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Costa do Marfim: ONU sofre emboscada

Três membros da Missão da ONU na Costa do Marfim (UNOCI) ficaram feridos numa emboscada no subúrbio da capital comercial, Abidjan, e quatro veículos foram danificados neste fim de semana, afirmou (27/02) a UNOCI por meio de um comunicado à imprensa. A Missão condenou os atos de violência realizados pelas forças aliadas do atual Presidente, Laurent Ggabo, que se recusa a aceitar os resultados das eleições presidenciais de novembro.

A UNOCI disse que o aumento da violência contra as forças de paz tem sido alimentado pela propaganda, com base em alegações falsas pelos aliados de Gbagbo, e lembrou que, sob as convenções internacionais, qualquer ataque contra membros das missões de paz constitui crime de guerra. A Missão também lembrou que as regras dos chamados Capacetes Azuis permitem o uso da força para proteger o pessoal e materiais da ONU, bem como a liberdade de movimento. A declaração reiterou o pedido de calma e apelou à todas as partes envolvidas que evitem qualquer recurso de violência.

Costa do Marfim: ONU reforça tropas após alerta sobre riscos de genocídio

Conselho de Segurança reúne-se para reforçar a missão da ONU na Costa do MarfimAs Nações Unidas reforçaram nesta quarta-feira (19/1) a sua missão de paz na Costa do Marfim, atualmente com quase 9.000 soldados, com soldados e helicópteros extras, após funcionários da ONU pedirem medidas urgentes para impedir a crescente violência pós-eleitoral, que poderia gerar em genocídio.

Numa resolução aprovada por unanimidade nos termos do Capítulo VII da Carta da ONU, que permite o uso da força, o Conselho de Segurança autorizou o envio imediato de um adicional de 2.000 soldados e três helicópteros armados para este país do oeste africano, onde o ex-presidente Laurent Gbagbo recusa-se a renunciar, apesar da vitória eleitoral internacionalmente reconhecida do líder da oposição Alassane Ouattara em novembro de 2010.

O Representante Especial do Secretário-Geral e chefe da Missão da ONU na Costa do Marfim (UNOCI), Y. J. Choi, disse que os reforços vão proporcionar uma “capacidade de reação rápida” essencial para a proteção dos civis tanto em Abidjan, onde militantes pró-Gbagbo lançaram ataques, quanto no oeste do país, onde tem ocorrido uma explosão de conflitos étnicos.

“Nós continuamos profundamente preocupados com a possibilidade de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e limpeza étnica na Costa do Marfim”, afirmou o Conselheiro Especial do Secretário-Geral sobre a Prevenção do Genocídio, Francis Deng, em entrevista coletiva logo após votação no Conselho. “Acreditamos que medidas urgentes devem ser tomadas, em consonância com a responsabilidade de proteger , de modo a evitar o risco de genocídio e para assegurar a proteção de todas as pessoas em risco de atrocidades em massa”.

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ONU condena emboscada contra membros da força de paz na Costa do Marfim

A Missão das Nações Unidas na Costa do Marfim (UNOCI) lamentou nesta quarta-feira (12/01) a emboscada feita na noite anterior pelas forças armadas aliadas ao atual Presidente, Laurent Ggabo, deixando três membros da força de paz levemente feridos em Abidjan, capital comercial do país. A equipe de funcionários da UNOCI foi recebida a tiros quando se dirigia ao Golf Hotel, onde o Presidente eleito, Alassane Ouattara, está instalado.

Também houve relatos de que centenas de homens vestindo uniformes pretos começaram a atirar e expulsar moradores de suas casas na região de Abobo, onde o acesso da UNOCI foi bloqueado. Em meio aos ataques e relatos de incitação à violência, existem temores de que o país possa se envolver em uma nova guerra civil. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) estima que cerca de 25 mil costa-marfinenses se refugiaram na vizinha Libéria, e 600 novos continuam a chegar no país a cada dia.

A pedido do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, a UNOCI ganhará reforços para as vagas temporariamente preenchidas pelos membros da força de paz da Missão da ONU na Libéria.

A Costa do Marfim está imersa numa crise política desde que Ggabo se recusou a aceitar o resultado das eleições presidenciais em novembro, que definiram Ouattara como vencedor.

ONU ajuda milhares de deslocados na Costa do Marfim

Mais de 16 mil pessoas no oeste da Costa do Marfim, expulsas de suas casas pela violência após o atual presidente recusar-se a deixar o posto, apesar da derrota eleitoral, precisam de ajuda médica imediata, alimentos, abrigo e proteção, de acordo com a ONU. “Ninguém pode ficar indiferente a este sofrimento humano”, disse o Coordenador Humanitário da ONU no país, Ndolamb Ngokwey, no seu regresso a Abidjan, a capital comercial, após uma visita de dois dias a pessoas deslocadas internamente (PDI), a maioria delas crianças e mulheres grávidas e lactantes. “Juntos, todos temos o dever e a obrigação de agir de forma coordenada para o benefício dos mais vulneráveis e das pessoas afetadas diretamente.”

Os deslocados foram forçados a deixar suas aldeias e se refugiar nas cidades de Duékoué, Man e Danané. Ngokwey lamentou as baixas humanas e a perda da propriedade, especialmente em Duékoué. O país africano, maior produtor de cacau do mundo, tem sido palco de tumultos desde dezembro, quando o atual presidente, Laurent Gbagbo, recusou-se a deixar o cargo apesar do reconhecimento internacional e certificado pela ONU da vitória eleitoral do líder oposicionista, Alassane Ouattara. Dezenas de milhares de pessoas já buscaram refúgio na vizinha Libéria, onde o número de refugiados já chega a 25 mil pessoas.

Ngokwey e sua delegação se reuniram com autoridades locais, civis e militares, chefes tradicionais, líderes religiosos, organizações da sociedade civil e os próprios deslocados. Durante a missão, medicamentos e itens não-alimentícios foram entregues à Missão Católica de Duékoué, que está fornecendo abrigo para milhares de deslocados. As autoridades locais se comprometeram a conceder o acesso e garantir a segurança de agentes humanitários, a fim de assegurar que os mais vulneráveis e afetados se beneficiem da ajuda humanitária de emergência.

Na Libéria, as agências da ONU estão ajudando os refugiados que apoiam tanto Ouattara – o Presidente eleito – quanto Gbagbo. Os números agora chegam a 22 mil refugiados, a maioria dos quais são mulheres e crianças que necessitam urgentemente de comida, abrigo e água potável, em falta no condado de Nimba, na Libéria, onde os refugiados estão chegando. O Secretário-Geral, Ban Ki-moon, deverá pedir ao Conselho de Segurança esta semana um efetivo aidicional para as tropas da Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (UNOCI), que tem realizado esforços nos últimos sete anos para reunificar um país dividido pela guerra civil de 2002.

Gbagbo exigiu a partida da UNOCI, que a ONU rejeitou, e agora a Missão está protegendo Ouattara e seu Governo no Golf Hotel, em Abidjan, cercado por forças regulares e irregulares leais a Gbagbo. O Sub-Secretário-Geral para Operações de Paz, Alain Le Roy, na semana passada, informou o Conselho sobre os conflitos étnicos na Costa Oeste do Marfim e o bombardeio constante de propaganda estatal contrária à UNOCI.

ONU reforça Missão de paz na Costa do Marfim

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pedirá na próxima semana ao Conselho de Segurança que sejam enviados reforços de quase duas mil pessoas para a Missão das Nações Unidas na Costa do Marfim (UNOCI), onde o atual presidente, Laurent Ggabo, se recusa a reconhecer a vitória de Alassane Ouattara nas eleições presidenciais de novembro.

As novas equipes irão substituir os membros das forças de paz da Missão da ONU na Libéria (UNMIL), que têm atuado no país temporariamente para ajudar na manutenção da ordem durante o período eleitoral. Cerca de 22 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, fugiram para a Libéria após a crise política que se instalou na Costa do Marfim, e tem recebido ajuda de agências das Nações Unidas – entre as quais o ACNUR.

O Subsecretário-Geral de Operações de Paz da ONU, Alain Le Roy, informou o Conselho de Segurança sobre as restrições que a UNOCI vem sofrendo em diversas partes do país, onde aliados de Ggabo promovem demonstrações de ódio à Missão e organizam protestos e incidentes. Le Roy afirmou que apesar de tais ações dificultarem seu trabalho, a UNOCI continuará a fazer o possível para proteger todos os civis, independentemente de suas convicções políticas.