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ONU pede ações baseadas na filosofia de Mahatma Gandhi da não violência

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Não Violência 2014. A data é marcada anualmente em 2 de outubro.

Gandhi

“Neste Dia Internacional da Não Violência, comemoramos a filosofia de Mahatma Gandhi, que por meio de seu exemplo provou que os protestos pacíficos poderiam realizar muito mais do que a agressão militar.

Os princípios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948, o ano da morte de Gandhi, devem muito a suas crenças.

Neste momento de aumento da violência sectária e a destruição arbitrária de sítios e patrimônios culturais, é oportuno recordar o chamado de Gandhi para a paz e a reconciliação, bem como sua advertência de que “olho por olho o mundo acabará cego”.

Temos de promover uma cultura de paz, construída por meio do diálogo e do entendimento, para vivermos juntos em harmonia, respeitando e celebrando a rica diversidade da humanidade.

Não há maior ferramenta do que a educação para ampliar a dignidade humana, promover uma cultura de não violência e construir a paz duradoura. Por meio da educação, podemos criar novas formas de viver uns com os outros e com o planeta.

A educação pode também lançar as bases para o desenvolvimento de novas formas de cidadania global e solidariedade, tão essenciais no mundo de hoje.

Neste dia, eu convoco todas as pessoas para combater as forças da intolerância, avançar a cidadania global e forjar a solidariedade humana com base na filosofia de Mahatma Gandhi da não violência.”

Saiba mais sobre a data em www.un.org/en/events/nonviolenceday

Gandhi

‘Conseguimos alcançar muitos progressos. Mas ainda há muito a ser feito’

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Paz, marcado anualmente em 21 de setembro. Leia a mensagem para este ano.

“Hoje é o Dia Internacional da Paz.

A cada ano, neste dia, as Nações Unidas fazem um chamado por um cessar-fogo global. Pedimos aos combatentes que deponham suas armas para que todos possam respirar o ar da paz. O conflito armado provoca um sofrimento incalculável para as famílias, comunidades e países. Hoje muitos sofrem nas mãos brutais de belicistas e terroristas. Vamos ficar ao lado deles em solidariedade.

A paz e segurança são fundamentos essenciais para o progresso social e o desenvolvimento sustentável. É por isso que, há três décadas, a ONU afirmou o direito das pessoas à paz.

Ao longo do próximo ano, vamos comemorar o 70º aniversário das Nações Unidas. A nossa organização é fundada sobre a promessa de preservar as futuras gerações do flagelo da guerra. Conseguimos alcançar muitos progressos. Mas ainda há muito a ser feito.

Temos que apagar o fogo do extremismo e combater as causas profundas dos conflitos. A paz é um longo caminho que devemos percorrer juntos – passo a passo, a partir de hoje. Vamos todos observar um minuto de silêncio ao meio-dia.

Vamos todos refletir sobre a paz – e o que isso representa para a nossa família humana. Vamos mantê-la em nossos corações e mentes para que ela possa crescer e florescer.”

Dia Internacional da Paz, por Irina Bokova

Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, para o Dia Internacional da Paz, com o tema “Paz Sustentável para um Futuro Sustentável”, 21 de setembro de 2012.

Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO (ONU/JC McIlwaine)

“Uma vez que as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é na mente dos homens e que devem ser construídas as defesas da paz.”

Essas linhas do preâmbulo à Constituição da UNESCO não perderam nada de seu poder em um mundo movido pela mudança, onde a violência permanece uma realidade diária, a cultura está sob ataque e a discriminação e a intolerância ainda são endêmicas.

Para ser sustentável, a paz deve começar pela dignidade de cada homem e mulher. Deve ser nutrida por seus direitos e pela conquista de suas aspirações. A paz é um compromisso com um futuro melhor que se inicia hoje, com base em valores compartilhados, por meio de diálogo, tolerância, respeito e compreensão. Essa é a fundação sobre a qual se deve construir a paz diariamente em nossa vizinhança e nas cidades, em nossas sociedades e entre países.

Para a UNESCO, deve-se iniciar pelo acesso à educação de qualidade por todos, especialmente meninas e mulheres, como uma estratégia de avanço para o desenvolvimento sustentável. Deve-se aproveitar ao máximo a criatividade e a inovação provenientes da diversidade cultural e da promoção de nosso patrimônio comum. A paz deve ser construída por meio de esforços combinados de utilização do poder das ciências para o benefício de todas as sociedades. Deve avançar o direito de cada homem e mulher de se pronunciar e ser ouvido.

Essas conclusões ecoaram claramente no Fórum de Lideranças da UNESCO junto a governantes durante a 36a sessão de sua Conferência Geral em novembro de 2011. A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu no Rio de Janeiro neste ano, reafirmou a visão de que a paz duradoura e o desenvolvimento sustentável são dois lados da mesma moeda. O desenvolvimento não é sustentável se as sociedades não estiverem em paz consigo e com seus vizinhos, ou em equilíbrio com o planeta. A paz não pode ser duradoura se bilhões de pessoas continuarem desprovidas de justiça social, econômica e ambiental. A sustentabilidade deve ser o princípio a guiar a paz e o desenvolvimento no século que se desenrola.

Paz não é um conceito abstrato, cujo sucesso se pode decretar. Ela diz respeito a homens e mulheres, meninos e meninas, individualmente. Todos devem ter o direito de imaginar um futuro melhor, assim como a habilidade de moldar a realidade de acordo com suas aspirações. Essas são as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e as apostas para a sustentabilidade global. Essa é a missão da UNESCO e nossa mensagem no Dia Internacional da Paz 2012.

‘Ativista pacifista’ de 10 anos quer ajudar ONU em causas humanitárias e desenvolvimento sustentável

Uma “pequena ativista pacifista”. Foi assim que Ingrid Soto, de 10 anos, apresentou-se por e-mail ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) querendo atuar em causas humanitárias. Ela diz que “o mundo está em guerra social e psicológica” e precisa “se unir pela paz”.

Filha de uma técnica em segurança do trabalho e de um motorista de caminhão, a estudante de escola pública de Valinhos (SP) toca violão, teclado e está aprendendo violino. Seu sonho é ser cantora e os planos para a vida de artista estão traçados: vai doar parte do dinheiro para “ajudar hospitais [brasileiros] e crianças do Congo”.

Só sobre paz já compôs cinco músicas – letra e harmonia – em três idiomas. Isso porque faz kumon de inglês e aprende espanhol com a mãe, Carolina, brasileira-chilena.

Inspiração vem de ícones da música e da literatura

Entre os artistas que a inspiram estão Heitor Villa-Lobos, Vinícius de Moraes e Renato Russo. Do ex-líder do Legião Urbana sua canção predileta é Que País é Esse?. Mas a lista de preferências ainda tem espaço para Azul da Cor do Mar (Tim Maia), Tico-Tico no Fubá (Zequinha de Abreu) e Aquarela do Brasil (Ary Barroso).

É fã do inglês Peter Gabriel. “A música dele que eu mais gosto é Biko. Conhece? Sobre um ativista que morreu por causa de racismo”, explica. “Meus pais me levaram ao [festival] SWU. Eu não pude entrar porque só tinha 9 anos, mas ouvi do lado de fora e gostei muito quando ele [Peter Gabriel] disse que não pode ter criança-soldado”, relata.

Amante dos livros, a obra que mais lhe chama atenção é Odisseia [de Homero, também disponível em versão infantil] por mostrar que “sempre precisamos um do outro”. “Gosto muito quando a mitologia explica as coisas boas com várias situações do dia a dia”, justifica. E se identifica com a protagonista do A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga.

No cinema, diverte-se com a animação Procurando Nemo. “Tem um peixe que é igual ao meu pai, esquece de tudo; e pergunta a mesma coisa um monte de vezes, como a minha irmã [Anabell, de 5 anos, que Ingrid espera que vire sua empresária].”

Internet deixa o ‘mundo pequeno’

Altamente ligada em tecnologia, a estudante considera que, diante do computador, “o mundo fica pequeno”. Pela Internet, acompanha as atividades do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em todo o mundo e visita semanalmente a sede das Nações Unidas.

“Acho linda a escultura que está na frente da ONU, nos Estados Unidos, pois é uma escultura simples e muito inteligente, onde qualquer pessoa entende o significado da obra”, avalia. Ingrid refere-se à peça “Não Violência”, do sueco Carl Fredrik Reuterswärd.

Nas horas vagas, produz programas de TV e rádio com o celular, que leva para a escola para apresentar aos amigos. “Fala de cultura e meio ambiente”, conta Ingrid, que representa todos os personagens com caracterizações de roupa e voz. Rainbow [arco-íris], Professora Folha, Senhorita Flower [flor] e o Ar se revezam num roteiro que inclui até promoções.

“Perguntei ‘o que você vai fazer pelo meio ambiente?’ A melhor resposta ganha uma viagem ao Monte Everest, patrocinada pelo Google Maps. Você vai congelar de emoção!”, ri.

Sustentabilidade também é assunto para criança

Ingrid acompanha as discussões sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e se empolgou com a campanha da ‘Eu sou Nós’, lançada dia 14 de maio pela ONU e o Comitê Nacional Organizador.

A pequena já mandou duas contribuições para o site ofuturoquenosqueremos.org.br: um poema e um vídeo.

O primeiro fala de esperança e o segundo explica que essa será a conferência mais importante da história. Como participante da maior conversa global sobre o futuro, Ingrid divulga seu endereço no Twitter e se coloca à disposição para tirar dúvidas sobre o evento.

Durante entrevista concedida por telefone, o UNIC Rio perguntou se Ingrid estava preparada para a fama. Tranquila, respondeu sem hesitar: “Estou. Já saí no jornal de Valinhos.”

Dia Internacional da Paz é celebrado no Rio com final de campeonato de futebol feminino entre comunidades

Dia Internacional da Paz é celebrado no Rio com final de campeonato de futebol feminino entre comunidades

Um campeonato de futebol feminino entre comunidades do Rio de Janeiro marcou a comemoração do Dia Internacional da Paz (21/09). O torneio, organizado pela Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (FAFERJ), com apoio do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), contou com a participação de equipes de oito favelas cariocas como Santa Marta, Borel, Cidade Alta, Keto,Vila Canoas, Chapéu Mangueira, Babilônia e Rocinha.

A Rocinha foi a campeã do evento, após vencer a final contra a Babilônia/Chapéu Mangueira por 5 a 2. A capitã do time, Ingrid Alves, de 14 anos, recebeu o troféu das mãos do Diretor do UNIC Rio, Giancarlo Summa. As vice-campeãs receberam as medalhas do ex-Ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Veloso.

Em seu discurso de agradecimento, Ingrid parabenizou a equipe adversária e ressaltou que aquele foi um “dia de paz, de harmonia, e de alegria”. O Diretor do UNIC Rio, por sua vez, destacou o fato de o dia 21 de setembro também ser histórico para as mulheres brasileiras porque pela primeira vez a Assembleia Geral da ONU ter sido aberta por uma mulher: a Presidenta Dilma Rousseff.

Já o Presidente da FAFERJ, Rossino de Castro Diniz, afirmou que o esporte é uma forma de elevar a autoestima dos moradores de favelas cariocas e ajuda a combater o consumo das drogas. “Também há Martas nas favelas. E hoje, eu vi Marta aqui, esquecida. A FAFERJ procura mostrar isso”, declarou, referindo-se à atleta Marta Vieira da Silva, eleita a melhor jogadora do mundo pela FIFA durante quatro anos consecutivos e também embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas.

Confira fotos do evento:

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