O presidente recém-eleito do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), Lazarous Kapambwe da Zâmbia, definiu esta semana a agenda do organismo para o próximo ano e se comprometeu a trabalhar para reforçar a sua eficácia na realização da agenda global de desenvolvimento das ONU.

“Eu represento uma região que está ficando para trás em termos de desenvolvimento, em todos os setores sócio-econômicos, e me comprometo a fazer o meu melhor para garantir que os problemas da África, assim como de todas as outras regiões, sejam tratados da melhor maneira possível pelo Conselho”, afirmou Kapambwe, Representante Permanente da Zâmbia junto às Nações Unidas, em seu discurso de aceitação.

Kapambwe disse que o ECOSOC precisa acelerar a sua revisão e coordenação da implementação dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), entre os quais estão a redução da pobreza extrema, o fim da propagação do HIV/Aids e a universalização da educação primária, todos antes da data-limite de 2015.

Ele também observou que o ECOSOC poderia se beneficiar de contribuições de universidades e instituições internacionais, como os parlamentos, governos locais e conselhos econômicos e sociais nacionais e regionais.

Kapambwe foi o sexagésimo sétimo presidente eleito do ECOSOC, em uma reunião de organização do Conselho nesta terça-feira (18/01). O ECOSOC é o principal organismo das Nações Unidas no que diz respeito à coordenação do trabalho econômico e social, bem como a coordenação destes assuntos nas 14 agências especializadas da ONU, comissões técnicas e cinco comissões regionais. Serve como um fórum central para discutir questões econômicas e sociais internacionais e para a formulação de recomendações políticas dirigidas aos Estados-Membros e ao Sistema da ONU.

Dirigindo-se à reunião do ECOSOC, a Vice-Secretária-Geral da ONU, Asha-Rose Migiro, observou a experiência e o conhecimento do Conselho em um amplo espectro de preocupações da ONU, incluindo as mudanças climáticas, os direitos humanos, as crises humanitárias, a pobreza global e o subdesenvolvimento.

“Você pode nos ajudar a tirar o máximo de oportunidades estratégicas este ano”, disse Migiro. Ela acrescentou que, apesar dos progressos realizados para atingir os ODM, um bilhão de pessoas ainda vivem na pobreza extrema e cinco milhões de crianças ainda morrem a cada ano de doenças evitáveis.

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