A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) atualizou as projeções de crescimento da atividade econômica da região para 2017, e espera uma expansão média de 1,1% durante este ano, informou nesta segunda-feira (24). A projeção está levemente abaixo da estimativa feita em dezembro de 2016, de 1,3%.
Assim como em anos anteriores, em 2017 o crescimento terá dinâmicas diferenciadas entre países e sub-regiões, informou a CEPAL.
As economias sul-americanas, especializadas na produção de bens primários, principalmente petróleo, minérios e alimentos, terão um crescimento médio de 0,6%. Isso representa uma leve revisão para baixo em relação à projeção de crescimento de 0,9% feita em dezembro passado.
Para o Brasil, a previsão é de avanço de 0,4% este ano, o segundo pior desempenho na região, depois da Venezuela (-7,2%).
A previsão de crescimento em 2017 leva em conta um aumento da demanda externa — diante da expectativa de maior crescimento de parceiros comerciais dos países da sub-região — e de preços de matérias-primas em média mais altos que os vigentes em 2016.
Para as economias da América Central, a expectativa é de uma taxa de crescimento de 3,6% em 2017, em vez dos 3,7% projetados em dezembro. Isso se explica basicamente pela resiliência observada na demanda interna — que deve ser o principal impulsionador do crescimento este ano — assim como por um bom prognóstico de avanço para o principal parceiro comercial dessas economias, os Estados Unidos.
Para o Caribe de língua inglesa ou holandesa, a estimativa é de crescimento médio de 1,4% em 2017, levemente acima da taxa projetada em dezembro (1,3%).
Segundo a CEPAL, para sustentar o maior crescimento esperado em 2017, é necessário dar um maior dinamismo para o investimento e aumentar a produtividade via inovação, com sustentabilidade ambiental e protegendo o emprego. Nesse contexto, o investimento em infraestrutura deve ter um papel primordial, já que está na base de um crescimento sustentável.
A CEPAL afirma ser necessário potencializar o investimento social e produtivo em meio a ajustes fiscais inteligentes. Nesse sentido, deve-se buscar a sustentabilidade das finanças públicas da região, mas em um contexto de políticas que levem em conta tanto o impacto sobre a capacidade de crescimento no longo prazo, como as condições sociais dos habitantes da região.
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