Em um esforço para aliviar a escassez alarmante de alimentos que tem causado desnutrição elevada entre as crianças do Níger, o Fundo Central das Nações Unidas de Resposta à Emergência (CERF) concedeu uma ajuda adicional de U$ 15 milhões para permitir que a agência alimentar das Nações Unidas preste socorro a cerca de 1,7 milhão de pessoas.

A contribuição da CERF colocada à disposição do Programa Mundial de Alimentos (PMA) na semana passada será utilizada para melhorar a nutrição e fornecer suporte de subsistência para as pessoas mais afetadas pela crise.

As fracas colheitas que se seguiram a chuvas insuficientes no Níger – um dos países como o mais baixo IDH de todo o mundo – geraram no ano passado uma grande crise de alimentos no país do oeste africano. Uma avaliação realizada em abril indicou que mais de 7 milhões de pessoas, ou cerca de 46% da população do Níger, sofrem de insegurança alimentar moderada ou grave.

A pesquisa revelou um aumento significativo no número de pessoas com carências alimentares graves, passando de 2,6 milhões em dezembro do ano passado para 3,3 milhões de pessoas em abril. Também foram apresentados altos índices de vulnerabilidade nas áreas urbanas, especialmente entre os novos imigrantes, bem como um maior índice de insegurança alimentar grave entre as mulheres.

Os resultados de um inquérito nutricional em junho mostrou que a prevalência de desnutrição aguda global ultrapassou o limiar de emergência de 15%, com 16,7% das crianças afetadas. A desnutrição aguda severa subiu de 2,1% no ano passado para 3,2% este ano.

A mais recente contribuição elevou o total de dinheiro pago este ano pelo Fundo, que é gerido pelo Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), para o Niger para U$ 35 milhões.