ONU pede à comunidade internacional que apoie os países que receberam 440 mil refugiados sírios

Chefe humanitária da ONU, Valerie Amos (direita), se encontra com crianças de escola durante uma visita ao Campo de Refugiados Za'atri, na Jordânia, em 27 de novembro de 2012. Foto: UNOCHA / Nicole LawrenceCom cada vez mais pessoas fugindo da violência na Síria, a Subsecretária-Geral para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, pediu ontem (28) à comunidade internacional para que assuma a sua responsabilidade e trabalhe em conjunto para acabar com a violência, ajudando os países vizinhos a lidar com o agravamento da crise.

Ao fim de uma visita de três dias a Jordânia e Líbano, onde se encontrou com refugiados e líderes nacionais, Amos destacou que os países vizinhos não podem absorver sozinhos a maior parte dos custos de hospedar centenas de milhares de refugiados. Atualmente, são 240 mil na Jordânia e 130 mil no Líbano.

“Levando em conta seus próprios desafios econômicos, sociais e de segurança, isso simplesmente não é sustentável”, acrescentou em um comunicado de imprensa do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), no qual também agradeceu a generosidade de ambos os países.

Desde que a revolta contra o Presidente sírio, Bashar al-Assad, começou há 21 meses, a violência no país já matou pelo menos 20 mil pessoas, a maioria civis, e também gerou mais de 440 mil refugiados, de acordo com estimativas da ONU. Além disso, mais de 4 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária para sobreviver.