Cooperação multilateral é fundamental para evitar a pobreza

CEPALCEPAL apresentou em Porto Alegre, Brasil, a edição em português do documento “A Hora da igualdade. Brechas por fechar, caminhos por abrir”.

Fazer frente à instabilidade financeira internacional mediante mecanismos multilaterais é fundamental para evitar que amplos segmentos da população da Região, que ainda são vulneráveis à volatilidade extrema e às crises, caiam novamente na pobreza ou miséria, afirmou Antonio Prado, Secretário Executivo Adjunto da CEPAL.

Prado apresentou a edição em português do relatório da CEPAL “A Hora da igualdade. Brechas por fechar, caminhos por abrir”, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, Brasil, para um público formado por professores e especialistas em desenvolvimento de 50 universidades brasileiras.

Indicou também que para manter uma mobilidade social sustentada na América Latina e no Caribe é necessário anos de crescimento robusto e uma melhora da dinâmica do mercado de trabalho com convergência produtiva.

Por sua vez, Ricardo Bielschowsky, Diretor a.i. do Escritório da CEPAL no Brasil, destacou o fato de que o documento representa a tradição analítica da instituição, iniciada en 1949 e fundamentada no método histórico estrutural.

Acrescentou que o relatório procura dar continuidade à referida tradição ao recomendar, por exemplo, um enfoque heterodoxo em matéria de política macroeconômica (harmonia entre crescimento e estabilidade, políticas cambiais pró-competitividade e políticas anticíclicas), assim como políticas de diversificação produtiva e de redução da brecha internacional de produtividade.

A apresentação realizou-se na quinta-feira, 11 de novembro, em uma sessão especial do I Encontro Nacional de Professores de Desenvolvimento Econômico, promovido conjuntamente pela CEPAL, pela UFRGS e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

“A Hora da igualdade. Brechas por fechar, caminhos por abrir” foi o documento principal do XXXIII Período de sessões da CEPAL, realizado em Brasília, em maio de 2010.

A publicação faz uma análise da situação econômica da América Latina e do Caribe, apresenta os impactos da recente crise mundial e principalmente propõe um novo caminho para a Região no atual cenário pós-crise. Em especial, a CEPAL enfatiza a igualdade de direitos como uma forma de apoiar um novo paradigma de desenvolvimento.

O estudo identifica as principais brechas que a Região deve enfrentar ao buscar caminhos para o seu desenvolvimento. Entre essas brechas destaca-se a brecha produtiva, ou seja, o diferencial entre a produtividade e a competitividade da Região diante de outras regiões do mundo, na geração e incorporação de progresso técnico e de empregos de qualidade.

Outra brecha identificada é a territorial, onde as disparidades regionais existentes dentro dos países da Região, demonstram a necessidade de estabelecer políticas para distribuir geograficamente os ganhos do desenvolvimento.

Uma terceira brecha é a social, que é mensurada pelas desigualdades de renda, mas reflete amplas diferenças no acesso à direitos básicos pela população.

Em todas as diferentes brechas estudadas há um papel para o Estado, que é refletido em suas políticas públicas e econômicas, entre elas as relacionadas com os aspectos macroeconômicos, fiscais, proteção social e de regulação de mercados.

A edição em português do estudo foi publicada pela CEPAL com o apoio do IPEA.

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