ONU pede apoio urgente para crise humanitária na Somália

A missão da União Africana na Somália (AMISOM) libertou a cidade de Hudur dos extremistas do Al-Shabaab há dois meses. Foto: ONU/Tobin Jones
A missão da União Africana na Somália (AMISOM) libertou a cidade de Hudur dos extremistas do Al-Shabaab há dois meses. Foto: ONU/Tobin Jones

Coordenador humanitário das Nações Unidas no país, Philippe Lazzarini, pediu nesta sexta-feira (9) à comunidade internacional que aumente suas contribuições financeiras para reverter a situação de crise na Somália.

Lazzarini destacou que “este não é o nosso apelo usual por fundos”. Segundo ele, “algumas das organizações não governamentais e agências têm tão poucos recursos que projetos essenciais de ajuda humanitária estão correndo o risco de acabar”.

O coordenador explicou que a falta de chuva, a alta dos preços de bens alimentares e o conflito contínuo têm conduzido o país, novamente, a uma grave crise humanitária e “se as contribuições não forem recebidas numa questão de semanas, a ajuda a 3 milhões de pessoas, muitas delas mulheres e crianças, terá de ser cancelada”.

As contribuições para o Plano de Resposta Estratégica para a Somália também vem sendo “criticamente baixas”. Em 2014, o plano recebeu apenas 15% dos 933 milhões de dólares solicitados.

A Somália sofreu uma epidemia de fome devastadora em 2011, em que 250 mil pessoas morreram. Embora tenha havido algumas melhorias desde então, o país ainda não está totalmente recuperado.

Atualmente, segundo a ONU, 857 mil somalis estão em condições de “crise e emergência”, com outros 2 milhões estão sob “estresse” de segurança alimentar.

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