Dados oficiais do governo brasileiro, nos últimos 3 anos chegaram mais de 21mil haitianos em nosso país (Até breve, Haiti/ Divulgação)[/caption]
Uma nova pesquisa da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) revelou que cerca de 28,5 milhões de latino-americanos e caribenhos residem fora de seus países de nascimento – dos quais 70% estão nos Estados Unidos. Enquanto isso, a população imigrante atinge 7,6 milhões de pessoas e a sua maioria vem de outras partes da própria região.
O documento Tendências e Padrões da Migração Latino-Americana e Caribenha para 2010 e Desafios para uma Agenda Regional foi publicado nesta terça-feira (11) e concluiu que entre 2000 e 2010 a emigração para fora da região diminuiu, enquanto os fluxos de migração intrarregional se intensificaram.
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar dentre os destinos desses emigrantes, recebendo 70% da população que deixa a América Latina e o Caribe e quase a totalidade dos emigrantes mexicanos. Em segunda posição, encontra-se a Espanha, que recebe 8% dessas pessoas.
Enquanto isso, o número de pessoas nascidas fora da região diminuiu entre 2000 e 2010 na Argentina, no Brasil, no Equador e no Uruguai, o que indica que, nestes casos, a chegada de imigrantes não compensou a mortalidade ou a re-emigração nesse grupo. Em contraste, em outros países foram registados aumentos, como foi o caso da República Dominicana (11,3%), da Bolívia (7,4%), do México (7,1%) e do Panamá (6,2%).
O relatório observa que os fóruns intergovernamentais intra e extra regionais vêm incluindo uma posição comum de defesa aos direitos humanos dos imigrantes e de rejeição a medidas unilaterais e restritivas de alguns países desenvolvidos que servem de destino à emigração latino-americana e caribenha.
Neste contexto, a CEPAL propõe a construção de uma agenda para alcançar a plena inclusão da migração nas estratégias de desenvolvimento de 2015 e para o desenvolvimento de planos regionais que potencializem os benefícios da migração.