Costa do Marfim: ONU reforça tropas após alerta sobre riscos de genocídio

Conselho de Segurança reúne-se para reforçar a missão da ONU na Costa do MarfimAs Nações Unidas reforçaram nesta quarta-feira (19/1) a sua missão de paz na Costa do Marfim, atualmente com quase 9.000 soldados, com soldados e helicópteros extras, após funcionários da ONU pedirem medidas urgentes para impedir a crescente violência pós-eleitoral, que poderia gerar em genocídio.

Numa resolução aprovada por unanimidade nos termos do Capítulo VII da Carta da ONU, que permite o uso da força, o Conselho de Segurança autorizou o envio imediato de um adicional de 2.000 soldados e três helicópteros armados para este país do oeste africano, onde o ex-presidente Laurent Gbagbo recusa-se a renunciar, apesar da vitória eleitoral internacionalmente reconhecida do líder da oposição Alassane Ouattara em novembro de 2010.

O Representante Especial do Secretário-Geral e chefe da Missão da ONU na Costa do Marfim (UNOCI), Y. J. Choi, disse que os reforços vão proporcionar uma “capacidade de reação rápida” essencial para a proteção dos civis tanto em Abidjan, onde militantes pró-Gbagbo lançaram ataques, quanto no oeste do país, onde tem ocorrido uma explosão de conflitos étnicos.

“Nós continuamos profundamente preocupados com a possibilidade de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e limpeza étnica na Costa do Marfim”, afirmou o Conselheiro Especial do Secretário-Geral sobre a Prevenção do Genocídio, Francis Deng, em entrevista coletiva logo após votação no Conselho. “Acreditamos que medidas urgentes devem ser tomadas, em consonância com a responsabilidade de proteger , de modo a evitar o risco de genocídio e para assegurar a proteção de todas as pessoas em risco de atrocidades em massa”.

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