No Rio de Janeiro, UNESCO e parceiros entregam prêmio para sete pesquisadoras

Elisa Orth, do departamento de Química da Universidade Federam do Paraná (UFPR), foi uma das premiadas desta edição. Foto: Arquivo Pessoal
Elisa Orth, do departamento de Química da Universidade Federam do Paraná (UFPR), foi uma das premiadas desta edição. Foto: Arquivo Pessoal

O talento de mulheres cientistas brasileiras foi reconhecido em uma cerimônia no Palácio da Guanabara, nesta terça-feira (20) no Rio de Janeiro. Cada ano, sete pesquisadoras são premiadas com uma bolsa no valor de 20 mil dólares para apoiar suas linhas de pesquisa. A 10ª edição do prêmio Para Mulheres na Ciência é uma parceria da L’Oréal Brasil com a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Comunicação (UNESCO) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Em seus dez anos, o reconhecimento já premiou 64 jovens pesquisadoras.
Entre os estudos premiados estão medicamentos mais efetivos para doenças crônicas, falhas na transmissão de dados por sistemas de comunicação e a evolução das galáxias. De acordo com as cientistas, o prêmio vai além do próprio reconhecimento, pois serve como vitrine para mostrar a relevância das pesquisas lideradas por mulheres no Brasil.
A pesquisadora Elisa Brietzke, do departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), estuda o envelhecimento precoce de indivíduos bipolares com a progressão da doença e o desenvolvimento de medicamentos capazes de bloquear este avanço. “Esta é uma pesquisa inovadora no mundo e fico muito feliz com o reconhecimento que estamos recebendo”, conta a cientista. “Isto demonstra como um cientista, em especial uma mulher cientista, também alcança o sucesso se permanecer em seu país”.
Outra premiada, Elisa Orth, do departamento de Química da Universidade Federam do Paraná (UFPR) focou sua pesquisa no desenvolvimento de novos catalisadores que acelerem eficientemente diversas classes de reações químicas. Uma potencialidade é obter enzimas artificiais que poderiam ser usadas para resolver problemas genéticos — relacionados a doenças como câncer, fibrose, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, entre outras. Outro interesse de aplicação é destruir substâncias químicas nocivas à saúde humana, presentes em muitos agrotóxicos ainda utilizados no Brasil.
Conheça a lista de todas as vencedoras aqui.