2015
“Desejo a todos pelo mundo um feliz Dia Internacional da Felicidade!
A busca da felicidade é algo sério.
A felicidade para toda a família humana é um dos principais objetivos das Nações Unidas.
Paz, prosperidade, vidas com dignidade para todos – isto é o que buscamos.
Queremos que todos os homens, mulheres e crianças desfrutem de todos os seus direitos humanos.
Queremos que todos os países conheçam o prazer da paz.
Queremos que as pessoas e o planeta sejam abençoados com o desenvolvimento sustentável, e sejam poupados dos impactos catastróficos das mudanças climáticas.
Vamos agradecer por aquilo que nos faz felizes.
E vamos dedicar nossos esforços a encher nosso mundo com felicidade.
Leia a mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Felicidade, lembrado todo ano no dia 20 de março.
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (à esquerda), tenta fazer dança famosa do cantor sul-coreano Psy (à direita), durante uma reunião em outubro de 2012. Foto: ONU/Eskinder Debebe
“O binômio felicidade e bem-estar surgem, cada vez mais, nas discussões internacionais sobre desenvolvimento sustentável e sobre o futuro que queremos.
Muitos países estão indo além da retórica da qualidade de vida e incorporando medidas práticas para promover esses conceitos em sua legislação e formulação de políticas. Estas boas práticas podem inspirar outros países a medir o bem-estar de forma mais ampla, e não apenas através das estatísticas sobre a produção nacional, fazendo com que esta prática se torne universal.
Felicidade pode ter significados diferentes para pessoas diferentes. Mas todos podemos concordar que significa trabalhar para acabar com o conflito, a pobreza e com outras condições lamentáveis em que muitos seres humanos vivem.
A felicidade não é uma futilidade nem um luxo. É um anseio profundo compartilhado por todos os membros da família humana. Não deve ser negada a ninguém e deve estar acessível a todos. Essa aspiração está implícita na promessa da Carta das Nações Unidas para promover a paz, a justiça, os direitos humanos, o progresso social e melhores padrões de vida.
Agora é a hora de converter essa promessa em ações internacionais e nacionais concretas para erradicar a pobreza, promover a inclusão social e a harmonia intercultural, garantir meios de subsistência decentes, proteger o meio ambiente e construir instituições para uma boa governança. Estas são as bases para a felicidade e o bem-estar humanos.”
A mortalidade global de crianças menores de cinco anos caiu 35% desde 1990 no Níger. Foto: UNICEF/Nyani Quarmyne
“A busca da felicidade está no centro da ação humana. Pessoas em todo o mundo aspiram a uma vida feliz e gratificante, livre de medo e privações, e em harmonia com a natureza.
No entanto, para muitas pessoas vivendo em situação de pobreza extrema, o material básico para o bem-estar ainda está fora do seu alcance. Para muitas mais pessoas, as crises socioeconômicas recorrentes, a violência e a criminalidade, a degradação ambiental e as crescentes ameaças das mudanças climáticas são uma ameaça sempre presente.
No ano passado, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, os Estados-Membros das Nações Unidas concordaram que necessitamos de adotar uma abordagem equilibrada para o desenvolvimento sustentável através da integração dos seus três pilares – crescimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Os estados reconheceram que, a fim de melhor informar as decisões políticas, medidas mais amplas de progresso devem complementar o Produto Interno Bruto.
Sinto-me encorajado pelos esforços de alguns governos para projetar políticas baseadas em abrangentes indicadores de bem-estar. Incentivo os outros a seguir o exemplo.
Neste primeiro Dia Internacional da Felicidade, vamos reforçar nosso compromisso com o desenvolvimento humano inclusivo e sustentável e renovar o nosso compromisso de ajudar os outros. Quando contribuímos para o bem comum, enriquecemo-nos a nós próprios. A compaixão promove a felicidade e ajudará a construir o futuro que queremos.”
