O Conselho de Segurança da ONU estendeu na quarta-feira (13) o mandato da força de paz das Nações Unidas no Nepal até o dia 15 de setembro, ao expressar preocupação com as recentes tensões no país, e encorajou os dois lados a resolverem suas diferenças em negociações pacíficas. A resolução, unânime pela renovação, em mais quatro meses, da Missão das Nações Unidas no Nepal (UNMIN) está em consonância com o pedido do governo feito na semana passada.
A tarefa da UNMIN é de auxiliar o processo de pacificação no Nepal, que viveu uma violenta e longa guerra civil, terminada com a assinatura de um acordo de paz entre o governo nacional e os maoístas, em 2006. Contudo, as tensões aumentaram recentemente por conta de um impasse político sobre questões-chave, como divisão de poderes e a reintegração dos ex-combatentes maoístas.
A Representante do Secretário-Geral Ban Ki-Moon para o Nepal, Karin Landgren, disse ao Conselho que o processo de pacificação é “um momento delicado e crítico”. Ela afirmou que os negociadores trabalham para solucionar o atual impasse e alertou sobre os riscos no caso de uma saída não ser encontrada em breve. “Os riscos aumentam a cada dia”, disse Landgren, que coordena o programa da UNMIN. “Essa situação não pode continuar, todo incentivo é necessário para que ambos os lados aprofundem a discussão, cheguem a um acordo e resolvam a crise rapidamente.”
Entre as tarefas pendentes no processo de pacificação do país estão a resolução quanto ao futuro dos exércitos do Nepal e dos maoístas, e a elaboração da constituição nacional, com o prazo limite de 28 de maio.