Banir testes nucleares é essencial para a paz mundial, diz chefe de organização apoiada pela ONU

Teste nuclear feito pelos Estados Unidos no Atol de Enewetak, Ilhas Marshall, no dia primeiro de novembro de 1952. Foto: Governo dos EUA
Teste nuclear feito pelos Estados Unidos no Atol de Enewetak, Ilhas Marshall, no dia primeiro de novembro de 1952. Foto: Governo dos EUA

A proibição de testes nucleares é essencial para a paz e a segurança internacional, afirmou na quarta-feira (4) o novo chefe da comissão preparatória da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), Lassina Zerbo.

“Nós estamos trabalhando duro dia após dia para tentar garantir a ratificação do tratado através da construção de uma estrutura que dará a confiança necessária para que os países entendam que a ratificação faz parte da sua própria segurança nacional, além da paz e da segurança internacionais”, disse Zerbo a jornalistas em Nova York.

Adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1996, a CTBTO é o único tratado que bane todos os testes nucleares em todos os ambientes, tanto para fins militares quanto civis. Apesar de já ter sido adotado, ele ainda não entrou em vigor.

De um total de 195 países-membros, até agora, 183 assinaram o documento e 159 o ratificaram. Para o tratado entrar em vigor , oito países ainda tem que ratificá-lo: China, Coreia do Norte, Egito, Índia, Irã, Israel, Paquistão e Estados Unidos.

Zerbo disse que a organização está trabalhando com as autoridades dos países que ainda não ratificaram o tratado para garantir que eles encontrem meios técnicos e políticos para a ratificação.

A CTBTO é uma organização internacional independente, com seus próprios membros e orçamento, mas mantém um Acordo de Relacionamento com a ONU desde 2000.