Chefe da ONU pede ‘investigação completa’ sobre desastre com avião na Ucrânia

Agência da ONU para a Aviação Civil (ICAO) havia emitido um alerta recentemente sobre uma situação “potencialmente perigosa” em região próxima ao local da tragédia.

Boeing 777, do voo MH370, até hoje não foi localizado. Foto: Laurent ERRERA/L'Union, France (Creative Commons)
Boeing 777, do voo MH370, até hoje não foi localizado. Foto: Laurent ERRERA/L’Union, France (Creative Commons)

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, expressou suas condolências após a queda de um avião da empresa Malaysia Airlines nesta quinta-feira (17), na Ucrânia, e pediu uma investigação completa sobre o desastre.

De acordo com relatos da mídia, um boeing 777 – que transportava 295 pessoas no voo MH17 – estava viajando de Amsterdã para a capital da Malásia, Kuala Lumpur, quando caiu no leste da Ucrânia, perto da fronteira russa.

“Estou acompanhando de perto os relatórios, juntamente com a Organização da Aviação Civil Internacional [ICAO], uma agência das Nações Unidas. Há claramente uma necessidade de uma investigação internacional completa e transparente”, disse Ban Ki-moon aos jornalistas na sede da ONU, em Nova York.

“No momento, eu ofereço minhas profundas condolências às famílias e entes queridos das vítimas e pessoas da Malásia.”

A tragédia desta quinta-feira acontece apenas alguns meses depois do voo MH370, da mesma empresa, ter desaparecido pouco depois de decolar de Kuala Lumpur, com 239 passageiros a bordo. O MH370 nunca foi encontrado.

A ICAO divulgou um comunicado expressando “profundo pesar” após a tragédia do MH17 e informou que está monitorando de perto o incidente, em contato com “todas as partes relevantes”.

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fala a repórteres sobre queda de avião da Malaysia Airlines na Ucrânia. Foto: ONU/Eskinder Debebe
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fala a repórteres sobre queda de avião da Malaysia Airlines na Ucrânia. Foto: ONU/Eskinder Debebe

A agência da ONU afirmou que emitiu recentemente uma carta alertando a seus países-membros e operadores aéreos sobre uma situação “potencialmente perigosa” em uma região próxima ao local onde ocorreu o desastre, após identificar dois diferentes serviços de tráfego aéreo em operação.

Segundo relatos da imprensa, a Rússia estaria operando na área da Crimeia, recentemente invadida por forças militares rebeldes favoráveis à anexação à Rússia. A ICAO informou, no entanto, que a queda foi fora da área citada nesta carta.

“A ICAO está pronta para apoiar a investigação do acidente, se solicitada”, conclui o comunicado da agência da ONU.

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