Onda de violência torna mais urgente acordo de paz entre israelenses e palestinos

Subsecretário-Geral das Nações Unidas para Assuntos Políticos, B. Lynn PascoeA recente escalada da violência no sul de Israel e na Faixa de Gaza torna cada vez mais urgente romper o impasse nas negociações de paz no Oriente Médio. “Acabar com o conflito israelo-palestino e estabelecer um Estado independente e viável para palestinos viverem lado a lado com Israel em paz e segurança (são questões que) estão muito atrasadas”, afirmou hoje (25/08) o Subsecretário-Geral das Nações Unidas para Assuntos Políticos, B. Lynn Pascoe, ao Conselho de Segurança.

Para ele, “em um contexto de rápida transformação regional, um progresso sério para alcançar este objetivo é urgente”. O prazo estabelecido para solucionar estas questões é setembro, mas ainda há profundas diferenças entre os dois lados e a desconfiança aumentou.

Os recentes ataques terroristas perto do porto de Eilat – no qual oito israelenses morreram e cinco egípcios foram posteriormente mortos –, bombardeios aéreos em Gaza que mataram 19 pessoas (três civis) e feriram 30, depois de Israel atribuir os ataque em Eilat a um grupo palestino, e o lançamento “indiscriminado” de mais de cem foguetes e projéteis por militantes de Gaza que matou um civil israelense e deixou 27 feridos demonstram “fragilidade da situação”, segundo Pascoe.

Assentamentos israelenses contrariam direito internacional

O Subsecretário-Geral manifestou “séria preocupação” com a atividade de expansão de assentamentos israelenses, incluindo 5,2 mil novas unidades habitacionais em Jerusalém Oriental, que contrariam o direito internacional.

Os palestinos se recusam a retomar as negociações com Israel a menos que haja paralisação total das construções de assentamentos em terras ocupadas que querem para o futuro país, com Jerusalém Oriental sendo a capital. Eles pretendem pedir no próximo mês à Assembleia Geral da ONU e ao Conselho de Segurança o reconhecimento como Estado e o ingresso como membro das Nações Unidas, mas Israel é contra.

Segundo ele, a Autoridade Palestina foi bem sucedida ao estabelecer as bases para um Estado na Cisjordânia ocupada, com tangíveis melhorias econômicas e de segurança. Pascoe apelou aos doadores para que forneçam “apoio oportuno e generoso” à Autoridade Palestina, que necessita imediatamente de 250 milhões de dólares para cumprir os seus compromissos.