Considerado referência mundial pela ONU, programa ajuda produtores de café do Rio de Janeiro

Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro. Foto: Flickr/Gerson Tavares (cc)
Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro. Foto: Flickr/Gerson Tavares (cc)

O programa Rio Rural (2006-2018), uma parceria entre o governo do estado do Rio de Janeiro e o Banco Mundial, financia trabalhos de recuperação e conservação da mata atlântica no Estado. O projeto, entre outras atividades, ajuda cafeicultores de Varre-Sai, uma pequena cidade no noroeste do Rio, na utilização de técnicas que ajudam a terra a absorver a água das chuvas e que evitam erosões.
As florestas do mundo possuem relação direta com o café, sem elas a produtividade e o sabor do grão ficariam comprometidos porque seu crescimento acontece em terrenos montanhosos, que dependem da cobertura das árvores para se manterem sem erosão e com a umidade ideal.
Todo o estado do Rio de Janeiro, e outros 16 no resto do Brasil, um dia foram cobertos por mata atlântica, formando uma área total de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Mas o bioma foi tão consumido pela ocupação humana que hoje restam só 12,5%, segundo levantamento divulgado no fim de maio pela Fundação SOS Mata Atlântica. E, no noroeste do Estado do Rio, o número baixa para 3%.
“Com o programa, o produtor rural se torna gestor e protetor da água e da biodiversidade, enquanto tem aumento da produtividade e da renda. Esta combinação de benefícios faz com que boas práticas de gestão dos recursos naturais se tornem atrativas”, explica a economista à frente do programa no Banco Mundial, Marianne Grosclaude.
Por melhorar a produtividade dos agricultores e promover os cuidados com o meio ambiente, o Rio Rural foi considerado programa de referência pela ONU. Ao todo, 78 mil produtores agrícolas serão atendidos até 2018.
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