Desde janeiro de 2011, quando as chuvas na região serrana do Rio de Janeiro mataram cerca de mil pessoas e milhares ficaram desabrigadas, o Governo do Brasil tem intensificado os esforços em busca de soluções e prevenções de desastres. Membros do Escritório para Prevenção de Crises e Recuperação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) se reuniram com representantes do país para discutir um projeto de prevenção das catástrofes (Confira aqui ou abaixo vídeo do PNUD sobre prevenção de desastres). Uma proposta de projeto de cooperação técnica, formulada a partir das áreas de trabalho identificadas durante a missão, está atualmente em negociação entre o PNUD e o Governo brasileiro.

O Governo pretende trocar conhecimento com o PNUD para desenvolver um projeto que torne o país capaz de responder imediatamente aos desastres naturais e para criar soluções em toda a nação. Para o representante residente do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, a parceria com a ONU é positiva pela experiência acumulada da organização sobre o tema com ações realizadas em outros países, como é o caso do terremoto ocorrido no Haiti em 2010. “Sei que a ONU tem muito a contribuir e eu acredito muito nesta parceria”, destacou Chediek.

Dados da Universidade de Louvain, na Bélgica, mostram que as chuvas em 2011 colocam o Brasil em terceiro lugar no número de mortes por desastres naturais, atrás apenas do terremoto no Japão (20 mil vítimas) e das tempestades tropicais nas Filipinas (cerca de 1.500 mortos). Em dezembro do ano passado, uma missão das Nações Unidas organizou um treinamento para funcionários da Defesa Civil, além de discutir o tipo de suporte que o Brasil precisa para diminuir os riscos de desastres. Dentre as áreas identificadas pela ONU para os esforços nacionais estão o desenvolvimento de uma estratégia para gestão de riscos e uma implementação de um projeto para sensibilização nacional em relação às catástrofes.