O Brasil tem compartilhado experiências exitosas que se tornaram referência — como o programa de alimentação escolar — especialmente em países da América Latina, Caribe e África. Foto: Flickr/Prefeitura de Bertioga/Dirceu Mathias.

Programa Mundial de Alimentos, União Africana e governos discutem alimentação escolar

O Brasil tem compartilhado experiências exitosas que se tornaram referência — como o programa de alimentação escolar — especialmente em países da América Latina, Caribe e África. Foto: Flickr/Prefeitura de Bertioga/Dirceu Mathias.
O Brasil tem compartilhado experiências que se tornaram referência — como o programa de alimentação escolar — especialmente com países da América Latina, Caribe e África. Foto: Flickr/Prefeitura de Bertioga/Dirceu Mathias.

Na África, diversos governos já estão envolvidos no desenho e implementação de programas nacionais de alimentação escolar, alguns deles com assistência técnica do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas.

As discussões sobre a alimentação escolar como promotora de desenvolvimento sustentável ganharam destaque, e a União Africana, o Escritório Regional do PMA em Dacar e o Centro de Excelência realizarão em Adis Abeba o “II Seminário Regional do PMA sobre Alimentação Escolar com Compra Local de Alimentos — Como integrar sistemas”.

A partir desta segunda-feira (30) até 3 de junho, cerca de 90 pessoas se reunirão na capital da Etiópia para aprofundar os debates iniciados no seminário do ano passado e garantir que haja progresso no estabelecimento de programas de alimentação escolar vinculados à produção agrícola local.

Este ano, a discussão estará centrada em como os programas de alimentação escolar podem ser integrados a sistemas de proteção social, agricultura familiar, educação e saúde.

Durante os dois primeiros dias de evento, membros da equipe do PMA participarão de uma sessão de treinamento focada em entendimentos comuns sobre atividades correntes de alimentação escolar, inclusive aquelas implementadas com apoio do programa.

Nos dois dias seguintes, representantes da União Africana, dos Estados-membros e da Rede Africana de Alimentação Escolar vão se juntar à equipe do PMA nas sessões de treinamento. O último dia será dedicado ao lançamento da primeira plataforma da Rede de Africana de Alimentação Escolar.

Com o treinamento, a expectativa é que os participantes aprendam conceitos de alimentação escolar vinculada à produção local, proteção social, resiliência e sobre os vários desafios na integração da alimentação escolar com compra local de alimentos a sistemas mais amplos de proteção social.

Os participantes vão revisar políticas e programas de alimentação escolar, participar de exercícios práticos, compartilhar ferramentas e materiais e discutir as estratégias continentais da União Africana para educação e alimentação escolar.

Em janeiro deste ano, após uma visita de estudos organizada pelo Centro de Excelência para conhecer o programa brasileiro de alimentação escolar, os chefes de Estado da União Africana recomendaram a inclusão da abordagem de alimentação escolar com compra local de alimentos na Estratégia Continental de Educação para a África 2016-2025.

Essa recomendação ocorreu em reconhecimento ao potencial dos programas de alimentação escolar para fortalecer iniciativas de proteção social e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.