Casa da ONU no Brasil será inaugurada em Brasília

Casa da ONU no Brasil será inaugurada em Brasília (na imagem, simulação do prédio em computação gráfica)

Nesta quarta-feira, 14 de novembro, será inaugurada em Brasília a Casa das Nações Unidas no Brasil – Complexo Sérgio Vieira de Mello. A cerimônia, com início previsto para 9h30, contará com a presença do Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Antonio Patriota, e o Governador em exercício do Distrito Federal, Nelson Tadeu Filipelli, além de outras autoridades e parceiros convidados.

Nesta quarta-feira, será inaugurado o primeiro módulo do complexo, o prédio Zilda Arns, que abriga o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Departamento de Segurança das Nações Unidas (UNDSS), o Programa de Voluntários da ONU (VNU) e o Protocolo de Montreal.

“Vivemos em uma era de transição. Os desafios estão interligados. Pobreza, degradação ambiental e ameaças à segurança devem ser abordadas de forma abrangente”, lembrou o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “Espero que, à medida que trabalhem juntos sob o mesmo teto, também avancem conjuntamente em direção aos nossos objetivos comuns de desenvolvimento, no Brasil e em todo o mundo”, completou.

A próxima etapa do complexo prevê a construção de um segundo módulo para abrigar o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

A Casa da ONU no Brasil se junta a outros complexos semelhantes das Nações Unidas espalhados pelo mundo. O conceito de “Instalações Comuns” a várias agências, fundos e escritórios da ONU faz parte de um componente importante do Programa de Reforma das Nações Unidas, lançado há mais de uma década. A atuação conjunta de seus diversos organismos em um país tem como objetivo estreitar os laços entre os programas da ONU e promover uma atuação unificada, reduzindo também os custos operacionais do Sistema.

Situado no Setor de Embaixadas Norte, a construção do complexo teve início em outubro do ano passado, com a cerimônia de lançamento da pedra fundamental em 8 de dezembro do mesmo ano. “Além de outras quatro agências que se juntarão ao complexo em breve, o plano prevê que a Casa da ONU no Brasil abrigue também outros organismos do Sistema no país, um Centro de Cooperação Sul-Sul e um auditório”, explica Jorge Chediek, Coordenador Residente do Sistema ONU no Brasil e Representante Residente do PNUD no País.

A execução das obras é do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS), que também se encarregou do processo de licitação para escolha dos arquitetos e construtoras responsáveis. O desenho arquitetônico e a engenharia ficaram a cargo do escritório Paulo Bruna Arquitetos Associados; a obra foi realizada pela construtora GCE. O terreno situado no Setor de Embaixadas Norte foi doado pelo Governo do Distrito Federal à ONU há várias décadas e tem 22.500 m2. Nesta primeira etapa, foram utilizados cerca de 3.100 m2 de área total de construção, dos quais 2.850 m2 pertencem ao prédio de escritórios.

A Casa da ONU receberá oficialmente nesta quarta-feira o nome de Complexo Sérgio Vieira de Mello, uma homenagem a este brasileiro que, em 34 anos de trabalho nas Nações Unidas, chegou ao cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos em 2002 e, em maio de 2003, foi nomeado Representante Especial do Secretário-Geral para o Iraque.

“A vida de Sérgio simbolizou plenamente o que as Nações Unidas representam, e como um único indivíduo pode fazer a diferença para as pessoas em todo o mundo”, disse o Secretário-Geral da ONU, em mensagem enviada para o lançamento do Complexo no Brasil.

O prédio do PNUD, o primeiro do Complexo, receberá o nome da médica pediatra e sanitarista brasileira Zilda Arns, três vezes indicada pelo Brasil ao Prêmio Nobel da Paz, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa.

Serviço

O quê: Inauguração Casa da ONU no Brasil
Quando: 14/11, às 9h30
Onde: Setor de Embaixadas Norte – Quadra 802, Conjunto C, Lote 17

Raio-X

Terreno: 22.500 m2
Módulo 1 – Prédio Zilda Arns: 2.850 m2
Arquitetura e Engenharia: Paulo Bruna Arquitetos Associados
Construção: GCE

Nota para editores

Sérgio Vieira de Mello

Sérgio Vieira de Mello nasceu em 1948, no Rio de Janeiro. Ingressou nas Nações Unidas em 1969, onde trabalhou por 34 anos. Envolvido em causas sociais e questões internacionais desde jovem, passou grande parte de sua carreira trabalhando no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) servindo em missões humanitárias e de manutenção da paz em, por exemplo, Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique, Peru e Líbano.

Primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da ONU, Sérgio era um negociador pragmático, líder generoso e flexível. Ao defender o diálogo com todos os envolvidos em um conflito, ele foi o primeiro dirigente da ONU a manter contatos diretos com o Khmer Vermelho – guerrilha socialista que comandou o Camboja de 1975 a 1979. Sérgio foi também o Administrador de Transição da ONU no Timor Leste, logo após a independência do país da Indonésia, entre 1999 e 2002.

Segundo o ex-Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, Sérgio era “a pessoa certa para resolver qualquer problema”. Durante o seu serviço na ONU, Sérgio exerceu várias funções. Em 2002, foi nomeado para o cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos e, em maio de 2003, para ser o Representante Especial do Secretário-Geral durante quatro meses no Iraque. No dia 19 de agosto de 2003, Sérgio foi morto em atentado à sede da ONU, em Bagdá.

Zilda Arns

Zilda Arns Neumann, médica pediatra e sanitarista, foi três vezes indicada pelo Brasil ao Prêmio Nobel da Paz. Foi fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ambas ligadas à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Zilda Arns morreu no terremoto que atingiu o Haiti, em 2010, quando estava em missão pela Pastoral da Criança. Na organização, seu trabalho era focado em salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário.

Até sua morte, Zilda coordenava cerca de 155 mil voluntários, presentes em mais de 32 mil comunidades em bolsões de pobreza em mais de 3.500 cidades brasileiras.

Confirmações no evento

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Para informações adicionais

Daniel de Castro, PNUD Brasil
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Valéria Schilling, UNIC Rio
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