Cidadãos da Belarus devem poder exercer seus direitos civis e políticos, diz ONU

Mulher em Minsk, Belarus. Foto: Unsplash/Jana Shnipelson
Mulher em Minsk, Belarus. Foto: Unsplash/Jana Shnipelson

Acompanhando os acontecimentos na Belarus, o secretário-geral da ONU, António Guterres, emitiu uma declaração na sexta-feira (14) sublinhando a importância de que todos os bielorrussos “exerçam seus direitos civis e políticos”.

Após o anúncio de que o líder autoritário Alexander Lukashenko – que governa desde 1994 – teve uma vitória esmagadora na eleição presidencial de domingo, protestos pacíficos eclodiram em todo o país, levando a uma forte repressão por parte das forças de segurança.

Mais tarde, mulheres segurando flores e vestidas de branco formaram correntes humanas em toda a capital, Minsk, e em outras cidades, protestando contra a brutalidade policial.

O chefe da ONU disse que os bielorrussos devem poder expressar suas opiniões pacificamente “de acordo com a lei” e que as autoridades devem “mostrar moderação ao responder às manifestações”.

Além disso, afirmou que “as alegações de tortura e outros maus-tratos a pessoas detidas devem ser investigadas minuciosamente”.

O secretário-geral concluiu pedindo aos bielorrussos que “tratem das queixas pós-eleitorais por meio do diálogo para preservar a paz no país”.

Ao longo da semana, o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) criticou as autoridades bielorrussas pelas agressões injustificadas.

Na quinta-feira (13), cinco especialistas independentes em direitos humanos da ONU criticaram duramente o nível de violência que as forças de segurança de todo o país estavam usando contra manifestantes e jornalistas.

E na quarta-feira (12), a chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, condenou a violência das autoridades, lembrando-as de que “o uso da força durante os protestos deve ser sempre excepcional e uma medida de último recurso”.