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Força de Paz da ONU elogia melhoria das operações policiais haitianas

A força policial haitiana está se tornando mais eficaz na captura e prisão de uma série de suspeitos acusados de sequestros recentes e no envio de um sinal claro aos criminosos, disse a Missão de Paz das Nações Unidas para o país caribenho (MINUSTAH).

A Missão elogiou a força policial (PNH) por realizar duas operações bem sucedidas na cidade de Croix-des-Bouquets desde sexta-feira (13), que levou à libertação de três sequestrados e na prisão de cinco pessoas. Um dos presos estava sendo procurado desde que fugiu da penitenciária nacional haitiana na sequência do catastrófico terremoto de 12 de janeiro.

O Porta-voz da Polícia da ONU (UNPOL), Jean-Francois Vezina, servindo na Missão, disse que as operações fornecem “uma mensagem clara” da PNH na luta contra o crime, especialmente em sequestros, que são um problema persistente no país empobrecido.

A Missão e a UNPOL têm um mandato para fortalecer a capacidade da polícia nacional haitiana, de modo que esta possa melhor servir a população.

Desigualdade na América Latina e no Caribe é a maior do mundo, diz PNUD

Diretor Regional do PNUD, Heraldo Muñoz. Foto: ONUPopulações da América Latina e do Caribe têm os níveis mais altos de diferenças de riqueza e renda do mundo. A informação está no último relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que aponta a necessidade de políticas sociais que abordem o problema da desigualdade na região.

“Essa desigualdade é persistente, tende a eternizar-se em áreas onde a mobilidade social é baixa e representa um obstáculo ao progresso no desenvolvimento humano”, afirmou o PNUD em seu primeiro Relatório de Desenvolvimento para a América Latina e o Caribe, intitulado Agindo para o Futuro: Quebrando o Ciclo de Desigualdade entre Gerações.

Dez dos 15 países mais desiguais do mundo estão na região, de acordo com o relatório, que foi lançado na última sexta-feira. A conclusão é que é possível reduzir a desigualdade através de políticas públicas que tirem a região da armadilha da desigualdade.

As políticas devem ter um impacto sobre as pessoas, diminuir as restrições que perpetuam a pobreza e a desigualdade, e capacitar as pessoas a sentirem que estão no comando dos destinos do seu desenvolvimento, de acordo com o relatório.

“O relatório reafirma a importância crucial da luta contra a pobreza, embora indique que é necessário ir mais longe”, disse o Diretor Regional do PNUD, Heraldo Muñoz. “A desigualdade impede o progresso na área do desenvolvimento humano, e os esforços para reduzir a desigualdade devem ser explicitamente integrados à agenda pública”, afirmou

Para o PNUD, a igualdade “é essencial para garantir as liberdades significativas, isto é, dar as pessoas opções de vida dignas, para que elas possam fazer escolhas autônomas”.

Lançamento do Estado Mundial das Cidades 2008/2009

Lançamento do Estado Mundial das Cidades 2008/2009Aconteceu no último dia 22 de outubro o lançamento do relatório bianual do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), o Estado Mundial das Cidades 2008/2009. O documento foi apresentado simultaneamente em Londres (Inglaterra), Bangkok (Tailândia) e Rio de Janeiro, e contém dados e análises que levam a compreender o funcionamento das cidades e como a comunidade global pode incrementar a qualidade de sua habitação.

A Diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe do ONU-HABITAT, Cecília Martínez Leal, apresentou o estudo no Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). O tema da publicação deste ano é a harmonia nas cidades, que, segundo o relatório, não pode ser alcançada somente com prosperidade e benefícios, mas baseia-se em dois princípios: eqüidade e sustentabilidade.

De acordo com o ONU-HABITAT, a América Latina e o Caribe é o continente mais urbanizado do mundo, sendo que a característica do desenvolvimento urbano na região é o crescimento rápido de algumas cidades pequenas, o que leva a um crescimento desigual. Martínez afirmou que Brasil, Colômbia e México são os países do continente que mais concentram desigualdade em suas cidades, e enfrentam desafios como o fornecimento de água potável, serviços de saneamento e transporte.

A Diretora afirmou que uma das maneiras de aliviar o problema consiste em realizar mais investimentos em áreas carentes. “Os investimentos públicos e privados devem estar dirigidos às zonas de mais pobreza. Não se deve concentrar nas áreas mais ricas porque isso só favoreceria a quem já tem os recursos. Creio que isso é o mais importante”, ela disse.

Após a realização da apresentação, Martínez respondeu a perguntas da imprensa. O relatório Estado Mundial das Cidades 2008/2009 pode ser adquirido aqui.