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COVID-19: países sul-americanos devem trabalhar juntos no acesso a vacinas, diz OPAS

O mecanismo COVAX é a única iniciativa global que atua com governos e fabricantes para garantir que as vacinas contra a COVID-19 estejam disponíveis em todo o mundo. Foto: Polina Tankilevitch / Pexels

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu nesta quinta-feira (27) ao bloco PROSUL de presidentes sul-americanos para trabalharem juntos no acesso às vacinas contra a COVID-19.

“Acreditamos que seu apoio e participação no mecanismo COVAX proporcionarão a melhor oportunidade de acelerar o acesso às vacinas contra a COVID-19 nacional e regionalmente nas Américas”, afirmou Etienne durante uma reunião virtual do bloco PROSUL, que inclui Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.
A OPAS pode fornecer orientação e apoiar o acesso acelerado às vacinas por meio de suas representações nos países e do Escritório Regional em Washington, acrescentou a diretora da OPAS.

Sob o guarda-chuva do Access to COVID-19 Tools Accelerator (acelerador de acesso a ferramentas contra a COVID-19) da OMS, o mecanismo COVAX negociará em nome de muitos países em todo o mundo junto aos produtores de todas as vacinas candidatas promissoras.

A OPAS está “utilizando a força de seu Fundo Rotatório e seus Estados-membros participantes como um bloco unificado e um mecanismo de aquisição viável por meio do COVAX para garantir acesso rápido à vacina a um preço fixo unificado”, afirmou a diretora da Organização, observando que 40 países e territórios já expressaram formalmente interesse em obter acesso às vacinas contra a COVID-19 do COVAX por meio do Fundo Rotatório.

“Ao usar o Fundo Rotatório, nos basearemos em processos e mecanismos bem estabelecidos que foram utilizados com êxito na região por mais de 40 anos. Assim, podemos acelerar o acesso a vacinas eficazes contra a COVID-19 e garantir uma coordenação eficaz com vocês, a OMS e o COVAX para atender às suas necessidades nacionais”, disse Etienne aos líderes da América do Sul.

“Em 26 de agosto, infelizmente mais de 450 mil mortes nas Américas foram atribuídas à COVID-19 e mais mortes ocorrerão devido ao impacto indireto na saúde e nos âmbitos social e econômico da pandemia”, afirmou a diretora da OPAS.

“A pandemia deu início a uma crise tripla em toda a nossa região, pois desafia nossos sistemas de saúde, fratura nossa proteção social e desestabiliza nossas economias. Hoje corremos o risco de perder anos de conquistas de saúde, em questão de meses. Excelências, intervenções sustentadas em todos os setores são – e serão necessárias – para suprimir a COVID-19, proteger as conquistas em saúde, combater a pobreza e as desigualdades crescentes e construir economias mais fortes e resilientes”, disse a diretora da OPAS.

Etienne afirmou aos presidentes que “a COVID-19 nos mostrou claramente que os resultados da saúde na região estão intrinsecamente ligados às nossas economias, aos determinantes sociais da saúde e às redes de segurança que foram estabelecidas para proteger a saúde e o bem-estar. Sem políticas integradas de saúde e proteção social, não podemos mitigar o terrível impacto da COVID-19 em nossa vida econômica”.

“Apoiaremos seus esforços para retomar a agenda de saúde e desenvolvimento no futuro e reformulá-la após esta pandemia para garantir que estejamos mais bem preparados do que nunca para qualquer surto de doença no futuro”, finalizou a diretora da OPAS.

Dados preliminares de estudo apontam redução de 75% dos casos de chikungunya em Niterói (RJ)

A cidade de Niterói é pioneira no Brasil no uso da nova técnica de prevenção das arboviroses – liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. Foto: Stock photo

As doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue, zika e chikungunya, matam cerca de 700 mil pessoas por ano no mundo. Para evitar esta estatística, iniciativas para controle das arboviroses, como a liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia no meio ambiente, têm sido implementadas por diversos países, inclusive o Brasil.

Quando estes mosquitos têm a bactéria Wolbachia, o vírus da dengue, zika e chikungunya não se desenvolvem dentro deles, contribuindo para a redução destas doenças.

Por meio do World Mosquito Program, conduzido no Brasil pela Fiocruz, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) concluiu a avaliação externa da Wolbachia na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. O resultado preliminar, de acordo com análise do Grupo de Avaliação Externa de Novas Tecnologias (GEENT, sigla em espanhol) da OPAS, realizada em março deste ano, apontou redução de 75% nos casos de chikungunya devido ao uso de mosquitos com Wolbachia na região. A comparação foi feita com outras áreas da cidade onde não houve liberação de mosquitos. O número permaneceu o mesmo em novo monitoramento feito em junho, reforçando o resultado. Os dados são preliminares e relacionados apenas à chikungunya porque, neste ano, houve baixo registro de circulação dos vírus da dengue e zika no município.

A cidade de Niterói é pioneira no Brasil no uso da nova técnica de prevenção das arboviroses. Na opinião dos especialistas do GEENT, os resultados, até o momento, são promissores, embora haja entendimento da necessidade de mais pesquisas na área. A comitiva da OPAS verificou também, por meio do Modelo de Aceitação Pública do World Mosquito Program, que o projeto é bem aceito pela população, gestores públicos e membros da comunidade. Essa é uma etapa importante do projeto, já que as liberações de mosquitos com a bactéria Wolbachia devem ser feitas com frequência, até que a bactéria se estabeleça no território.

A manutenção dos mosquitos com a bactéria foi outro ponto importante analisado pelo grupo de avaliação externa da OPAS, que identificou diferença nos níveis de estabelecimento da Wolbachia na cidade, exigindo liberações adicionais de mosquitos. Essa constatação ocorreu porque o Brasil possui um sistema de vigilância das arboviroses bem estabelecido, que possibilitou o monitoramento contínuo do mosquito Wolbachia na região. A infraestrutura municipal de saúde associada à Estratégia de Saúde da Família (ESF) conta com agentes de controle de zoonoses e os agentes comunitários de saúde que trabalharam juntos para o sucesso do projeto.

Em Niterói, houve participação ativa e envolvimento da gerência entre os diferentes níveis de governo com WMP/Fiocruz, incluindo a contribuição financeira do nível nacional, pelo Ministério da Saúde do Brasil, tanto no projeto Wolbachia, quanto na disponibilização de todos os recursos e infraestrutura para uma avaliação externa, além dos recursos humanos do município.

Considerando os diferentes ambientes existentes no Brasil, o Ministério da Saúde se propõe a implementar o projeto Wolbachia em todas as regiões do Brasil para avaliar o comportamento do Aedes aegypti com a bactéria em cada local e seu impacto no cenário epidemiológico. Além de Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG), que iniciaram o projeto em 2019, a pasta estuda implementar a tecnologia em mais três municípios: Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR) e Manaus (AM).

Finanças digitais devem apoiar mudanças rumo ao desenvolvimento sustentável, diz ONU

Tecnologias digitais possibilitaram trocas financeiras e comunicação entre pessoas durante o distanciamento social na pandemia de COVID-19. Foto: PNUD
Tecnologias digitais possibilitaram trocas financeiras e comunicação entre pessoas durante o distanciamento social na pandemia de COVID-19. Foto: PNUD

A crise social e econômica sem precedentes causada pela pandemia da COVID-19  jogou luz sobre o papel das finanças digitais de oferecer alívio a milhões de pessoas em todo o mundo, apoiando empresas e protegendo empregos e meios de subsistência.

Embora a pandemia demonstre os benefícios imediatos das finanças digitais, o potencial disruptivo da digitalização para transformar o mundo das finanças é imenso, segundo as Nações Unidas.

“A pandemia COVID-19 sobrecarregou os sistemas de saúde pública e perturbou as economias nacionais e locais. Já está levando dezenas de milhões de pessoas à pobreza extrema e exacerbando desigualdades de todos os tipos”, lembrou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

“Em meio a essa turbulência, a tecnologia digital é uma tábua de salvação essencial, permitindo que bilhões de pessoas mantenham conexões com seus entes queridos, comprem necessidades diárias, preservem seus meios de subsistência e recebam ajuda do governo.”

Tecnologias de pagamentos por celular têm transformado esses aparelhos em ferramentas financeiras para mais de 1 bilhão de pessoas. O meio digital  vem apoiando a inteligência artificial e  big data no avanço de criptomoedas e criptoativos, empréstimos entre pares (peer-to-peer), plataformas de  crowdfunding e mercados online.

Bancos têm investido mais de 1 trilhão de dólares em desenvolvimento, integração e incorporação de tecnologias emergentes. Em 2018, os investimentos em “fintechs” chegou a 120 bilhões de dólares, um terço do financiamento do capital de risco global.

Nesta quarta-feira (26), um novo relatório, “Dinheiro Público: Aproveitando a Digitalização para Financiar um Futuro Sustentável”, elaborado pela Força-Tarefa do Secretário-Geral da ONU para Finanças Digitais, estabelece uma ambiciosa Agenda de Ação.

A ideia central do documento é demonstrar como as finanças digitais podem ser aproveitadas  de forma a empoderar cidadãs e cidadãos,  enquanto contribuintes e investidores,  para conceber uma transformação digital que melhor alinhe recursos públicos e privados às necessidades das pessoas, coletivamente expressas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O relatório destaca como bilhões de pessoas em todo o planeta respondem à pandemia da COVID-19 por meio de ferramentas digitais para trabalhar, consumir e se socializar. O documento argumenta que há uma oportunidade histórica de aproveitar a digitalização para colocar cidadãs e cidadãos, donos por excelência dos recursos financeiros mundiais, no controle das finanças para garantir que elas atendam a suas necessidades, hoje e no futuro.

A Força-Tarefa identificou cinco oportunidades catalisadoras para aproveitar a digitalização, alinhando o financiamento aos ODS. Juntas, elas cobrem grande parte das finanças globais:

• Alinhar os vastos fluxos dos mercados globais de capital com os ODS.
• Aumentar a efetividade e a prestação de contas do financiamento público que compõe parte significativa da economia global.
• Canalizar poupanças domésticas agregadas digitalmente para financiamento em desenvolvimento de longo prazo.
• Informar cidadãs e cidadãos sobre como associar seus gastos de consumo com os ODS.
• Acelerar o financiamento vital para o emprego e para o mundo das pequenas e médias empresas geradoras de renda.

A Agenda de Ação da Força-Tarefa é um chamado para a ação às empresas, formuladores de políticas e para os gestores de finanças fazerem o que for necessário para oferecerem oportunidades nesses contextos. A Agenda especifica não somente “o que” deve ser feito, mas “como”: investimentos, novas capacidades e inovações de governança “dão conta do serviço”.

A Força-Tarefa conclui que aproveitar a digitalização para o bem é uma escolha, não uma fatalidade impulsionada pela tecnologia. A Agenda de Ação indica ações necessárias para superar os riscos digitais que, se não forem mitigados, podem aprofundar a exclusão, a discriminação e as desigualdades, e separar as finanças das necessidades de um desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Para o secretário-geral da ONU, as tecnologias digitais, que estão revolucionando os mercados financeiros, podem ser um divisor de águas aos nossos objetivos comuns. “A Força-Tarefa de Financiamento Digital dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável proporciona liderança para aproveitarmos a revolução digital.”

Na opinião do administrador do PNUD e vice-presidente da Força-Tarefa, Achim Steiner, a pandemia da COVID-19 está  revelando o incrível potencial de impacto transformador das finanças digitais.

“Transferências digitais permitem que governos ajudem as pessoas mais necessitadas. Plataformas de crowdfunding  têm mobilizado recursos para materiais médicos e ações emergenciais e empréstimos baseados em algoritmos  significam que  pequenas empresas têm acesso mais rápido a recursos.”

“A velocidade da expansão dessas tecnologias é surpreendente, mas o progresso não é automático. Para a digitalização ser uma verdadeira força a favor dos ODS, os avanços tecnológicos devem estar combinados com políticas sólidas que empoderem cidadãs e cidadãos e permitam nosso sistema financeiro atender aos desafios urgentes de investimento que devem ser superados para construirmos um futuro melhor.”

Sobre a Força-Tarefa

A Força-Tarefa foi estabelecida pelo secretário-geral da ONU para recomendar e catalisar formas de aproveitar a digitalização, acelerando o financiamento aos ODS.

Ela reuniu 17 líderes dos setores de finanças, tecnologia, políticas, regulação e desenvolvimento internacional e envolveu centenas de instituições financeiras, governos, entidades reguladoras, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e grupos de especialistas em dezenas de países.

A Força-Tarefa é co-presidida por Achim Steiner (administrador do PNUD) e Maria Ramos (até recentemente CEO do grupo financeiro sul-africano ABSA).

Seus membros são Maiava Atalina Emma Ainuu-Enari, presidente do Banco Central de Samoa, Henrietta H. Fore,  diretora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Mats Granryd, diretor-geral da associação global da indústria móvel GSMA, Piyush Gupta, CEO do Banco DBS, Natalie Jabangwe, CEO da EcoCash, Eric Jing, presidente-executiva do Grupo Ant, Bradley Katsuyama, fundador e CEO da bolsa de valores IEX, Pooma Kimis, diretor da Autonomous Research.

Também são membros Liu Shenmin, subsecretário-geral do Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (DESA-ONU), Phumzile Mlambo-Ngcuka, subsecretária-geral da ONU e diretora-executiva da ONU Mulheres, Ambareen Musa, fundadora e CEO da Souqalmal, Patrick Njoroge, presidente do Banco Central do Quênia, Ceyla Pazarbasioglu, vice-presidente do Banco Mundial, Richard Samans, diretor administrativo do Fórum Econômico Mundial, Aurelie Adam Soule Zoumarou, ministro da Economia Digital e Comunicações do Benin.

Os membros da Força-Tarefa trabalham de forma pessoal, sem representarem, necessariamente, suas organizações. Alemanha, Itália e Suíça apoiam a Força-Tarefa com financiamento.

O relatório está disponível no site https://digitalfinancingtaskforce.org/.

UNICEF e Samsung premiam finalistas de maratona de aplicativos para escolas públicas

No total, 314 projetos foram inscritos na segunda edição da Maratona UNICEF Samsung e 19 foram premiados. Foto: UNICEF

Evento virtual premiou os 19 projetos finalistas da Maratona UNICEF Samsung, iniciativa que busca propostas que incentivem o trabalho colaborativo e ofereçam soluções criativas que contribuam no processo de aprendizagem de estudantes de escolas públicas de todo o Brasil.

Equipes de 11 estados diferentes participaram da cerimônia, que foi transmitida ao vivo nos canais oficiais do UNICEF no Facebook e no YouTube nesta segunda-feira (24).

No total, 314 projetos foram inscritos na segunda edição da maratona. A partir de agora, os 19 aplicativos finalistas poderão ser utilizados por escolas públicas de todo o país para o aprendizado das mais diferentes modalidades curriculares, de acordo com as competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio – Língua Portuguesa e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

A edição que se encerra em 2020 teve um desafio a mais, superado por todos os finalistas: o isolamento social. Os times, todos formados por professores, estudantes, programadores e designers, mantiveram o comprometimento e o foco com reuniões remotas e desenvolveram soluções voltadas às demandas de aprendizagem nas escolas públicas.

Os aplicativos (apps) apresentam de forma lúdica conteúdos apresentados em aula, interligando disciplinas com soluções práticas para auxiliar o aprendizado, trazendo uma grande diversidade de temas e enfoques. Entre os 19 projetos finalistas, há assuntos como acessibilidade digital para pessoas com deficiências auditivas e visuais, sexualidade, promoção da igualdade de gênero, prevenção de doenças e das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), esporte, sustentabilidade, entre outros.

“Temos uma década de atuação com a Responsabilidade Social no Brasil, guiados pela visão global ‘Together for Tomorrow! Enabling People’. A segunda edição da Maratona UNICEF Samsung destacou o papel fundamental da tecnologia na transformação do potencial humano. É inspirador ver as equipes trabalhando em soluções que poderão ser utilizadas como ferramentas de ensino e aprendizagem”, disse a gerente de Cidadania Corporativa da Samsung Brasil, Isabel Costa.

Para o chefe de Educação do UNICEF no Brasil, Ítalo Dutra, “apresentar os resultados da segunda edição da Maratona nos enche de alegria. Mesmo diante dos desafios da pandemia do novo coronavírus, estudantes, professores e profissionais de tecnologia se uniram em prol da aprendizagem de cada menina e menino”.

Instituições de ensino de todas as regiões do Brasil participaram da Maratona UNICEF Samsung. O estado de Minas Gerais foi o principal representante na fase final, com seis projetos selecionados. O Amazonas vem em segundo lugar com três equipes, seguido pelo Piauí, com duas. No total, das 314 equipes inscritas, 42% são do Nordeste, 31% do Sudeste, 11% do Norte, 9% do Sul e 7% do Centro-Oeste.

Evento de encerramento

O evento contou com apresentações de todas as equipes finalistas e duas palestras. Sylker Teles, professor de design de jogos na Universidade de Kyushu, no Japão, professor voluntário da Universidade do Estado do Amazonas e pesquisador do Samsung Ocean, programa de responsabilidade social voltada para inovação da empresa, falou sobre novas oportunidades de profissionalização na área de Tecnologia.

Depois, representantes da Fofuuu, startup que utiliza tecnologia aplicada à neurociência e fonoaudiologia como ferramenta de apoio ao desenvolvimento da linguagem, tiveram como tema os caminhos e desafios de uma startup e dos empreendedores jovens – a empresa foi escolhida para participar do Samsung Creative Startup em 2019, programa que acelera startups em parceria com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Centro Coreano de Economia Criativa e Inovação (CCEI).

As etapas da Maratona

Cada time é formado por cinco integrantes, sendo, obrigatoriamente, um professor de escola pública, um estudante do ensino médio de escola pública e outros três estudantes (ensino médio, técnico ou graduação) que podem ser de escolas públicas, privadas, técnicas, universidades privadas ou públicas.

Cada proposta deveria ter, ao menos, duas das áreas de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Depois da definição dos escolhidos, a segunda etapa da Maratona UNICEF Samsung começou com o desenvolvimento dos protótipos de aplicativos. Os projetos receberam mentoria técnica e pedagógica. Ocorreram sessões para tirar dúvidas, desenvolvimento e testagem do conceito do aplicativo e, por fim, o desenvolvimento das soluções. Os apps foram testados por estudantes de ensino médio e, na sequência, as equipes puderam realizar mais ajustes, de acordo com o que foi apontado pelos alunos e alunas.

A terceira fase consistiu na apresentação virtual dos apps finalistas para um comitê de avaliação composto por membros de Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Samsung e UNICEF, além de um mentor técnico e outro pedagógico de outras equipes.

Confira os 19 projetos selecionados da segunda edição da Maratona UNICEF Samsung:

Beijei! E agora?! (SE) – 3º ano do ensino médio
Promove campanha de educação sexual, considerando os aspectos psicoafetivos; biológicos e socioculturais, bem como as relações de gêneros, respeitando-se as éticas e a orientação sexual, buscando a construção de um comportamento responsável e preventivo na sociedade.

Biolíngue (SC) – 1º ano do ensino médio
Compartilha informações sobre Biologia e História para alunos ouvintes e surdos do 1º ano do ensino médio, aproximando-os por meio de um game acessível e dinâmico.

Cientistas Temporais (PI) – 1º ano do ensino médio
Auxilia os alunos no entendimento de conceitos científicos e históricos. Em vez de o professor mostrar apenas os conceitos, ele terá como demonstrar historicamente como surgiram essas descobertas. O app é adaptado para daltônicos.

Developers Pantaneiros (MS) – 1º ano do ensino médio
Desenvolve o senso crítico e o olhar investigativo de estudantes do 1º ano do ensino médio, por meio da resolução de problemas/desafios reais relacionados ao meio ambiente, que correlacionam temáticas de Ciências da Natureza e Matemática, vistas em sala de aula, com competências/habilidades específicas da Base Nacional Comum Curricular e metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Dissecadores do Conhecimento (MG) – 3º ano do ensino médio
Os objetivos do aplicativo englobam: ajudar alunos para que compreendam melhor a anatomia do corpo humano, incluindo doenças e enfermidades; auxiliar na prevenção de doenças e conscientização da população, tanto no aspecto físico quanto no aspecto de questões sanitárias; assistir os estudantes em uma melhor percepção de doenças psicológicas (depressão e ansiedade, por exemplo) como sendo doenças reais, contribuindo com a eliminação do preconceito acerca do assunto.

EnglishTalkers (AL) – 1º ano do ensino médio
Expandir os conhecimentos dos alunos do ensino médio em assuntos de língua inglesa e geografia. Os jovens vão se conectar a um assistente que vai organizar seus estudos de língua inglesa e praticar seus conhecimentos. Enquanto recebem aulas e dicas sobre gramática inglesa, aprendem sobre aspectos culturais e geográficos de quatro países de língua inglesa nativa: África do Sul, Austrália, Estados Unidos e Inglaterra.

FisicAR (AM) – 1º ano do ensino médio
Garante que os alunos do primeiro ano possam entender, de forma mais lúdica, os problemas apresentados em sala de aula, com a projeção de explicações e exercícios em realidade aumentada. A ideia é que o aplicativo seja um apoio durante as aulas de física em que os problemas possam ser mais bem compreendidos e os exemplos dados pelos professores sejam fáceis de ver, de fato, e entender.

IFarmNET (RJ) – 3º ano do ensino médio
O objetivo do IFarmNET é gerenciar uma agricultura sustentável com as limitadas áreas que o usuário terá disponíveis, ajudando a manter os ecossistemas. O usuário deverá monitorar mudanças do clima, condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres que possam prejudicar sua fazenda. Após a colheita, o usuário poderá trocar os alimentos com outros fazendeiros. Em caso de má alimentação do jogador na sua fazenda, ele será direcionado para práticas de atividades físicas e será apresentado sugestões de alimentos saudáveis.

Lab de bolso (PB) – 1º ano do ensino médio
Fomenta o interesse pelas Ciências da Natureza em alunos do ensino médio, assim como aproxima e possibilita uma aprendizagem em conjunto melhor do professor com o estudante. Dessa maneira, experiências em salas de aula serão mais bem conduzidas, de maneira a propagar conhecimento prático de qualidade e propor soluções de baixo custo. Além disso, simulações serão realizadas sobre os tópicos apresentados, a fim de reforçar o aprendizado e trazer uma visão de mundo mais ampla para o discente.

Ligados no 220 (MG) – 1º ano do ensino médio
Torna-se cada vez mais importante pensar em formas de energia mais sustentáveis, que atendam às necessidades atuais sem comprometer as futuras gerações. O aplicativo “SustenCity” tem como objetivo auxiliar no aprendizado sobre energia elétrica sustentável e conscientizar sobre os impactos de cada tipo de usina no meio ambiente e na sociedade. “SustenCity” visa ensinar de forma dinâmica sobre a infraestrutura ligada a energia e conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, a racionalidade no uso de recursos naturais e a preservação ambiental. O usuário trabalhará com o consumo de energia e seu cálculo. No ambiente escolar, com o aplicativo, o professor poderá ensinar a matéria de forma mais dinâmica, atraindo a atenção dos alunos e fazendo-os pensar em soluções para que as demandas da população sejam atendidas de forma eficiente, ambiental e economicamente falando.

Lignem (MG) – 1º ano do ensino médio
O aplicativo apresenta uma integração entre as áreas de Ciências Humanas (matéria: Geografia) e Ciências da Natureza (matéria: Física), mostrando as principais formas de obtenção de energia da atualidade, bem como suas principais vantagens e desvantagens, relacionando-as com os respectivos tipos de energia que compõem seu funcionamento. Conta também com uma aplicação prática para fixar os conteúdos abordados de forma dinâmica e intuitiva. Além disso, o aplicativo tem a acessibilidade como um dos objetivos, sendo assim apresenta opções de combinações diferentes de cores (voltadas para o daltonismo) e um leitor de telas (para pessoas com deficiência visual).

OCAViva (AM) – 1º ano do ensino médio
Associa os conhecimentos de sociologia e biologia, segundo as habilidades descritas nos componentes curriculares, descritos na BNCC, de ciências humanas e sociais aplicadas e de ciências humanas da natureza e suas tecnologias, por meio apresentações lúdicas no aplicativo, desenvolvendo no aluno o estímulo para a prática do consumo e da produção sustentável, bem como auxiliar o professor em suas aulas.

Os Cavaleiros que Dizem Ni (MG) – 2º ano do ensino médio
Pretende-se criar uma experiência narrativa ao jogador que aborde o conteúdo da disciplina de forma dinâmica e participativa, por meio do diálogo interativo com personalidades históricas importantes e a possibilidade de tomar decisões que afetam a forma como a narrativa é conduzida, criando uma experiência única para cada usuário e garantindo a abordagem de diferentes perspectivas, preservando a capacidade de análise crítica. Com o auxílio dessa ferramenta, o estudante poderá aprimorar seu conhecimento nas áreas mencionadas de forma lúdica, bem como ser apresentado a uma nova metodologia de ensino interativa capaz de aumentar seu interesse e participação no processo de aprendizagem e compreensão dos conteúdos ministrados pelo docente.

Os Conselheiros (TO) – 1º ano do ensino médio
O Ágora é um jogo colaborativo em que os jogadores, chamados de Conselheiros, gerenciam uma cidade, tomando decisões coletivas diante de diversas situações-problema apresentadas pela comunidade. Cada decisão afeta o destino da cidade por meio dos seguintes indicadores: satisfação pública, infraestrutura, sustentabilidade e economia. O objetivo é proporcionar uma experiência de debates de ideias entre os jogadores por meio de enunciados concretos, além de exercitar a argumentação, a defesa de pontos de vista e a tomada de decisões.

Paipujin (PI) – 1º ano do ensino médio
Motiva o aluno à prática de esportes, diminuindo assim o sedentarismo e propiciando uma melhor qualidade de vida. Potencializa o ensino sobre os tecidos musculares e os conhecimentos sobre o corpo humano.

Prisma (PR) – 1º ano do ensino médio
Articula os conhecimentos de matemática e das ciências humanas e sociais aplicadas no intuito de cumprir as missões propostas pelo “mestre”, sempre apresentando um problema social, histórico ou geográfico que dependerá de conceitos matemáticos para ser resolvido. As missões serão apresentadas em língua brasileira de sinais (Libras) e os conceitos matemáticos que já contam com sinais, também serão apresentados a fim de ampliar o vocabulário.

Quântico (Física e Português) (AM) – 1º ano do ensino médio
O aplicativo propõe aprender Física por meio da poesia. O ambiente “gamificado” desperta a familiaridade na abordagem dos conteúdos utilizando músicas, elementos visuais, um sistema de pontuação e aumento progressivo de nível de dificuldade a cada desafio superado. Incentiva o debate em torno de assuntos científicos em sala de aula e fora dela.

Quartel Otaku (MG) – 1º ano do ensino médio
O objetivo do aplicativo é levar informação de forma lúdica a alunos de qualquer escola. O objetivo é de que os alunos aprendam as matérias enquanto se divertem, sentindo-se, portanto, mais estimulados a passar mais tempo pensando nos assuntos demonstrados em sala de aula. O trabalho também tem o objetivo de conscientização. Serão inseridos nos textos explicativos, mensagens que conscientizem os alunos sobre o desenvolvimento sustentável, por exemplo, compostos que causam danos à camada de ozônio ou levam muito tempo para se degradarem na natureza deixarão isso claro em sua descrição, as cianobactérias terão suas propriedades salientadas, organismos em risco de extinção também deixarão essa informação de forma bem clara.

Team upgrade (MG) – 3º ano do ensino médio
Utiliza a montagem da fórmula estrutural dos compostos orgânicos para melhorar o conhecimento sobre a sua estrutura, características, propriedades, em que é encontrado e seu uso.

Sobre a Maratona UNICEF Samsung

A Maratona UNICEF Samsung (https://maratonaunicefsamsung.org.br/) é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Samsung. O programa foi desenvolvido em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), por meio do programa Brasil Mais TI, e tem como objetivo desenvolver tecnologias educacionais na forma de protótipos de aplicativos para que sejam utilizadas, em escolas públicas, por professores e estudantes do ensino médio. Na edição anterior, mais de 100 equipes se inscreveram e 31 foram selecionadas.

Para Mulheres na Ciência divulga lista de vencedoras da edição de 2020

Programa, que celebra 15 anos, reconhece e estimula a participação feminina na ciência brasileira e concede R$ 50 mil a cada uma das vencedoras. Foto: UNESCO
Programa, que celebra 15 anos, reconhece e estimula a participação feminina na ciência brasileira e concede R$ 50 mil a cada uma das vencedoras. Foto: UNESCO

Com a rápida disseminação da COVID-19 pelo mundo, se tornou ainda mais evidente a necessidade de investimentos constantes na ciência, que tem um papel-chave para solucionar os desafios do mundo.

Para ajudar nesta tarefa, a ciência precisa de mulheres. Por isso, há 15 anos a L’Oréal Brasil, em parceria com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), promovem o programa “Para Mulheres na Ciência”, com o objetivo de transformar o cenário científico, contribuindo para o equilíbrio de gêneros na área.

Avaliar os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre a saúde mental de adolescentes; pesquisar a origem dos raios cósmicos e sua possível relação com galáxias de intensa formação de estrelas; e desenvolver um método para preservar plantações de soja em períodos inesperados de seca, são alguns objetivos dos trabalhos vencedores da 15ª edição do programa.

Em pesquisa inédita com ganhadoras de anos anteriores, apenas um quarto das cientistas concordam que mulheres recebem as mesmas oportunidades que homens e 90% delas afirmaram já terem vivenciado preconceito ou falta de respeito por serem mulheres em suas carreiras.

Para apoiar jovens mulheres cientistas a darem prosseguimento aos seus estudos, há 15 anos o programa “Para Mulheres na Ciência” contempla sete jovens pesquisadoras das áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática com uma bolsa-auxílio de 50 mil reais.

É o caso da microbiologista Vivian Costa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que pesquisa soluções para identificar e tratar formas graves da dengue e outras doenças virais, como zika, chikungunya e até COVID-19.

“Em casos como esse, não adianta enfrentar só o vírus ou só a inflamação. É preciso desenvolver procedimentos que atuem nas duas frentes, reduzindo a carga viral e a inflamação excessiva causada pelo coronavírus. Estamos muito comprometidos em fazer a nossa parte, inclusive tenho alunos trabalhando voluntariamente nos diagnósticos de COVID-19”, afirma a pesquisadora.

Também da categoria Ciências da Vida, a bióloga Luciana Tovo, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL – RS), foi reconhecida por sua pesquisa sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 no estresse crônico de adolescentes.

“Sabemos que a infância e a adolescência são períodos da vida críticos para início de transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade”, argumenta Tovo. Para medir o estresse antes e após a pandemia, e estabelecer uma medida acurada, a solução dada por ela foi a medição de estresse a partir do cortisol capilar.

“O cabelo cresce, em média, um centímetro por mês. Avaliamos os três centímetros mais próximos da raiz, de modo a mensurar o estresse vivenciado nos três meses anteriores à coleta”, explica a cientista.

Outra contemplada da região Sul do país é a física Rita de Cássia dos Anjos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que venceu na categoria Ciências Físicas. Uma das perguntas que motivam Rita é se galáxias em que há intensa formação de estrelas, conhecidas como galáxias starburst — que estão entre as mais luminosas do universo e apresentam fortes ventos — podem ser fontes de aceleração e propagação de raios cómicos.

Como pesquisadora e mulher negra, Rita já vivenciou diversas situações de racismo dentro e fora da academia e acredita na importância de aumentar as oportunidades de acesso e representatividade da população negra nas carreiras de maior prestígio e remuneração.

A cientista colabora com o projeto “Rocket Girls: Meninas na Astronomia e na Astronáutica”, que realiza atividades em robótica, arduíno e astronomia com meninas de escolas públicas de Palotina (PR).

A ideia é motivar as jovens a se interessarem pelas Ciências Exatas, área historicamente excludente e masculina. “Quando você mostra que passou por dificuldades, quando você fala da sua realidade e mostra para as meninas que é possível, elas se animam”, reflete.

Já a oncologista mineira Andreia Melo, pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer (INCA – RJ), foi escolhida pelo seu estudo para aperfeiçoar a imunoterapia contra o melanoma de mucosa, um tipo de câncer raro e grave, para o qual a sobrevida mediana é menor que 12 meses.

A proposta de Melo é um estudo translacional, que envolve desde análises em laboratório até uma proposta clínica. Dependendo das características moleculares dos tumores, um paciente pode enfrentar a enfermidade de forma mais ou menos favorável.

“Muito do que se faz hoje, na oncologia, é buscar essas diferentes características para entender qual vai ser o desfecho da doença”, explica a pesquisadora.

Ainda na categoria Ciências da Vida, a bióloga Fernanda Farnese, do Instituto Federal Goiano, foi premiada por desenvolver um método para preservar plantações de soja em períodos inesperados de seca.

“Previsões apontam para uma redução de até 30% das chuvas no Brasil até o fim do século”, destaca Farnese. Ao perceber os impactos dos veranicos sobre a soja, teve a ideia de aspergir um líquido com substâncias produtoras do gás sobre as folhas da planta.

“O óxido nítrico altera o metabolismo da planta, intensificando mecanismos de defesa e, dessa forma, aumentando a tolerância à seca. Constatamos um crescimento de 60% na produtividade da soja”, conta.

A cada ano, os 14 membros do júri do programa selecionam trabalhos com potencial de encontrar soluções para importantes questões ambientais, econômicas e de saúde, como é o caso do trabalho da química Daniela Truzzi, da Universidade de São Paulo (USP), que busca compreender o funcionamento do óxido nítrico, gás relacionado a diversos processos, como a contração dos vasos sanguíneos, a defesa imunológica e a cicatrização de tecidos.

“Sabemos pouco sobre o que o óxido nítrico produz. Aprofundar esse conhecimento é fundamental para entender melhor os processos nos quais ele está envolvido”, explica a química.

Laureada na categoria Matemática, María Amelia Salazar, da Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda estruturas geométricas abstratas e complexas, contribuindo para uma nova área da matemática.

Seu objeto de estudo remonta de uma teoria da simetria contínua e sua aplicação ao estudo da geometria e das equações diferenciais, do século 19. “É uma história bonita, porque faz a ponte entre duas áreas da matemática que, em princípio, não tinham a ver uma com a outra”, admira a pesquisadora.

E, a partir desse ano, o prêmio traz uma novidade para as vencedoras. A UNESCO dará um treinamento para cada uma das sete cientistas, com duração de dois dias, incluindo webinários sobre gênero, carreira, media training e outros assuntos relacionados às mulheres na ciência.

Há 15 anos, o programa “Para Mulheres na Ciência” premia pesquisadoras de diversos lugares do Brasil. Nesse período, o programa já reconheceu e incentivou mais de 100 cientistas, premiando a relevância dos seus trabalhos, com a distribuição de mais de 4,5 milhões de reais em bolsas-auxílio.

Vencedoras do L’Oréal-UNESCO-ABC “Para Mulheres na Ciência” 2020

Ciências da Vida:
Luciana Tovo
Vivian Costa
Fernanda Farnese
Andreia Melo
Química: Daniela Truzzi

Física: Rita de Cássia dos Anjos
Matemática: María Amelia Salazar

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