Em dia internacional, ONU busca modernizar forças de paz

Foto: ONU/Marie Frechon
Foto: ONU/Marie Frechon

Com mais de um milhão de militares, policiais e civis, que serviram em cerca de 70 operações desde o estabelecimento da primeira missão de paz, em 1948,  as Nações Unidas celebram o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz nesta quinta-feira (29), homenageando os homens e mulheres que trabalham em vários lugares do mundo e a memória daqueles que sacrificaram suas vidas pela causa da paz. No Brasil, nesta sexta-feira (30) será organizado um evento com diversas autoridades, para discutir esta questão (leia mais abaixo).

Hoje, cerca de 116 mil trabalhadores das forças de paz da ONU, de mais de 120 países, servem em 16 operações de paz. Destes, pouco mais de 1.700 brasileiros apoiam autoridades locais e esforços internacionais para a paz em várias missões.

O Brasil é um grande parceiro da ONU na manutenção da paz e tem desempenhado papel fundamental liderando o contingente militar na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) desde 2004, com mais de 13 mil militares brasileiros. Atualmente, 1.451 brasileiros estão na missão.

“Com grande risco pessoal, esses militares, policiais e pessoal civil ajudam a estabilizar as comunidades, proteger os civis, promover o Estado de Direito e promover os direitos humanos”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua mensagem para a data.

Em 2013, 106 capacetes-azuis morreram cumprindo seu dever sob a bandeira da ONU, elevando o número total de vidas perdidas na história das missões de paz para mais de 3.200.

Para homenageá-los, Ban preside, nesta quinta-feira (29), uma cerimônia na sede da ONU em Nova York, lembrando todos os que perderam suas vidas em serviço no ano passado. O presidente da Assembleia Geral da ONU, John Ashe, em sua homenagem, incentivou os países-membros, a sociedade civil e outras envolvidos, a apoiar o tema deste ano: “A manutenção da paz das Nações Unidas: Uma força para a paz. Uma Força para a mudança. Uma força para o futuro”.

Sobre o futuro, Ban Ki-moon afirmou que as forças de paz da ONU estão se modernizando para enfrentar os desafios de paz e segurança, através da implantação de novas tecnologias, o reforço de novas parcerias regionais e o estimulo da presença de mulheres nas operações. Além de melhorar a infraestrutura, logística e administração para fortalecer suas missões.

No Brasil, para marcar a data e comemorar os 10 anos da MINUSTAH, a Marinha do Brasil, por meio do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, em parceria com a ONU e a PUC-Rio, realizarão o seminário “A MINUSTAH e o Brasil – Dez anos pela paz no Haiti”.

O evento será realizado nesta sexta-feira, 30 de maio na Escola de Guerra Naval no Rio de Janeiro e contará com as presenças do secretário-geral adjunto da ONU para Operações de Paz, Edmond Mulet; do comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; do subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores e ex-embaixador do Brasil no Haiti, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto; assim como do diretor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, Paulo Esteves, e do diretor do Centro de Informação da ONU para o Brasil, Giancarlo Summa, representando o Sistema ONU no Brasil. Saiba como participar clicando aqui.