O Secretário-Geral da ONU recebeu “com grave preocupação e desapontamento” o anúncio de Israel de construir um assentamento com 3 mil novas unidades em Jerusalém Oriental e outras partes da Cisjordânia.
Anunciado por autoridades israelenses na sexta-feira (30), a construção na área conhecida como E1 — um território da Cisjordânia que Israel capturou em 1967 — conectaria um grande assentamento judaico a Jerusalém, de acordo com relatos da mídia. No entanto, a medida também dividiria a Cisjordânia em duas, tornando impossível um Estado palestino viável, contíguo e soberano, de acordo com a solução de dois Estados.
“Os assentamentos são ilegais sob a lei internacional”, observou o porta-voz de Ban em um comunicado. “Se o assentamento E-1 for construído, isso representaria um golpe quase fatal para as chances remanescentes de se assegurar uma solução de dois Estados”.
O Secretário-Geral também repetiu seu apelo a todos os interessados para retomar as negociações e intensificar os esforços no sentido de uma paz abrangente, justa e duradoura, instando as partes a se absterem de ações provocativas. “No interesse da paz, planos para E-1 devem ser anulados”, acrescentou.
O anúncio de Israel vem após a Assembleia Geral conceder à Palestina o status de Estado Observador não membro nas Nações Unidas, na quinta-feira (29), em uma resolução aprovada por 138 votos a favor e 9 contra, com 41 abstenções.