A caça de elefantes na África dobrou na última década e o comércio ilegal de marfim triplicou no mesmo período, o que representa uma “grave ameaça” para esses mamíferos. O alerta foi registrado no relatório Elefantes na Poeira – A Crise Africana dos Elefantes, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) na quarta-feira (6). O documento foi elaborado em parceria com a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens em Perigo de Extinção (CITES).
Segundo especialistas, a principal causa do sumiço dos elefantes é o comércio de marfim para a Ásia, especialmente a China. Apreensões em larga escala sugerem que redes de criminosos estão realizando o tráfico do marfim entre os dois continentes. Somente em 2011, 40% da população de elefantes africanos teriam sido mortos ilegalmente. O número equivale a 17 mil animais.
A sobrevivência dos elefantes também está ameaçada pela crescente perda de habitat, atualmente em 29% da área, por causa do aumento populacional e conversão em larga escala de terras para a agricultara. Se a tendência continuar, até 2050 o habitat dos elefantes será reduzido em 63%.
O relatório recomenda ações drásticas, incluindo legislações sobre o comércio de marfim, treinamento de policiais para rastrear o contrabando, além de novas técnicas como análise forense do crime ambiental. A ONU também quer melhorar a cooperação entre PNUMA, CITES, Banco Mundial e Interpol, entre outros.
Para ler o relatório, clique aqui.