ONU busca apoio para ajudar governo de transição na Somália

As Nações Unidas buscarão mais recursos para apoiar governo de país africano, devastado por lutas entre facções e sem uma autoridade central por 20 anos.

Falando numa conferência em Nova York sobre sua visita recente ao Sudeste e Leste Africano, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos Lynn Pascoe disse que ninguém quer soar excessivamente otimista sobre a situação na Somália, mas garantiu que existe uma estratégia em ação e que está surtindo efeitos.

“O mais importante é dizer que o Governo Federal de Transição (GFT) da Somália tem, sob a nova liderança do presidente eleito em janeiro Sheikh Sharif, feito todo o possível na tentativa de ser abrangente e trazer a população para dentro da discussão política”, completou Pascoe.

A maioria dos grupos que estavam na oposição ou de fora da vida política tem se juntado ao Governo, muito embora dois grupos extremistas islâmicos ainda estejam lutando, ele adicionou, citando o fato de que o GFT tem agora um plano de como pretende avançar.

Mas Pascoe admitiu que existem desafios. “Há ameaças sérias com as quais precisamos lidar, não existem dúvidas sobre isso, e vai levar um longo tempo para avançar neste processo”. Ele também destacou que o financiamento será um problema sério.

“Uma das dificuldades na Somália é que sem ajuda e assistência para um programa de ajuda ao desenvolvimento, fica muito difícil para o Governo mostrar o que tem feito”, disse Pascoe, que, durante sua visita à África, co-presidiu uma reunião de alto nível em Nairobi, Quênia, sobre a aplicação do pacto de paz entre o GFT e alguns de seus adversários militantes islâmicos.