Agência da ONU apoia atividades interativas para refugiados no Brasil

Mulheres que construíram a
Mulheres que construíram a “árvore da vida”: uma metáfora da vida em outro país. Foto: ACNUR

De um lado, a “árvore da vida”: um criativo mosaico de colagens e bordados com mensagens escritas em 10 idiomas diferentes por refugiados e solicitantes de refúgio que vivem na cidade do Rio de Janeiro.

Do outro, as “pipas da vida”: uma coleção de desenhos deste tradicional brinquedo infantil, que voa levando esperanças, valores e talentos dos homens, mulheres e crianças forçados a deixar seus países de origem e buscar refúgio no Brasil. Em meio a tudo isso, uma exposição de fotos feitas pelos próprios refugiados, retratando suas alegrias, dificuldades e sonhos.

Estas atividades lúdicas e artísticas marcaram a avaliação das atividades de proteção e assistência aos refugiados e solicitantes de refúgio atendidos pela Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro (CARJ). Promovida com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), estas atividades permitiram aos refugiados expressarem suas conquistas, angústias e vitórias relacionadas ao processo de integração no Brasil.

Cerca de 40 refugiados e solicitantes de refúgio de países como Colômbia, Irã, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Serra Leoa e Síria se reuniram para ver o resultado da reflexão coletiva sobre a vida em uma grande metrópole brasileira, expressa nas mensagens e nas fotos exibidas. A atividade foi encerrada com um debate no qual os participantes apontaram aspectos positivos e negativos da vida no Brasil.

“Buscamos priorizar reflexões em torno de estratégias que possam solucionar problemas comuns, em vez de focarmos em dificuldades individuais. Isso nos ajudará a desenhar projetos de acordo com as demandas identificadas e buscar melhorias no acesso a políticas públicas específicas”, explicou a oficial de programa do ACNUR no Brasil, Renata Pires.

“Estabelecemos uma linguagem comum para que um grupo heterogêneo como o dos refugiados pudesse fortalecer a convivência, percebendo que não estão sozinhos no Brasil”, disse a psicóloga da CARJ, Leonora Corsini, que conduziu a dinâmica.