ONU prorroga missão no Afeganistão por mais um ano

Na imagem, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em reunião do Conselho de Segurança sobre o Afeganistão. Foto: ONU/Rick Bajornas
Na imagem, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em reunião do Conselho de Segurança sobre o Afeganistão. Foto: ONU/Rick Bajornas

O Conselho de Segurança da ONU prorrogou nesta terça-feira (19) o mandato Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (UNAMA) por mais um ano. A decisão veio após o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e outros integrantes do Conselho pedirem a continuação do apoio das Nações Unidas para o Governo afegão, para que este assuma total responsabilidade na maioria das áreas do país em 2014.

Em uma resolução aprovada por unanimidade para estender o mandato da UNAMA até 19 de março de 2014, o Conselho instou a ONU, com o apoio da comunidade internacional, a apoiar os chamados Programas de Prioridade Nacional do Governo afegão, uma vez que o país passa por um processo de estabelecimento do controle total da segurança, governança e desenvolvimento.

A retirada da maior parte das tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) do Afeganistão está prevista para ser concluída até o final de 2014. Enquanto isso, já ocorre a transição de responsabilidade pela segurança no país, da Força Internacional de Assistência de Segurança (ISAF), pertencente à OTAN, para as forças afegãs.

Ao abrir a reunião do Conselho de Segurança, Ban disse que a ONU deve continuar com seu forte apoio ao governo afegão até e para além de 2014. “Devemos continuar a prestar bons serviços, incluindo suporte para as eleições. Devemos manter nosso trabalho de reconciliação e de cooperação regional. Devemos permanecer firmes pelos direitos humanos. E temos que avançar no desenvolvimento”, disse o Secretário-Geral.

Ban também afirmou que o clima político no Afeganistão é dominado pelas eleições de 2014 e, por isso. uma ampla participação nesse pleito e uma votação credível são essenciais para uma transição de liderança amplamente aceita.

O chefe da ONU expressou sua preocupação com o aumento de 20% no número de vítimas civis mulheres e meninas em 2012, como registrou em um relatório da ONU no mês passado.