ONU anuncia apoio ao Líbano após explosões no porto de Beirute

Vista aérea de Beirute (arquivo). Foto: Banco Mundial/Dominic Chavez
Vista aérea de Beirute (arquivo). Foto: Banco Mundial/Dominic Chavez

As Nações Unidas disseram que estão “ajudando ativamente” na resposta às explosões que atingiram a área portuária de Beirute na terça-feira (4) e que deixaram ao menos uma centena de mortos e milhares de feridos, entre os quais alguns membros das forças de manutenção de paz da ONU.

Uma declaração de um porta-voz da ONU disse que o secretário-geral António Guterres expressou suas mais profundas condolências às famílias das vítimas, bem como ao povo e ao governo do Líbano, após as explosões na capital.

O chefe da ONU desejou uma rápida recuperação dos feridos, incluindo vários funcionários da ONU que trabalham no Líbano.

De acordo com a imprensa internacional, além de mais de 100 mortes, milhares de pessoas ficaram feridas nas explosões de grandes proporções, que enviaram ondas de choque pela movimentada cidade de Beirute, estourando janelas e sacudindo edifícios.

Segundo o premiê do Líbano, Hassan Diab, citado pelas agências de notícias internacionais, o incidente foi causado por 2.750 toneladas de nitrato de amônio estocadas na região portuária há seis anos.

“As Nações Unidas continuam comprometidas em apoiar o Líbano neste momento difícil e estão ajudando ativamente na resposta a esse incidente”, disse Guterres.

Tijjani Muhammad-Bande, presidente da Assembleia Geral da ONU, estendeu suas mais profundas condolências às famílias que perderam entes queridos na explosão de Beirute e desejou uma rápida recuperação dos feridos.

“Muhammad-Bande gostaria de reiterar sua solidariedade com o Líbano durante esse período”, disse o porta-voz do presidente da Assembleia.

No início do dia, a Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL) disse que, como resultado da enorme explosão, um navio de sua Força-Tarefa Marítima atracado no porto foi danificado, deixando alguns de membros das forças navais da UNIFIL feridos – alguns, seriamente.

“A UNIFIL está transportando os capacetes-azuis feridos para os hospitais mais próximos para tratamento médico. A UNIFIL está atualmente avaliando a situação, incluindo a escala do impacto no pessoal da UNIFIL”, disse uma declaração da operação, criada em 1978 inicialmente para confirmar a retirada das forças israelenses do sul do Líbano, bem como para garantir que a área voltasse ao controle de Beirute.

O comandante da Força-Tarefa Marítima da UNIFIL, Stefano Del Col, disse: “estamos com o povo e o governo do Líbano durante este período difícil e estamos prontos para ajudar e prestar qualquer assistência e apoio”.