Os membros do Grupo das 20 principais economias (G20) deve fortalecer políticas para criar empregos e reverter as elevadas taxas vigentes de desemprego, declarou a agência de trabalho das Nações Unidas nesta terça-feira (8), três dias antes da cúpula do bloco em Seul (Coreia do Sul). Em uma nova atualização estatística preparada para a cúpula do G20, que ocorre em 11 e 12 de novembro, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que o desemprego aumentou em dez dos 20 países membros do grupo este ano em relação a 2009, mas diminuiu em oito Estados. A maioria das economias emergentes registaram uma diminuição do desemprego este ano, mostra o estudo.
Embora o relatório revele o crescimento do emprego em todos os países em 2010, com os países emergentes se desempenhando melhor do que as economias de alta renda, ele também aponta que o aumento do emprego não foi forte o suficiente para reverter a queda no mercado de trabalho durante a crise econômica. A análise da OIT mostra o número de pessoas sem emprego pairando em uma alta histórica de 210 milhões, cerca de 30 milhões a mais que na véspera da crise em 2007, enquanto os salários reais caíram a uma média de 4% abaixo dos níveis pré-crise. Segundo o estudo, os países do G20 precisarão criar cerca de 21 milhões de empregos a cada ano durante a próxima década – cerca de metade dos 44 milhões necessários a nível mundial – apenas para manter o ritmo com o aumento da população em idade ativa.
Outras conclusões do relatório incluem o fato de que para os 18 países com dados disponíveis no primeiro semestre deste ano, 70 milhões de pessoas estão registradas como desempregadas – 15,5 milhões na Europa, 22 milhões em outras economias de alta renda e 32,5 milhões em economias emergentes. O desemprego juvenil é, em média, o dobro da taxa de desemprego total, em 19% em todos os países do G20, enquanto que uma redução da participação masculina na força de trabalho foi observada em todas as regiões, quando a participação do trabalho feminino aumentou na Europa e em economias emergentes. A análise exige políticas de crescimento de postos de trabalho intensivo que incluam maiores investimentos e acesso a crédito, maior atenção às pequenas empresas e melhor proteção dos trabalhadores com salários baixos através de salários mínimos, entre outras recomendações.