Mali: ONU exige libertação imediata e incondicional do presidente e de membros de seu gabinete

Ibrahim Boubacar Keita, presidente do Mali, durante o debate geral da 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU (foto de arquivo). Foto: ONU/Kim Haughton
Ibrahim Boubacar Keita, presidente do Mali, durante o debate geral da 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU (foto de arquivo). Foto: ONU/Kim Haughton

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a restauração imediata da ordem constitucional e do Estado de Direito no Mali, depois que tropas amotinadas prenderam o líder do país e outros altos funcionários na terça-feira (18).

Os soldados inicialmente organizaram um motim em uma base perto da capital, Bamako, antes de prender o presidente Ibrahim Boubacar Keita e outros membros de seu governo, de acordo com relatos da mídia.

“O secretário-geral condena veementemente estas ações e apela à restauração imediata da ordem constitucional e do Estado de Direito no Mali”, afirmou o seu porta-voz em comunicado.

“Para tanto, exige a libertação imediata e incondicional do presidente Ibrahim Boubacar Keita e de membros de seu gabinete.”

Semanas de protestos

Nas últimas semanas, protestos foram realizados no Mali para exigir a renúncia do presidente, com raiva generalizada voltada à suposta corrupção, má gestão da economia e ao desempenho da contra-insurgência contra os jihadistas nas regiões norte e centro.

O chefe da ONU reiterou seu apelo por uma solução negociada e resolução pacífica das diferenças.

Guterres exortou todas as partes interessadas, especialmente as forças de defesa e segurança, a exercerem a máxima contenção e defenderem os direitos humanos.

O secretário-geral também expressou o seu total apoio à União Africana (UA) e à Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que trabalham para encontrar uma solução pacífica para a crise no Mali, por meio de seu representante especial, Mohammed Ibn Chambas.