O setor privado pode ajudar a eliminar a violência contra as mulheres, afirma Ban

O setor empresarial deve se envolver mais estreitamente na luta contra a pandemia global de violência contra mulheres e meninas, disse o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, durante um discurso na sede da ONU em Nova York para marcar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, comemorado mundialmente em 25 de novembro.

“Fazemos hoje um chamado à ação – ação para eliminar a violência contra as mulheres. Mais e mais pessoas percebem que a violência de gênero é um problema de todos e que todos são responsáveis para impedir isso”, afirmou Ban.

Este ano o Dia Internacional se concentra em promover a liderança do setor empresarial em acabar com a violência baseada no gênero, um tema que Ban enfatizou em uma reunião ontem (23/11) com uma série de líderes empresariais. Na ocasião, ele destacou também a importância da campanha da ONU “Unidos pelo Fim da Violência contra as Mulheres.”

Lançada pelo Secretário-Geral em 2008, a campanha pede a todos os países que implementem leis, planos de ação, medidas de prevenção, e que realizem esforços sistemáticos para acabar com a violência sexual em 2015. A campanha inclui também um objetivo específico de captar 100 milhões de dólares por ano para o Fundo das Nações Unidas de Apoio às Ações para Eliminar a Violência contra as Mulheres até 2015, incluindo as contribuições do setor privado. Os recursos para o Fundo são usados para subsidiar iniciativas regionais, locais e nacionais inovadoras nesta área.

Em sua mensagem para o Dia Internacional, o Secretário-Geral observou que a comunidade empresarial está desempenhando um papel importante através do desenvolvimento de projetos e concessão de apoio financeiro às organizações que trabalham pelo fim da violência contra as mulheres. “Apesar disto, há ainda muito a ser feito. Nos lares, escolas e escritórios, nos campos de refugiados e nas situações de conflito, o setor empresarial pode ajudar a prevenir muitas formas de violência que as mulheres e as meninas continuam enfrentando.”

Um em cada três mulheres já foi espancada em todo o mundo, coagida ao sexo ou abusada de outra forma em sua vida, de acordo com estatísticas da ONU.