Governo sírio está colaborando na destruição de armas químicas, afirma chefe de missão da ONU

Coordenadora especial da Missão conjunta da ONU com a OPAQ para eliminação do programa de armas químicas da Síria, Sigrid Kaas, chega em Damasco, na Síria. Foto:ONU/AP/Pool

O Governo da Síria tem cooperado plenamente para a destruição de seu programa de armas químicas. A afirmação é da chefe da missão conjunta das Nações Unidas e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) no país, Sigrid Kaag.

Kaag disse nesta terça-feira (22) em comunicado que os prazos são “um desafio”, dado o objetivo de eliminar o programa de armas químicas da Síria no primeiro semestre de 2014, mas que “até o momento, o Governo sírio tem colaborado e apoiado plenamente no avanço do trabalho da Missão Conjunta OPAQ-ONU”.

Inspeções foram realizadas em 17 locais, de acordo com a OPAQ. Em 14 deles, os inspetores realizaram atividades relacionadas à destruição de equipamentos críticos para tornar as instalações inoperantes.

Quase dois milhões de jovens abandonaram os estudos

A agência da ONU para refugiados corre contra o tempo para ajudar a população síria a se preparar para o inverno com as temperaturas já em queda.

O porta-voz da agência, Adrian Edwards, disse em Genebra, na Suíça, que a ajuda de emergência foi entregue a cerca de 2,5 mil pessoas que já foram retiradas de Mouadamiya, em Damasco Rural, onde acredita-se que milhares de pessoas ainda estejam impossibilitadas de sair por causa do conflito.

De acordo com o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA), há meses as agências humanitárias têm tido o acesso negado a Mouadamiya. A chefe do OCHA, Valerie Amos, reiterou o pedido de que todas as partes concordem com um cessar-fogo na região para permitir que as agências humanitárias tenham acesso irrestrito e retirem os civis remanescentes, oferecendo tratamento vital e mantimentos em áreas onde os confrontos e bombardeios estão acontecendo.

O conflito iniciado com o levante contra o presidente Bashar Al-Assad em março de 2011 já matou mais de 100 mil pessoas, forçou mais de 2 milhões a fugirem para países vizinhos em busca de segurança e deslocou 4,5 milhões de sírios dentro do país.

Uma das preocupações da agência da ONU para refugiados é o impacto da crise nos jovens, já que quase 2 milhões deles abandonaram a escola e um número cada vez maior está sendo explorado para trabalhar ou recrutado por grupos armados.

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