Novo Embaixador da Boa Vontade do UNICEF, Lionel Messi visita Haiti

Embaixador da Boa Vontade do UNICEF, Lionel Messi. Foto: ONUO craque argentino Lionel Messi, jogador argentino e novo Embaixador da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), visitou o Haiti esta semana para conhecer os desafios enfrentados pelas crianças, seis meses após o país ter sido devastado por um terremoto. Durante sua visita, Messi parou num acampamento chamado Carrefour Aviation, habitado por 50 mil haitianos que perderam seus lares durante o terremoto de 12 de janeiro.

A magnitude do terremoto de 7.0 deixou um saldo de mais de 200 mil mortes e 1,3 milhão de pessoas sem casa, além da destruição de incontáveis prédios, incluindo hospitais e escolas. Messi também se encontrou com tropas do contingente argentino servindo à Missão de Estabilização no Haiti, conhecida como MINUSTAH, ouvindo em primeira mão os esforços que as forças de paz realizam para socorrer as vítimas e ajudar na reconstrução do país.

O jogador juntou-se à equipe do UNICEF para conhecer os programas de ajuda ao governo haitiano e seu povo. Em um comunicado de imprensa, o UNICEF declarou que há poucos lugares no mundo atualmente onde as crianças são tão vulneráveis quanto no Haiti. Mais de 1,2 milhão de crianças do país estão expostas à exploração e a abusos, enquanto 800 mil moram em tendas nos acampamentos, que carecem de saneamento básico adequado.

Seis meses após o terremoto, as demandas humanitárias permanecem enormes, afirmaram agências da ONU e seus parceiros, em um relatório divulgado semana passada. O documento também destaca o esforço da resposta e as lições apreendidas a partir do desafio e da complexidade da emergência.

“É claro que as necessidades ainda são imensas e os desafios continuam sendo potencialmente assustadores”, afirmaram as agências, que pertencem ao Comitê Permanente Inter-Agências (IASC, na sigla em inglês), fórum de coordenação, de desenvolvimento de políticas e de tomada de decisões dos parceiros humanitários. “Entre estes desafios, o principal é o abrigo. Devemos trabalhar com o governo para identificar soluções duradouras de assentamento seguro para a população deslocada”.