ONU ajuda a melhorar sistema penitenciário do Sudão do Sul

Às vésperas de se tornar um país independente, o Sudão do Sul tem um árduo trabalho pela frente, e dentre os grandes desafios está o fortalecimento de seu sistema penitenciário. Para isto, uma unidade de assessoria de correção da Missão das Nações Unidas no Sudão (UNMIS), liderada pelo australiano Bob Leggat, tem trabalhado desde 2006 para melhorar a infraestrutura e aumentar as capacidades e o conhecimento dos funcionários das prisões nos 10 estados do novo país.

As 80 prisões em operação no Sudão do Sul estão desgastadas pela falta de investimento e pelo longo período de guerra civil, e enfrentam o problema de superlotações – que pode ser agravado com a independência e com a possível transferência de presos do sul que atualmente estão em cadeias do norte.

Entre os graves problemas do sistema carcerário sudanês estão o alojamento de jovens detentos com adultos, a pouca ou nenhuma ajuda aos detentos com doenças mentais, a falta de água potável e a prisão de pessoas que aguardam pelo julgamento – e que acabam cumprindo a pena antes mesmo dela ter sido sentenciada. No entanto, Leggat disse ter sido encorajado pela chamada “liderança reformista” do serviço penitenciário do Sudão do Sul. “Eles reconhecem que cada prisioneiro (…) vai eventualmente estar solto na sociedade, e por isto vale a pena investir tempo e dinheiro”, declarou.

O financiamento tem sido outro grande problema, e a UNMIS tem trabalhado em conjunto com autoridades locais das prisões para incentivar doadores internacionais a contribuir com o que pode ser visto como uma causa digna, mas pouco atraente.